sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Carlos Romero faz balanço de “A Usurpadora”


Carlos Romero é autor dos sucessos “Maria do Bairro” (2006) e “Marimar” (2004). Por conta dos ótimos índices de audiência de suas tramas, voltou a comandar a faixa das 22h a partir de agosto deste ano com “A Usurpadora”. A trama, que girou em torno de irmãs gêmeas e de uma usurpação por parte da “irmã boa”, começou com promissores 28 pontos no IBOPE e viu seus índices alcançarem os 29 – no entanto, os números foram caindo no decorrer das semanas, a ponto de registrar meros 20 pontos em um sábado: recorde negativo histórico de uma novela do horário.

A trama, que novamente não deu ênfase a temas sociais, assim como as duas novelas anteriores do autor, foi protagonizada por Gabriel Spanic e Fernando Colunga. Spanic deu vida à mocinha e vilã: Paulina Martins e Paola Bracho, respectivamente. Na entrevista abaixo, o novelista comente sobre a trama, audiência e outros pontos. Confira:

Qual é o seu balanço da vida?
“Como sempre, é altamente positivo. Vejo ‘A Usurpadora’ da mesma forma que enxerguei ‘Marimar’: como uma inovação, foi uma novela que apresentou um tema já bastante conhecido e explorado, que é o das irmãs gêmeas separadas quando crianças, mas apresentado de uma maneira bem diferente, que foi a usurpação consentida, recheada de situações folhetinescas. Paola e Paulina são personagens que estavam no meu imaginário há muito tempo, antes mesmo de ‘Marimar’ surgir. E a novela saiu exatamente como eu planejara. Sou grato ao SBT pela liberdade e confiança. Contei o que eu queria contar, e da forma que eu desejei também.”

Existe algum ator da novela que você apontaria como revelação?
“Certamente Gabriela Spanic. E se alguém diz o contrário, só pode ser louco! O papel das gêmeas não foi escrito pra ela, e sim pra Thalía, todo mundo sabe disso. Criei o perfil das personagens pensando na interpretação da Thalía, então quando ela recusou a novela, foi um baque daqueles. Quase entrei em desespero, porque não conseguia pensar em ninguém que pudesse dar o tom que eu achava necessário às duas. Então a Gabi fez o teste e eu fiquei boquiaberto. Aplaudo a intensidade, a força de vontade com a qual ela carregou duas personagens completamente diferentes e pesadas, por mais de seis meses. Também preciso ressaltar Chantal Andere, como Estephanie. Fernando Colunga, Libertad Lamarque, e vários outros. Todo mundo se saiu bem.”

Alguma coisa da novela caiu no gosto do público e você ficou surpreso, por não achar que iria render?
“Coisas que eu não esperava, não aconteceram. Mas tivemos várias discussões na boca do povo. Paola Bracho foi uma vilã que pegou. Recebeu muitas críticas, mas muitos elogios também. Acho que ela cumpriu com seu papel, tanto dentro quanto fora da novela.”

Em sua terceira novela às 22h, você conseguiu identificar agora qual o público deste horário?
“Vou manter a resposta que dei antes. Até agora, não acho que o horário tem um público fixo. Acho que é mais um público ‘vou ver esse programa porque ainda não quero dormir’, vem logo após a novela das 21h, que por sua vez é popular há muitos anos, e isso varia. É como se fosse um horário gancho. Ele pega quem se interessar por ele e vai nessa até o fim. Depende de cada produto e do que o público gosta. As novelas até agora se saíram melhor na audiência do que as séries e minisséries. E isso não quer dizer nada.”

“A Usurpadora” iniciou com índices modestos de audiência, mas acabou caindo bastante. Nas últimas semanas, fechou com médias abaixo dos 25 pontos. Você está satisfeito com os índices?
“Eu sempre vou querer o melhor para minha novela. Acompanhei os índices de audiência, vi que estavam caindo com o passar das semanas, mas se manteve na meta, que é de 25 pontos. Foi, sim, consideravelmente menor que ‘Marimar’, mas eu não mudaria nada. Fiquei satisfeito porque fizemos o melhor que podíamos com essa história e, pra mim, está de bom tamanho.”

E quanto aos seus próximos projetos?
“O SBT já me convidou para escrever uma novela das 22h em 2008. Mas tive que recusar. Praticamente emendei ‘Maria do Bairro’ com ‘A Usurpadora’, tive apenas algumas semanas de descanso entre uma novela e outra, preciso descansar pra ter ideias melhores, que não repitam o que já contei em minhas novelas anteriores. Não sei quem vai assumir o horário agora, alguns autores estão sendo convidados. Mas desejo toda sorte a eles. Quem sabe eu esteja de volta em 2010.”

O último capítulo de “A Usurpadora” vai ao ar hoje, às 22h.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Terminam as gravações de “A Usurpadora”


As gravações da atual novela das 17h do SBT, “A Usurpadora”, foram concluídas no fim da tarde desta sexta-feira (21/12).

Atores e produção irão se reunir apenas na próxima sexta-feira (28/12), em uma churrascaria em São Paulo, para comemorar o término dos trabalhos e assistir juntos à exibição do último capítulo do folhetim. A trama termina com um total de 105 capítulos.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

FIM DO MISTÉRIO: Paola Bracho morre em “A Usurpadora”

Comandadas pela diretora Beatriz Sheridán, as cenas do acidente de Paola Bracho foram gravadas em várias etapas durante toda a tarde do dia 3 de dezembro. Foram realizadas tomadas aeres e térreas do acidente em uma estrada pouco movimentada no litoral de São Paulo. As sequências também contaram com Azela Robinson, que em determinado momento, é arremessada do carro durante o capotamento.

O autor de “A Usurpadora”, Carlos Romero, escreveu e entregou o capítulo 97 no dia 21 de novembro. Segundo ele, desde o início do projeto, a morte de Paola estava certa.

“A morte da Paola Bracho estava na sinopse que entreguei somente ao diretor de dramaturgia da emissora. Só ele e eu sabíamos que isso, eventualmente, iria acontecer na reta final da trama. Na segunda quinzena de março, procurei novamente a Beatriz Sheridan, e o Salvador Alejandre, para dizer que assim como em ‘Marimar’, o final da vilã seria apresentado uma semana antes do final da novela”, revela.

O autor reforça a ideia de que a novela não fica sem foco após a morte de Paola – que ocorre mesmo apenas na última cena do capítulo 99 –, e que os 8 capítulos após a tragédia marcam, de certa forma, o início prematuro de uma “nova novela”.

