segunda-feira, 16 de março de 2009

Audiência Detalhada: Esperança (2009)


ESPERANÇA

novela de
BENEDITO RUY BARBOSA

META: 45 PONTOS

Estreia: 16 de março de 2009
Término: 13 de novembro de 2009

209 capítulos

Semana 01: 16/03 a 21/03/2009 = 47 | 40 | 47 | 43 | 40 | 40 = 42.6
Semana 02: 23/03 a 28/03/2009 = 43 | 45 | 44 | 41 | 42 | 43 = 42.8
Semana 03: 30/03 a 04/04/2009 = 46 | 41 | 39 | 39 | 39 | 32 = 39.2
Semana 04: 06/04 a 11/04/2009 = 37 | 39 | 36 | 39 | 39 | 34 = 37.1
Semana 05: 13/04 a 18/04/2009 = 40 | 36 | 39 | 34 | 40 | 34 = 37.1
Semana 06: 20/04 a 25/04/2009 = 41 | 43 | 36 | 39 | 38 | 34 = 38.5
Semana 07: 27/04 a 02/05/2009 = 41 | 42 | 41 | 41 | 41 | 36 = 40.3
Semana 08: 04/05 a 09/05/2009 = 42 | 42 | 41 | 42 | 39 | 36 = 40.3
Semana 09: 11/05 a 16/05/2009 = 41 | 42 | 40 | 42 | 41 | 37 = 40.6
Semana 10: 18/05 a 23/05/2009 = 46 | 40 | 43 | 39 | 38 | 33 = 39.8
Semana 11: 25/05 a 30/05/2009 = 41 | 42 | 39 | 39 | 39 | 34 = 39.1
Semana 12: 01/06 a 06/06/2009 = 38 | 40 | 38 | 40 | 33 | 33 = 37.1
Semana 13: 08/06 a 13/06/2009 = 45 | 44 | 43 | 40 | 42 | 35 = 41.5
Semana 14: 15/06 a 20/06/2009 = 40 | 41 | 41 | 41 | 40 | 35 = 39.5
Semana 15: 22/06 a 27/06/2009 = 41 | 41 | 39 | 38 | 37 | 31 = 37.7
Semana 16: 29/06 a 04/07/2009 = 43 | 39 | 38 | 35 | 36 | 28 = 36.5
Semana 17: 06/07 a 11/07/2009 = 43 | 41 | 40 | 45 | 36 | 35 = 40.1
Semana 18: 13/07 a 18/07/2009 = 42 | 40 | 39 | 37 | 36 | 33 = 37.8
Semana 19: 20/07 a 25/07/2009 = 39 | 40 | 40 | 38 | 36 | 33 = 37.7
Semana 20: 27/07 a 01/08/2009 = 43 | 40 | 40 | 42 | 37 | 35 = 39.5
Semana 21: 03/08 a 08/08/2009 = 41 | 40 | 39 | 39 | 36 | 34 = 38.2
Semana 22: 10/08 a 15/08/2009 = 40 | 41 | 37 | 40 | 36 | 34 = 37.8
Semana 23: 17/08 a 22/08/2009 = 40 | 38 | 36 | 37 | 34 | 32 = 36.2
Semana 24: 24/08 a 29/08/2009 = 39 | 38 | 37 | 36 | 34 | 32 = 36.1
Semana 25: 31/08 a 05/09/2009 = 38 | 36 | 37 | 37 | 34 | 32 = 35.6
Semana 26: 07/09 a 12/09/2009 = 37 | 37 | 36 | 36 | 34 | 30 = 34.9
Semana 27: 14/09 a 19/09/2009 = 37 | 36 | 37 | 36 | 32 | 30 = 34.9
Semana 28: 21/09 a 26/09/2009 = 37 | 36 | 36 | 36 | 33 | 31 = 34.7
Semana 29: 28/09 a 03/10/2009 = 39 | 38 | 36 | 37 | 36 | 32 = 36.4
Semana 30: 05/10 a 10/10/2009 = 39 | 37 | 38 | 34 | 33 | 29 = 34.8
Semana 31: 12/10 a 17/10/2009 = 39 | 39 | 36 | 37 | 35 | 32 = 36.1
Semana 32: 19/10 a 24/10/2009 = 38 | 41 | 36 | 39 | 40 | 36 = 38.3
Semana 33: 26/10 a 31/10/2009 = 42 | 43 | 44 | 43 | 40 | 35 = 41.1
Semana 34: 02/11 a 07/11/2009 = 43 | 43 | 39 | 44 | 43 | 36 = 41.4
Semana 35: 09/11 a 14/11/2009 = 44 | 46 | 45 | 51 | 50 | 30 = 44.3

MÉDIA GERAL: 38.45

domingo, 15 de março de 2009

ESPERANÇA (2009)


Esperança” é uma telenovela brasileira produzida e exibida pelo SBT.