“Quando a Angélica morreu em ‘Marimar’, todo mundo se preocupou que ficaríamos sem antagonista, o que não ocorreu lá. Em ‘A Usurpadora’, espero que essa preocupação nem ao menos exista. Embora Paola seja a nossa antagonista principal, a novela tem uma junção de outros vilões. Dentre eles, o mais forte ali pra carregar a novela ao final é o Willy. Ele já se mostrou ser sem limites, quando atirou em Carlos Daniel. Nos últimos capítulos, uma nova vilã vai aparecer, apenas pra balançar um pouco as coisas na família Bracho. ‘A Usurpadora’ termina mesmo no capítulo 102. Os 3 restantes são uma história nova”, diz.

“Ao contrário da morte da Angélica, não existe poesia no desfecho da Paola. Ela era má, mas não tinha matado ninguém ou algo do tipo. Isso ocorre em um descuido, em um momento de fúria e desespero. É o momento pra ela acordar e tentar buscar redenção, antes que seja tarde demais”, completa o autor.

Gabriela Spanic comentou sobre o fim da personagem:

“Carlos Romero me contou há mais de um mês. Me convidou para jantar e então revelou seus planos para a Paola, e se eu concordava. Acho que ele faz isso com todas as intérpretes de vilãs de suas novelas. Paola foi um desafio na minha carreira, e confesso que fiquei desapontada por ter que me despedir da personagem um tanto mais cedo. Mas não quis opinar, é a novela dele, a obra dele. Se ele acha que esse é o fim adequado pra ela, eu tenho que ir lá e fazer do jeito que ele escrever. Fiquei satisfeita, ao mesmo tempo”, disse.

Já Azela Robinson adicionou: “Foi minha primeira cena assim durante toda minha carreira. E ainda na minha primeira novela. Só fiquei sabendo da morte da Paola quando li o roteiro, já que Elvira está presente. Foi difícil de gravar, verdade, mas o resultado final é satisfatório”.

Confira como acontecerá a morte da vilã:

Chocada com os planos e atrocidades da vilã Paola (Gabriela Spanic), a enfermeira Elvira (Azela Robinson) decide pôr fim à parceria de mentiras com a megera. A jovem procura a Vovó Piedade (Libertad Lamarque) e revela que Paola nunca esteve inválida, enganando toda a família Bracho durante todo esse tempo. O que Elvira não esperava, é que Paola estaria ouvindo toda sua conversa atrás da porta.

No dia seguinte, Elvira decide contar à patroa que não vai mais ser sua família. Já Paola, sínica, fingindo que não sabe de nada, convida a enfermeira para um passeio e sequestra, afastando-se da cidade, enfurecida por ter sido traída e jurando se vingar. Desesperada, Elvira tenta fazer com que Paola pare o carro e agarra o volante, fazendo a vilã perder o controle. Em uma curva, o carro cai de uma serra e arremessa a enfermeira para fora, que morre na hora. Paola cai desacordada próxima ao carro, severamente machucada, e o carro explode.

O processo da morte de Paola dura os dois capítulos seguintes, quando ela percebe as crueldades que fez contra a família Bracho e se arrepende. Seu último suspiro ocorre na última cena do capítulo 99.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Carlos Romero entrega último capítulo de “A Usurpadora”


O autor Carlos Romero já concluiu o texto da atual novela das 22h do SBT, “A Usurpadora”.

“Mesmo com os resultados abaixo das novelas antecessoras no horário, ‘A Usurpadora’ deixa sua marca. A vilã Paola Bracho conquistou fãs e está na boca do povo. E eu estou muito satisfeito com esse resultado. Além disso, fico feliz por finalmente colocar a palavra ‘fim’ no roteiro da novela, que é uma trama que estava na minha cabeça há anos. Vê-la no ar, e vê-la sendo finalizada, é extremamente gratificante”, comentou.

O último capítulo de “A Usurpadora” vai ao ar no dia 28 de dezembro.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Gabriela Spanic grava cenas secretas de “A Usurpadora”

A produção da novela “A Usurpadora” trabalhou em cenas secretas para os próximos capítulos da trama durante a tarde de hoje (03/12). A atriz Gabriela Spanic, interpretando a maquiavélica Paola Bracho, esteve presente com Azela Robinson, intérprete da enfermeira Elvira, no litoral de São Paulo.

A diretora Beatriz Sheridan e o produtor Salvador Alejandre cortaram as sequências do roteiro recebido pelos outros atores do folhetim. A mesma medida foi realizada com “Marimar” (2004).

“Os outros atores recebendo o capítulo completo, leriam toda a descrição da cena e acabaria com o impacto completo. Obviamente, nas cenas que gravaremos amanhã para o capítulo 98, todos irão saber. Mas só verão como ocorre ao assistirem no SBT”, disse Beatriz.

Já Gabriela Spanic comentou:

“São cenas bem intensas, que nos tomaram a tarde inteira para realizar, praticamente. Precisaram de extremo cuidado e muita preparação. Eu estava muito nervosa, mas felizmente deu tudo certo. Todos vão ficar bem surpresos.”

E o produtor Salvador concluiu:

“O tipo de cena que o Carlos Romero pediu exigia uma atenção dobrada. É um cenário diferente e um trabalho meticuloso, que existe um olhar sobre os detalhes. Há semanas buscamos uma locação adequada. O público vai vibrar com a cena”.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

“O destino de Paola está sendo traçado”, revela Carlos Romero


O autor Carlos Romero utilizou seu microblog na rede social twitter, neste sábado (04/04), para anunciar que já começou a escrever o destino da vilã Paola Bracho na novela “A Usurpadora”. Confira:

“Não vou falar exatamente o que acontece, e lembrem-se que tudo pode acontecer. Terminei o capítulo 97 e o destino de Paola começou a ser traçado aqui. A penúltima semana de ‘A Usurpadora’ basicamente é sobre o desfecho da nossa vilã”, disse ele.

Em seguida, um fã da novela questionou o autor: “Esse desfecho da Paola é traçado 8 capítulos antes da novela acabar? Ela vai morrer”.

Carlos Romero respondeu: “O processo do final da vilã começa no capítulo 97, mais precisamente na última cena. A semana vai ser sobre o fim de Paola, e não quer dizer precisamente que ela morre. Paola cometeu crimes, não vamos esquecer. Ela pode muito bem ser presa. Pode ter matado alguém. Ou eu posso simplesmente começar a traçar agora pra resolver apenas no capítulo final. Com as informações que dei, é uma questão de perspectiva. E é simples: tudo pode acontecer em uma novela. Tudo.”

Ficou curioso? O capítulo 97 de “A Usurpadora” vai ao ar no dia 18 de dezembro.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Audiência Detalhada: Porto dos Milagres (2007)


PORTO DOS MILAGRES

novela de
AGUINALDO SILVA e RICARDO LINHARES

META: 45 PONTOS

Estreia: 5 de novembro de 2007
Término: 27 de junho de 2008

203 capítulos

Semana 01: 05/11 a 10/11/2007 = 47 | 41 | 39 | 37 | 39 | 35 = 39.6
Semana 02: 12/11 a 17/11/2007 = 46 | 41 | 42 | 42 | 39 | 36 = 41.2
Semana 03: 19/11 a 24/11/2007 = 44 | 45 | 42 | 39 | 38 | 34 = 40.3
Semana 04: 26/11 a 01/12/2007 = 46 | 42 | 42 | 42 | 39 | 37 = 41.2
Semana 05: 03/12 a 08/12/2007 = 42 | 43 | 43 | 42 | 40 | 38 = 41.3
Semana 06: 10/12 a 15/12/2007 = 46 | 43 | 43 | 42 | 40 | 38 = 41.8
Semana 07: 17/12 a 22/12/2007 = 45 | 46 | 43 | 39 | 40 | 38 = 41.8
Semana 08: 24/12 a 29/12/2007 = 30 | 36 | 42 | 42 | 43 | 38 = 38.5
Semana 09: 31/12 a 05/01/2008 = 28 | 36 | 43 | 43 | 42 | 38 = 38.3
Semana 10: 07/01 a 12/01/2008 = 46 | 42 | 43 | 38 | 39 | 39 = 41.2
Semana 11: 14/01 a 19/01/2008 = 45 | 44 | 45 | 45 | 43 | 38 = 43.4
Semana 12: 21/01 a 26/01/2008 = 49 | 47 | 46 | 43 | 42 | 38 = 44.4
Semana 13: 28/01 a 02/02/2008 = 44 | 44 | 45 | 46 | 43 | 41 = 44.0
Semana 14: 04/02 a 09/02/2008 = 47 | 43 | 43 | 43 | 45 | 40 = 43.4
Semana 15: 11/02 a 16/02/2008 = 46 | 47 | 48 | 48 | 44 | 40 = 45.4
Semana 16: 18/02 a 23/02/2008 = 47 | 45 | 46 | 46 | 46 | 44 = 45.7
Semana 17: 25/02 a 01/03/2008 = 49 | 47 | 48 | 49 | 48 | 41 = 46.9
Semana 18: 03/03 a 08/03/2008 = 48 | 48 | 47 | 45 | 43 | 41 = 45.4
Semana 19: 10/03 a 15/03/2008 = 47 | 45 | 44 | 42 | 44 | 38 = 43.3
Semana 20: 17/03 a 22/03/2008 = 46 | 48 | 48 | 47 | 46 | 39 = 45.8
Semana 21: 24/03 a 29/03/2008 = 46 | 47 | 47 | 46 | 43 | 38 = 44.5
Semana 22: 31/03 a 05/04/2008 = 45 | 45 | 45 | 45 | 42 | 39 = 43.5
Semana 23: 07/04 a 12/04/2008 = 46 | 47 | 47 | 46 | 46 | 43 = 45.7
Semana 24: 14/04 a 19/04/2008 = 48 | 49 | 49 | 49 | 41 | 41 = 46.2
Semana 25: 21/04 a 26/04/2008 = 48 | 48 | 48 | 47 | 49 | 46 = 47.7
Semana 26: 28/04 a 03/05/2008 = 52 | 50 | 49 | 48 | 44 | 41 = 47.4
Semana 27: 05/05 a 10/05/2008 = 50 | 46 | 47 | 48 | 46 | 40 = 46.3
Semana 28: 12/05 a 17/05/2008 = 47 | 47 | 47 | 46 | 44 | 42 = 45.3
Semana 29: 19/05 a 24/05/2008 = 47 | 47 | 47 | 47 | 47 | 43 = 46.4
Semana 30: 26/05 a 31/05/2008 = 48 | 48 | 47 | 46 | 45 | 43 = 46.1
Semana 31: 02/06 a 07/06/2008 = 49 | 48 | 49 | 49 | 46 | 41 = 46.9
Semana 32: 09/06 a 14/06/2008 = 51 | 54 | 53 | 52 | 53 | 48 = 52.0
Semana 33: 16/06 a 21/06/2008 = 54 | 54 | 54 | 54 | 50 | 48 = 52.6
Semana 34: 23/06 a 28/06/2008 = 54 | 57 | 57 | 56 | 60 | 41 = 54.3

MÉDIA GERAL: 44.64

domingo, 4 de novembro de 2007

PORTO DOS MILAGRES (2007)


Porto dos Milagres” é uma telenovela brasileira produzida e exibida pelo SBT.

Novela de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares.
Baseada nos romances “Mar Morto” e “A Descoberta da América pelos Turcos” de Jorge Amado.
Colaboração: Filipe Miguez, Maria Elisa Berredo, Nelson Nadotti e Glória Barreto.
Direção: Fabrício Mamberti e Luciano Sabino.
Direção geral: Marcos Paulo e Roberto Naar.
Núcleo: Marcos Paulo.

Exibida no horário das 21 horas entre 5 de novembro de 2007 e 27 de junho de 2008, em 203 capítulos. Substituiu “Laços de Família” e foi substituída por “O Clone”. Foi a 60ª “novela das nove” exibida pela emissora.

Contou com Marcos Palmeira, Flávia Alessandra, Camila Pitanga, Leonardo Brício, Arlete Salles, Nathalia Timberg, Joana Fomm, Carla Marins, Miguel Thiré, Bárbara Borges, Paloma Duarte, Kadu Moliterno, Marcelo Serrado, José de Abreu, Zezé Polessa, Luíza Tomé, Antônio Fagundes e Cássia Kiss nos papéis principais da história.

TRAMA PRINCIPAL

Livre adaptação de “Mar Morto” e “A Descoberta da América Pelos Turcos”, do escritor Jorge Amado, “Porto dos Milagres” se sustenta em uma trama política que contrapõe o simplório pescador Guma (Marcos Palmeira), um representante do povo, ao poder exercido pelo inescrupuloso Félix (Antonio Fagundes) e sua ambiciosa mulher, Adma (Cassia Kis). A história contemporânea transcorre na fictícia cidade de Porto dos Milagres, localizada na região do Recôncavo Baiano e formada por duas classes sociais distintas: a burguesia porto-milagrense com suas famílias tradicionais, instaladas na parte alta da cidade, e os moradores pobres do cais do porto, habitantes da parte baixa. A base da economia local é a pesca, mas a cidade também é uma das entradas de contrabando do país. A mitologia e a religiosidade estão presentes na trama através da figura de Iemanjá, a “rainha do mar”, padroeira de Porto dos Milagres e que, de forma fantástica, exerce influência na vida dos habitantes. Como outras histórias de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, a novela tem muitas cenas de realismo fantástico.