Novela de Benedito Ruy Barbosa.
Escrita por Benedito Ruy Barbosa e Walcyr Carrasco.
Colaboração: Edmara Barbosa, Edilene Barbosa e Thelma Guedes.
Direção: Emilio di Biasi e Marcelo Travesso.
Direção-geral: Luiz Fernando Carvalho e Carlos Araújo.
Núcleo: Luiz Fernando Carvalho.

Exibida no horário das 21 horas entre 16 de março e 13 de novembro de 2009, em 209 capítulos. Substituiu “O Clone” e foi substituída por “Mulheres Apaixonadas”. Foi a 62ª “novela das nove” exibida pela emissora.

Contou com Priscila Fantin, Reynaldo Gianecchini, Ana Paula Arósio, Maria Fernanda Cândido, Raul Cortez, Simone Spoladore, Gabriela Duarte, José Mayer, Laura Cardoso, Giselle Itié, Eva Wilma, Antônio Fagundes e Fernanda Montenegro nos papéis centrais.

TRAMA PRINCIPAL

Os reflexos da Grande Depressão de 1929 no cenário sociopolítico mundial, a queda do ciclo do café e a transformação do Brasil em um país formado por imigrantes de várias nacionalidades é o pano de fundo de “Esperança”, novela de Benedito Ruy Barbosa que conta a história de amor dos italianos Toni (Reynaldo Gianecchini) e Maria (Priscila Fantin), na década de 1930.

Toni vive com os pais, Rosa (Eva Wilma) e Genaro (Raul Cortez), na cidade italiana de Civita. Ele é apaixonado e é correspondido por Maria, mas o influente pai da moça, Giuliano (Antonio Fagundes), não aceita o relacionamento da filha com um rapaz pobre. Entusiasmado com as histórias sobre o Brasil contadas por seu tio, o comunista Giuseppe (Walmor Chagas), Toni decide ir embora com Maria para São Paulo em busca de uma nova vida. O jovem chega a enfrentar Genaro, que é contra a viagem, e a relação de pai e filho é abalada. Giuliano impede Maria de viajar, e Toni embarca sozinho, com a promessa de buscar a namorada. Após sua partida, Maria, grávida, é obrigada a se casar com o fascista Martino (José Mayer). Toni viaja sem saber da gravidez da amada, que é consolada pela avó, Luiza (Fernanda Montenegro).

Em São Paulo, Toni arranja emprego no armarinho do judeu Ezequiel (Gilbert) e é acolhido por sua família. Sem notícias de Maria, o italiano se envolve com a judia Camilli (Ana Paula Arósio), filha do patrão, e os dois vivem um belo, mas conflituado romance. O principal triângulo amoroso da trama se consolida com o reencontro de Toni e Maria no Brasil: ele fica dividido entre o amor das duas mulheres. A italiana chega com o filho pequeno, Martininho, e o marido, que deixa a Itália após se envolver em conflitos políticos. Martino é assassinado, e Maria fica viúva.

Com a morte de Rosa, Genaro viaja para o Brasil em busca do filho, com quem quer fazer as pazes. O reencontro dos dois é uma das cenas emocionantes da novela. É Genaro quem o leva até Maria, hospedada no mesmo local que ele, a pensão de Mariusa (Regina Maria Dourado).

No final da novela, Genaro é assassinado por integralistas que intencionavam matar Toni, e morre nos braços do filho. Toni e Maria terminam juntos ao lado de Martininho, na Itália, e reencontram a nonna Luiza, que havia desaparecido. E Camilli se revela uma ótima administradora, assumindo a fábrica de tecelagem e respeitando os direitos trabalhistas dos funcionários. Nas cenas finais do último capítulo, a história dá um salto para a década de 2000 e mostra Toni, Maria e Camilli idosos.