Félix e Adma são vigaristas que vivem foragidos na Espanha desde que Félix vendeu ilegalmente parte das terras do pai, deixadas como herança para ele e seu irmão gêmeo Bartolomeu (também Antonio Fagundes). Durante uma fuga, após aplicar mais um de seus golpes, Félix encontra uma cigana, que profetiza que ele vai atravessar o mar e ser rei. Ele e Adma concluem que tal profecia só pode se concretizar no Brasil e decidem voltar ao país. Quando chegam a Porto dos Milagres, descobrem que Bartolomeu se transformou no homem mais poderoso da cidade. Adma, então, envenena o cunhado à revelia do marido, e Félix assume o lugar do irmão. O que os dois ignoram é que Bartolomeu tem um herdeiro. Ele teve um filho com a prostituta Arlete (Letícia Sabatella), que procura Félix para lhe apresentar o menino. Adma recebe Arlete e, sem contar nada ao marido, manda o capataz Eriberto (José de Abreu) matar a prostituta e seu filho. Eriberto vira o braço direito de Adma, por quem é apaixonado, e, a mando dela, mata outras pessoas ao longo da trama.

Eriberto leva Arlete e o menino para alto-mar, mas, antes que possa fazer alguma coisa, a mãe coloca o cesto com o bebê na água e se atira. Uma forte onda faz com que o cesto navegue nas águas revoltas, protegido por forças sobrenaturais, sendo guiado até outro barco. Nesta embarcação, estão o pescador Frederico (Maurício Mattar) e sua mulher Eulália (Cristiana Oliveira), que está prestes a dar à luz. Frederico é um dos pescadores que, para melhorar o sustento da família, está envolvido nos negócios de contrabando de Bartolomeu. O filho de Eulália nasce morto, e Frederico, ao ver o cesto e ouvir o choro da criança, pega o bebê e mostra à mulher, como se ele fosse seu filho. Eulália diz que ele vai se chamar Gumercindo e morre em seguida. Desolado, Frederico promete o menino a Iemanjá – assim como Arlete já fizera –, e é dessa forma que o filho de Bartolomeu, herdeiro legítimo de sua fortuna, vai parar na comunidade de pescadores. Anos depois, Frederico entra no mar para tentar salvar o irmão, o pescador Francisco (Tonico Pereira), e desaparece. Gumercindo acaba sendo criado por Francisco e a mulher, Rita (Joana Fomm). Conhecido como Guma (Marcos Palmeira), e ignorando sua verdadeira origem, ele se transforma em um líder respeitado na cidade baixa. 

Outra história que remonta ao passado é a da menina Lívia (Flávia Alessandra), sobrinha de Augusta Eugênia Proença de Assunção (Arlete Salles), a mulher mais influente da alta sociedade de Porto dos Milagres. Lívia é filha de Laura (Carolina Kasting), que abriu mão do dinheiro da família para viver com o pescador Leôncio (Tuca Andrada). Augusta Eugênia nunca se conformou com a escolha da irmã e acabou provocando, indiretamente, a morte de Laura e seu marido, ao denunciar o cunhado à polícia por fazer contrabando. Ao saber do plano para prejudicar Leôncio, Laura foi atrás dele, e o casal morreu em uma explosão do barco, após uma perseguição policial. Lívia foi criada no Rio de Janeiro por Leontina (Louise Cardoso), outra irmã de Laura. A moça volta a Porto dos Milagres em companhia do namorado Alexandre (Leonardo Brício), filho de Adma e Félix. Na Bahia, ela conhece Guma, e os dois se apaixonam, mas encontram muitas dificuldades de concretizar esse amor, pois pertencem a mundos diferentes. Além de enfrentarem a hostilidade de Alexandre, que não se conforma em perder Lívia para Guma, e também de Augusta Eugênia, que quer ver a sobrinha casada com o herdeiro de Félix, os dois têm que lidar com as armações da sedutora Esmeralda (Camila Pitanga), moça da cidade baixa apaixonada pelo pescador.

Uma das personagens de destaque de Porto dos Milagres, e cuja história se relaciona à trama principal, é Rosa Palmeirão (Luiza Tomé), irmã de Arlete e Cecília (Luiza Curvo). Na primeira fase da novela, no dia de seu casamento com Otacílio (Eduardo Galvão), ela é condenada a 20 anos de prisão pelo assassinato do coronel Jurandir de Freitas (Reginaldo Faria). A moça mata o coronel porque ele violentou Cecília, que se suicidou em seguida. Rosa deixa a cadeia na segunda fase da novela, quando sua valentia já a transformou em uma lendária personagem de cordel. Ela volta à cidade disposta a descobrir o paradeiro do filho de Arlete, abre um bordel e lá conhece e se apaixona por Félix, sem saber de seu envolvimento no desaparecimento da irmã e do sobrinho.

Na reta final de Porto dos Milagres, Félix tenta matar Guma, mas acaba se rendendo ao pescador, implorando que ele salve seu filho Alexandre, que arrasta Lívia para o alto-mar, disposto a morrer com ela. Guma, mais uma vez, enfrenta as águas do mar para salvar o primo e a amada. Os dois são salvos, mas Guma não sobrevive. Esmeralda, então, em um final redentor para a personagem, dá a sua própria vida a Iemanjá para salvar a de Guma. Ela vira mãe de santo, e Guma, salvo, casa-se com Lívia, com quem tem um filho.

Abandonada por Félix após tudo o que fez pelo marido, Adma morre do próprio veneno: ela envenena uma bebida para dar a Eriberto, que percebe a artimanha e troca as taças. Em seguida, o capataz também toma a bebida, morrendo ao lado da mulher que sempre amou. Félix, eleito governador, é morto por Rosa Palmeirão no dia da cerimônia de sua posse. Após uma curta passagem de tempo, Guma é eleito o novo prefeito da cidade, marcando o início de uma nova era em Porto dos Milagres.

TRAMAS PARALELAS

Paixões proibidas
A novela conta muitas outras histórias de paixões proibidas, como o romance de Alfredo Henrique (Miguel Thiré) – filho de Otacílio e Amapola (Zezé Polessa) – e Luísa (Barbara Borges), filha de Rita (Joana Fomm) e Francisco (Tonico Pereira); o amor de Leontina (Louise Cardoso) pelo cunhado Oswaldo (Fulvio Stefanini), marido de sua irmã Augusta Eugênia (Arlete Salles); a repressão sexual de Genésia (Julia Lemmertz), que se realiza nos braços de Ezequiel (Vladimir Brichta); e a relação da professora Dulce (Paloma Duarte) com o médico Rodrigo (Kadu Moliterno).

AUDIÊNCIA

Obteve média geral de 44.6 pontos, tendo 45 como meta estipulada pela emissora. A novela teve 47 pontos em sua estreia e incríveis 61 em seu último capítulo, considerada um sucesso.

CURIOSIDADES

• Os últimos capítulos de “Porto dos Milagres” foram marcados pela campanha eleitoral, na qual o pescador Guma (Marcos Palmeira), que defendia as cores do Partido das Causas Trabalhistas, se candidata à prefeitura, e Félix Guerreiro (Antonio Fagundes), do Partido da Vanguarda Democrática, ao governo do Estado. Para divulgar a eleição, a direção da novela e a Divisão de Propaganda da Central SBT de Comunicação desenvolveram uma campanha, inserindo um fictício horário eleitoral gratuito no intervalo da novela e durante a programação. Para isso foram criados filmetes, partidos, jingles, logos, imagens de campanha e discursos.

Victorio Viana, o senador interpretado por Lima Duarte, voltou a fazer uma participação em “Senhora do Destino” (2011), outra novela de Aguinaldo Silva. O mesmo recurso já havia sido usado pelo autor em “A Indomada” (2003), quando o personagem Murilo Pontes, de “Pedra Sobre Pedra” (1998) – também vivido por Lima Duarte – fez uma visita à fictícia cidade de Greenville. Além disso, o deputado Pitágoras (Ary Fontoura), de “A Indomada”, voltou à cena em “Porto dos Milagres”. Ele faria apenas uma participação especial na trama, mas a receptividade do público foi tão grande que o personagem permaneceu na história.

Cassia Kis engravidou durante a trama e teve o figurino levemente modificado para esconder a gestação.

• O personagem Ezequiel foi o primeiro papel de destaque do ator baiano Vladimir Brichta em uma novela do SBT.

• A novela foi vendida para países como Chile, Peru e Portugal, entre outros.

domingo, 28 de outubro de 2007

KUBANACAN (2007)


Kubanacan” é uma telenovela brasileira produzida e exibida pelo SBT.

Novela de Carlos Lombardi.
Colaboração de Emanuel Jacobina, Margareth Boury, Tiago Santiago e Vinícius Vianna.
Direção de Marco Rodrigo, Cláudio Boeckel e Edgar Miranda.
Direção-geral de Wolf Maya, Alexandre Avancini e Roberto Talma.
Núcleo: Wolf Maya e Roberto Talma.

Exibida no horário das 19 horas entre 29 de outubro de 2007 e 18 de julho de 2008, em 227 capítulos. Substituiu “O Beijo do Vampiro” e foi substituída por “Da Cor do Pecado”. Foi a 65ª “novela das sete” exibida pela emissora.

Contou com Marcos Pasquim, Danielle Winitz, Adriana Esteves, Carolina Ferraz, Vladimir Brichta, Nair Bello, Betty Lago, Bruno Garcia, Rafaela Mandelli, Iran Malfitano, Daniel Boaventura, Werner Schünemann e Humberto Martins nos papeis principais da história.

TRAMA PRINCIPAL

Kubanacan era uma “república de bananas”, caracterizada por problemas econômicos, políticos e sociais, como corrupção, empreguismo, coronelismo e inchaço da máquina pública. Qualquer semelhança com o Brasil e outros países da América Latina não era mera coincidência, afinal a novela era uma sátira política. Esse era o contexto da comédia-pastelão de Carlos Lombardi, ambientada na década de 1950, em uma fictícia ilha caribenha, região de sol, salsa e muita sensualidade. As confusões amorosas da trama ficaram por conta dos personagens Esteban (Marcos Pasquim), Marisol (Danielle Winits), Enrico (Vladimir Brichta), Lola (Adriana Esteves) e Rubi (Carolina Ferraz).

Kubanacan é uma república desde o século XIX, mas eleições presidenciais são um fato raro em sua história, mais afeita a golpes de Estado. A região é produtora de bananas – que aparecem na composição da maioria dos pratos da ilha –, e todos os outros produtos consumidos pela população são importados. Seu desenvolvimento se restringe à capital, La Bendita. O país tem constantes problemas com a ilha vizinha, La Platina, grande produtora de carne bovina. Uma nação acusa a outra de boicotes e espionagem, e essa rivalidade histórica acaba sempre em guerras que camuflam os reais problemas internos que cada uma enfrenta.

Os militares se acostumaram a ditar as regras do país e não agem de outra forma quando, em 1951, três anos após a eleição do professor Rúbio Montenegro (Stênio Garcia), começam a sentir-se incomodados com a benevolência do governo diante dos protestos da oposição. Amante da primeira-dama, Mercedes Montenegro (Betty Lago), o general Carlos Pantaleon Camacho (Humberto Martins) antecipa-se ao golpe que estava sendo planejado pelo Exército e assume o poder após a morte de Rúbio Montenegro – o presidente rola a escada depois de uma briga, após flagrar a mulher com o general. Mercedes é considerada santa pelo povo, pela ajuda humanitária que sempre deu aos necessitados.

Paralelamente, em uma colônia de pescadores da cidade de Santiago, desenrola-se a história de Marisol, mãe de Gabriel (Pedro Malta) e Antonia (Thaís Müller). Casada com o pescador Enrico, sua vida se transforma quando um homem desmemoriado, com um tiro no peito, aparece na praia. Ele é acolhido pela aldeia e ganha o nome de Esteban. Após perder uma briga com o forasteiro, Enrico deixa a vila, e Marisol acaba se casando com Esteban, que assume seus filhos e passa a viver como pescador, relacionando-se bem com todos os moradores.

A história dá um salto de sete anos e mostra o palácio do governo – a Casa Amarilla – em 1958, ocupado pelo general Camacho, seu filho do primeiro casamento, Carlito (Iran Malfitano), a primeira-dama Mercedes e seus filhos com Rúbio Montenegro, Guillermo (Daniel Del Sarto) e Mercedita (Tatyane Fontinhas Goulart). Mercedes e Camacho apenas aparentam ser um casal feliz, mas ela sofre com as traições do marido, que só está interessado na popularidade da mulher. Apesar de abafada, a crise conjugal torna-se uma questão política, pois o que está em jogo é o comando da nação. Para complicar, após muitos casos secretos, o general se interessa por Marisol. Descontente e frustrada com a falta de ambição de Esteban, que quer apenas viver como os pescadores da região, Marisol deixa-se seduzir por Camacho, com quem tem um caso fugaz. Ela ama o marido, mas percebe que Camacho é sua chance de mudar de vida e ir para a capital, como sempre sonhou. Dividida, Marisol parte em segredo com a filha Antonia e deixa Gabriel com Esteban. Em La Bendita, passa a trabalhar como corista do Copacabana, o principal hotel-cassino da cidade, odiada por ser a protegida do general.

Esteban, a princípio, acha que Marisol e Antonia morreram em alto-mar, vítimas de um furacão. Mas quando desconfia de que ela pode ter morrido enquanto fugia com outro homem, parte para a capital disposto a vingar a suposta morte da mulher. Tido como uma pessoa pacata, ele não tem lembranças de como era sua vida antes de aparecer na aldeia, e os poucos indícios que descobre sobre seu passado mostram que ele pode ter sido um homem violento, ligado a marginais.

Esteban se envolve em muitas confusões ao longo de sua busca, inclusive com o general Camacho. Através das pistas que encontra no caminho, fica convencido de que o homem com quem Marisol se envolveu faz parte do círculo de poder de Kubanacan. Aos poucos, encontra pistas sobre seu próprio passado, ao ser reconhecido por diversas mulheres, que o conheceram com nomes e ocupações diferentes. Em determinado momento, Esteban assume dupla personalidade, transformando-se no obscuro e arrogante Dark Esteban. Seu personagem tem um terceiro desdobramento quando surge, na história, o irmão gêmeo de Esteban, Adriano. Todos os personagens foram interpretados por Marcos Pasquim. - Na capital, Esteban é ajudado por Lola (Adriana Esteves), mãe de família exemplar e que trabalha, à noite, como cantora de cabaré. Batalhadora e corajosa, Lola está casada com Enrico, que deixou a colônia de pescadores e passou a trabalhar como gigolô, administrando o bordel de Kubanacan. Enrico vive mentindo para a mulher, inventando dores nas costas para não trabalhar. Ele é um dos frequentadores do cassino e também é famoso como lutador no Coliseu, um ringue que mistura luta livre com trajes de gladiadores romanos, mobilizando apostas na cidade. Dona Dolores (Nair Bello), mãe de Lola, protege o genro e o ajuda nas suas mentiras. Enrico não tem a mesma sorte com a cunhada, Rubi (Carolina Ferraz), com quem vive discutindo. Rubi sonha servir ao Exército kubanaquense e, secretamente, nutre uma paixão pelo cunhado. Ao longo da história, Esteban se envolve com Lola e Rubi. Essa última também se relaciona com Enrico.

Pressionado pelos americanos a realizar eleições, o general Camacho decide ser candidato à presidência e convida Johnny (Daniel Boaventura), filho de latifundiário, criado nos Estados Unidos, para ser seu “marqueteiro” na campanha eleitoral. Seus opositores, porém, descobrem um escândalo e conseguem fazê-lo desistir da disputa. Camacho, então, lança o filho Carlitos como candidato, mas o jovem é rechaçado pela opinião pública por ser um bon vivant irresponsável. O general não desiste e convida Adriano, um advogado que vive em Miami, para representar o governo nas eleições. Por ser um sósia perfeito de Esteban, que é adorado pelo povo, Adriano acaba assumindo a presidência, o que gera muitas confusões na trama.

No final da novela, após muitas perseguições, cenas de ação e brigas políticas, Esteban descobre sua verdadeira identidade: ele é o historiador Leon, filho de Rubi e do verdadeiro Esteban, que voltou ao passado em uma máquina do tempo para evitar a destruição de Kubanacan por Alejandro Rivera (Werner Schünemann), presidente exilado pelo general Camacho e inventor da primeira bomba de nêutrons da História, chamada de projeto Fênix. Uma tatuagem no corpo de Leon esconde o segredo da fórmula. O verdadeiro Esteban e Adriano são, na verdade, irmãos gêmeos, filhos de Alejandro. Esteban não concorda com o projeto do pai e vem tentando impedi-lo de usar a bomba. Ninguém acredita na história de Leon, e ele é internado em um sanatório como louco.

Em suas lembranças, Leon aparece no futuro, no ano de 1990, participando de uma discussão em sala de aula sobre a história de Kubacanan. O país foi destruído com o lançamento da bomba, e Esteban morreu ao ser atirado de um avião, tentando impedir que o artefato fosse lançado. Mas Esteban Maroto, como era conhecido, foi considerado cúmplice do pai pela História oficial. Leon, porém, tem outra visão sobre o histórico personagem: com os relatos que ouviu de sobreviventes durante sua pesquisa sobre Kubanacan, ele acredita que Esteban foi um herói. Assistente do físico Cristóban (Emilio Orciollo Netto), que precisa de uma cobaia para testar sua invenção, uma máquina do tempo, Leon aceita ser mandado para a ilha de Kubanacan e assumir o lugar de Esteban. Isso explica sua repentina queda do céu e a aparição na praia. Leon, porém, cai na ilha antes da morte de Esteban, embora não saiba disso, e ainda perde a memória. Assim acontece uma série de confusões, com Esteban agindo nas sombras para proteger o próprio filho e salvar seu país. A identidade de Dark Esteban também é explicada: ele é a dupla personalidade de Leon que, de tanto estudar sobre Esteban, adquiriu algumas de suas características, a que dá vazão em determinados momentos.

Leon é resgatado do sanatório por Marisol e retorna para o futuro, prometendo à Lola que voltará para ela. Dois anos se passam na história. Rubi se casa com Enrico, é eleita presidente de Kubanacan e vira ditadora. Dagoberto é o chefe das forças militares. Enrico aproveita a boa vida de ter a esposa comandando o país e continua a correr atrás dos rabos de saia. Marisol se transforma em uma famosa cantora internacional. Adriano, após ser internado no sanatório por um período, vira um jogador de futebol cobiçado por grandes times.

Leon volta novamente no tempo, desta vez caindo em Kubanacan no dia exato em que Alejandro pretende lançar a bomba. Ele aparece no mesmo avião onde estão Alejandro, seus capangas e o pai, Esteban, e impede que o pai seja jogado ao mar, como aconteceu na História. Esteban decide ficar no avião para desativar a bomba, salvar de vez Kubanacan e a vida do filho, empurrando Leon do avião, que explode. Leon cai na praia, onde Lola já o esperava, e os dois terminam juntos, em um final feliz. Na última cena da novela, Marisol, após deixar o palco em mais uma de suas apresentações, é surpreendida por Dark Esteban que, como costumava fazer, xinga a cantora e faz o movimento de que vai esbofeteá-la. A tela escurece, ouve-se o tapa e o gemido de Marisol. Terá sido novamente a dupla personalidade de Leon em ação? O autor deixou em aberto.

TRAMAS PARALELAS

Personagens marcantes
Kubanacan” tem outros personagens marcantes, como o vilão Don Diego (Wolf Maya) – herói de guerra que perde a perna em uma batalha e anda com perna de pau; Perla Perón (Ângela Vieira), estrela do cabaré do hotel-cassino; o coreógrafo Manolo (Luis Guilherme), filho solteirão de Isabelita (Lolita Rodrigues), a vizinha rival de Dolores (Nair Bello); e o tenente oportunista Amaro Gomes Pablos (Bruno Garcia), que aplica golpes para manter um nível de vida compatível com um representante da decadente aristocracia bananeira. Camacho (Humberto Martins) convida Amaro para ser seu secretário particular e o chama de Dagoberto, porque já teve um secretário com esse nome e não quer perder tempo aprendendo um nome diferente.

AUDIÊNCIA

A estreia de “Kubanacan” marcou 40 pontos, índice este que foi repetido no último capítulo da novela, não batendo novo recorde. A menor audiência da novela é de 24 pontos, alcançada em 24 de dezembro de 2007. Obteve média geral de 34.7 pontos, considerada boa para a faixa.

CURIOSIDADES

Carlos Lombardi partiu de três inspirações para construir a trama de “Kubanacan”. Como ponto de partida, a novela “Que Rei Sou Eu?” (1993), de Cassiano Gabus Mendes, ao usar a sátira política como crítica aos problemas encontrados nos países do terceiro mundo; a Cuba pré-Fidel Castro, para contar a história, em tom de comédia, de todos os regimes militares de que tinha conhecimento; e o filme A Identidade Bourne (2002), de Doug Liman, que o ajudou a montar o perfil de Esteban (Marcos Pasquim), um desmemoriado.

• O nome de um dos personagens de Marcos Pasquim, o Esteban, foi escolhido em homenagem ao ilustrador espanhol de histórias em quadrinhos Esteban Maroto.

• A novela contou com mais de 90 participações, número bem maior do que seu elenco fixo. Muitos desses personagens estavam relacionados ao passado de Esteban, trazendo novas pistas sobre a identidade do pescador.

• Em janeiro de 2008, Humberto Martins se afastou da trama devido a problemas pessoais. O general Camacho supostamente morreu após levar dois tiros, e a função de vilão coube ao ator Marco Ricca (Celso), que entrou na novela como o irmão do ditador. Dois meses depois, porém, Humberto Martins voltou às gravações.

• Pesquisas sobre países latino-americanos fizeram parte da fase de preparação da trama. O mapa de Kubanacan era uma adaptação do mapa da República Dominicana.

• “Kubanacan” repetiu a parceria de Carlos Lombardi e Wolf Maya, que já haviam trabalhado juntos em “Uga-Uga” (2004) e na minissérie “O Quinto dos Infernos” (2002). Além de ser um dos diretores de “Kubanacan”, Wolf Maya atuou na novela, interpretando Don Diego. O diretor também trabalhou como diretor e ator em outras produções, como “Barriga de Aluguel” (1993), “O Amor Está no Ar” (2000), “Cara e Coroa” (2000), “Uga-Uga”, e “O Quinto dos Infernos”.

• Quatro meses após a estreia da novela, Roberto Talma assumiu a direção-geral e de núcleo.

• “Kubanacan” repetiu pares românticos de outras novelas. Os personagens de Danielle Winits e Marcos Pasquim viveram um romance em “Uga-Uga”, como Tatiana e Casemiro/Van Damme; e Adriana Esteves e Vladimir Brichta interpretaram o casal Amelinha e Nélio em “Coração de Estudante” (2005). Marcos Breda interpretou dois personagens distintos, em dois momentos diferentes da trama, o que só havia acontecido em “Vira-Lata” (2000), com o ator Matheus Carrieri.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

“A Usurpadora” termina em Dezembro


O autor Carlos Romero definiu hoje (05/10) a duração de “A Usurpadora”, atual novela das 22h do SBT.

A trama termina com o mesmo número de capítulos que o autor havia previsto na sinopse: 105, e deve ser finalizada no dia 28 de dezembro.

“Realizamos a reunião hoje cedo, acerca da duração da novela. O horário é reduzido e ‘A Usurpadora’ sempre existiu na minha cabeça como uma trama de 100 capítulos. Então definimos 105”, disse o autor.

“Estou satisfeito com o resultado. Mesmo abaixo das antecessoras, ‘A Usurpadora’ segue dentro da meta de 25 pontos estipulada pela emissora e há um retorno gratificante pelas redes sociais.”

Questionado sobre os rumos da trama, o autor adiantou:

“Estou trabalhando no capítulo 64. Não posso adiantar muita coisa, mas a verdadeira Paola já está mais ativa dentro da novela. Os fãs da vilã devem gostar dos planos da megera”, contou.

Por fim, Carlo Romero comentou acerca de sua próxima novela na emissora:

“O SBT me convidou na semana passada para escrever, porque me dei bem no horário. Mas preciso de um descanso. Foi um trabalho longo, desde o início do processo de criação de ‘Marimar’ até onde estou com ‘A Usurpadora’ agora. Mal descansei entre o período entre as três novelas. Preciso me recompor para surgir com novas ideias. Vou passar a caneta para outros autores, se eles quiserem o horário.”

As gravações de “A Usurpadora” seguem em ritmo acelerado, já no capítulo 56.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Carlos Romero adianta surpresas de “A Usurpadora”


O autor Carlos Romero quebrou o silêncio e resolveu adiantar algumas das surpresas que esperam o público nos próximos capítulos de “A Usurpadora”.

“Todos os dias recebo mensagens de pessoas pedindo mais ação para Paola. Perguntam quando ela vai voltar ao lugar dela na mansão, se a novela inteira vai ser sobre a usurpação. É simples: a novela é sobre usurpação, e é sobre Paulina Martins. Mas a vilã tem um espaço insubstituível. Para alegria de todos, já estou escrevendo o capítulo 35 e Paulina está prestes a ser desmascarada: todo mundo já sabe que ela não é Paola. Já a verdadeira sra. Bracho retorna para a mansão no capítulo 36.”

Perguntado sobre a forma como Paulina será desmascarada, o autor respondeu:

“É seguro dizer que a ‘casa cai’ para ela por causa da chantagem do Luciano, que quer dinheiro e acaba por não receber. Já estamos vendo vovó Piedade com suas suspeitas, ela descobre por conta. Mas os outros, descobrem em troca de dinheiro.”

Sobre o futuro de Paulina após ser desmascarada:

“Assim que ela perceber que todos na mansão sabem da verdade, vai fugir sem se despedir de ninguém. Inclusive já escrevi essas cenas. Ela vai ficar desesperada. No entanto, essa fuga desencadeia novos conflitos para a família e para a própria Paola, que volta somente alguns dias após sua ‘contratada’ fugir e acaba caindo em contradições.”

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Audiência Detalhada: A Usurpadora (2007)


A USURPADORA

novela de
CARLOS ROMERO

META: 30 PONTOS

Estreia: 6 de agosto de 2007
Término: 21 de dezembro de 2007

100 capítulos

Semana 01: 06/08 a 10/08/2007 = 31 | 31 | 31 | 32 | 30 = 31.0
Semana 02: 13/08 a 17/08/2007 = 34 | 33 | 34 | 34 | 30 = 33.0
Semana 03: 20/08 a 24/08/2007 = 34 | 36 | 33 | 33 | 31 = 33.4
Semana 04: 27/08 a 31/08/2007 = 32 | 33 | 33 | 32 | 30 = 32.0
Semana 05: 03/09 a 07/09/2007 = 35 | 32 | 33 | 34 | 31 = 33.0
Semana 06: 10/09 a 14/09/2007 = 36 | 35 | 34 | 32 | 29 = 33.2
Semana 07: 17/09 a 21/09/2007 = 37 | 35 | 33 | 34 | 29 = 33.6
Semana 08: 24/09 a 28/09/2007 = 33 | 34 | 34 | 32 | 28 = 32.2
Semana 09: 01/10 a 05/10/2007 = 33 | 33 | 32 | 34 | 30 = 32.4
Semana 10: 08/10 a 12/10/2007 = 37 | 36 | 34 | 35 | 31 = 34.6
Semana 11: 15/10 a 19/10/2007 = 34 | 36 | 35 | 37 | 33 = 35.0
Semana 12: 22/10 a 26/10/2007 = 35 | 35 | 37 | 37 | 33 = 35.4
Semana 13: 29/10 a 02/11/2007 = 35 | 35 | 34 | 33 | 32 = 33.8
Semana 14: 05/11 a 09/11/2007 = 37 | 37 | 32 | 33 | 33 = 34.4
Semana 15: 12/11 a 16/11/2007 = 37 | 38 | 35 | 35 | 32 = 35.4
Semana 16: 19/11 a 23/11/2007 = 35 | 34 | 35 | 33 | 30 = 33.4
Semana 17: 26/11 a 30/11/2007 = 35 | 34 | 34 | 34 | 32 = 33.8
Semana 18: 03/12 a 07/12/2007 = 36 | 35 | 35 | 34 | 31 = 34.2
Semana 19: 10/12 a 14/12/2007 = 37 | 37 | 35 | 35 | 34 = 35.6
Semana 20: 17/12 a 21/12/2007 = 37 | 39 | 40 | 42 | 40 = 39.6

MÉDIA GERAL: 33.95

domingo, 5 de agosto de 2007

A USURPADORA (2007)


A Usurpadora” é uma telenovela brasileira produzida e exibida pelo SBT.

Novela de Carlos Romero.
Escrita por Carlos Romero.
Produção de Salvador Mejía.
Direção de Beatriz Sheridan e Nathalie Lartilleux.
Direção geral de Beatriz Sheridan.

Exibida no horário das 22 horas entre 6 de agosto e 21 de dezembro de 2007, em 100 capítulos, substituindo “Rubi”. Foi a 35ª “novela das dez” exibida na faixa e a última levada ao ar de forma ininterrupta em 2007.

Reapresentada em “Reprise Especial” no horário das 17 horas, entre 5 de janeiro e 24 de abril de 2015, em 95 capítulos.

Contou com Gabriela Spanic, Fernando Colunga, Chantal Andere, Juan Pablo Gamboa, Dominika Paleta, Marcelo Buquet, Jéssica Jurado e Libertad Lamarque nos papeis centrais da história.

TRAMA PRINCIPAL

A Usurpadora” conta a história de Paulina Martins e Paola Bracho, ambas interpretadas por Gabriela Spanic. Duas mulheres idênticas na aparência, mas com personalidade e padrão de vida completamente opostos.

Duas mulheres idênticas na aparência e distintas em sentimentos e personalidade, acabam se encontrando por casualidade e participam de um terrível engano. Paula Martins (Nuria Bages) é uma mulher pobre e humilde, que tem duas filhas gêmeas, Paola e Paulina, porém, devido a sua situação lastimável de miséria em que vive, abandona Paola, que no futuro é adotada por uma família rica. Já Paulina cresce em presença da mãe, enfrentando grandes dificuldades na vida devido a pobreza em que vivem. Paulina cresce e se torna uma moça humilde e de bom caráter, que namora o ambicioso Osvaldo Resende (Antonio de Carlo), revezando o seu tempo também para com os cuidados a sua mãe enferma, que está prestes a morrer devido a sua doença.

Enquanto isso, sua irmã gêmea, Paola Bracho, viveu de maneira oposta a de Paulina, priorizando a riqueza acima de tudo e de todos, se tornando assim uma mulher ambiciosa, dissimulada, fria e calculista. Paola é casada com Carlos Daniel Bracho (Fernando Colunga), por quem já foi apaixonada, mas devido a ausência do marido, se torna uma esposa infiel. O milionário – quase falido – Carlos Daniel cuida de dois filhos do primeiro casamento: a esperta e encantadora Lisette Bracho (María Soler) e o rebelde e problemático Carlinhos (Sergio Miguel). Ardilosa, Paola também mantém um caso extraconjugal com o cunhado, o inescrupuloso Willy Monteiro (Juan Pablo Gamboa); contribui cruelmente com o vício em álcool de sua sogra, a vovó Piedade (Libertad Lamarque); e despreza seus enteados, que a enxergam como uma mãe. Willy é casado com a atormentada e fanática Estephanie Bracho (Chantal Andere), uma mulher amargurada e ressentida com a vida, que veste-se sempre de preto, como se fosse uma freira.

O destino, no entanto, coloca Paola Bracho e Paulina Martins frente a frente novamente, e Paulina têm sua vida totalmente modificada por Paola.

Paola, frustrada e cansada de viver com uma família a qual detesta e despreza, resolve viajar para se divertir com um de seus amantes, Luciano Alcântara (Mário Cimarro), e nessa viagem acaba encontrando Paulina em um toalete de senhoras. Ela vê na jovem uma oportunidade perfeita de se ver livre de sua família, então planeja uma usurpação – ela propõe a Paulina que se passe por ela durante um ano na mansão da família Bracho. Para obrigar a moça a aceitar esse diabólico e cruel plano, Paola arma-lhe uma armadilha, acusando-a de lhe ter roubado uma joia sua e, se ela não aceitar se tornar Paola Bracho, irá denunciá-la e colocá-la atrás das grades definitivamente.

Paulina, sem alternativa, com medo de ir para a prisão, e com a morte da mãe se tornando um evento recente, aceita se passar por Paola. Durante sua estada na mansão Bracho, Paulina aprende a ser como Paola, se tornando uma mulher fina e elegante. Sem ser reconhecida por sua aparência completamente idêntica à da vilã, ela se vê entre uma família desestruturada pelas mãos de Paola e percebe que há pessoas que precisam de sua grande dedicação naquele lar. Paulina, então, começa a mudar a vida dos Bracho, se tornando um anjo na vida de quem necessite de sua presença e de suas palavras confortadoras, conseguindo contribuir e modificar positivamente o destino de todos os que lhe cruzam o caminho, mas não sem antes sofrer e pagar caro por todos os erros cometidos por Paola no passado, nas mãos de Estephanie, e da atirada Leda Durán (Dominika Paleta).

Quando Paulina finalmente encontra sua felicidade ao lado de Carlos Daniel e de sua família, Paola volta disposta a lutar pelo seu antigo lugar.

AUDIÊNCIA

A Usurpadora” obteve média final de 34,0 pontos, considerada um grande sucesso para a faixa – além de elevar em 10% os índices de “Rubi”.

Na sessão “Reprise Especial”, cravou 19,9 pontos de média, considerada boa para a faixa. Estreou com 23 pontos, mas viu seus índices caíram na reta final. O último capítulo rendeu 21 pontos ao SBT – seu melhor desempenho, no entanto, foi de 25 pontos, em 20 de janeiro de 2015 (capítulo 14).