TRAMAS PARALELAS

Discussões políticas e trabalhistas
A pensão de Mariusa (Regina Maria Dourado) é um espaço de discussões políticas acaloradas. Ali moram os universitários José Manoel (interpretado pelo português Nuno Lopes), Felipe (Daniel Lobo), Marcos (Chico Carvalho) e Rafael (Mariz), que debatem temas como getulismo, Estado Novo, a decadência dos barões do café e a Revolução Constitucionalista de 1932, histórica luta dos rebelados paulistas contra as tropas federais. Os estudantes se alistam na guerra, em que o português José Manoel, apelidado de “Murruga” pelos colegas, apaixona-se pela enfermeira Nina (Maria Fernanda Cândido), operária com ideais de justiça e humanismo, que se alistara como voluntária no hospital de campanha para apoiar os combatentes paulistas. O português, ferido na batalha, é salvo pelos cuidados da enfermeira. O romance dos dois é um dos destaques da trama, com momentos engraçados e comoventes.

Por meio da personagem Nina, o autor discute questões trabalhistas e os problemas enfrentados pela mão de obra feminina na época. Nina trabalha em uma fábrica de tecelagem e, além da dura jornada de trabalho, é obrigada a driblar o assédio do patrão, Humberto (Oscar Magrini), marido da dona da fábrica, Silvia (Ligia Cortez). Ela incita as operárias a lutarem por aumento de salário e chega a ser presa por liderar uma greve geral. Nina é a filha de Giuseppe (Walmor Chagas), tio de Toni (Reynaldo Gianecchini).

No período em que esteve no Brasil participando de lutas políticas, Giuseppe se apaixonou por Madalena (Laura Cardoso), e os dois tiveram uma filha. Ao voltar para a Itália, ele nunca mais viu as duas. Mãe e filha moram em um cortiço, um dos cenários recorrentes da trama.

Os imigrantes
Além dos italianos, judeus e portugueses, os espanhóis também estão representados na história, com o casal Manolo (Otávio Augusto) e Soledad (Denise Del Vecchio) e de sua filha, Eulália (Giselle Itié), que se emprega na fábrica e se deixa seduzir pelo patrão, Humberto (Oscar Magrini).

A saga dos italianos também está presente na história dos personagens Vincenzo (Othon Bastos), Adolfo (Antônio Petrin) e Farina (Paulo Goulart), que compram as terras de decadentes barões de café falidos depois da quebra da bolsa de Nova York, em 1929.

Aqui é abordada a questão da luta pela terra, pois os três vivem uma acirrada disputa com a viúva Francisca (Lúcia Veríssimo) pela posse de uma fazenda em São Paulo. A baronesa não admite estrangeiros como proprietários de terra no Brasil. Mãe de Maurício (Ranieri Gonzalez) e Beatriz (Miriam Freeland), a fazendeira é chamada de “Francisca Mão de Ferro” pelo rigor com que administra seus negócios.

Ao longo da trama, Maurício e Beatriz decidem alfabetizar os filhos dos colonos da região, entre eles Caterina (Simone Spoladore) e Marcello (Emilio Orciollo Netto), filhos de Vincenzo e Constancia (Araci Esteves). Os quatro jovens se apaixonam e enfrentam a ira de Francisca. Caterina se casa com Maurício, e os dois têm um filho, mas Marcello ainda sofre por um tempo até conquistar Beatriz de vez.

No decorrer da história, Francisca passa por uma transformação radical após descobrir que o falecido marido teve uma filha com uma escrava. Trata-se de Júlia (Sheron Menezes), uma das serviçais da casa. A fazendeira se envolve com o italiano Farina sem saber que ele é um mau-caráter que só está interessado em sua fortuna. Após ser responsável pela internação de Maurício em um hospício e por manter Beatriz em um cativeiro, Farina é morto pelos personagens da fazenda, em uma tocaia planejada por todos.

Novos personagens
A saída do autor Benedito Ruy Barbosa da novela, por questões pessoais, e sua substituição por Walcyr Carrasco levou à entrada de novos personagens na história. Como a francesinha Justine (Gabriela Duarte), prostituta que vai trabalhar em um dos bordéis da cidade. Justine é um antigo amor do estudante Marcos (Chico Carvalho), e os dois voltam a se relacionar, apesar da contrariedade da família do rapaz. Também entram na trama os personagens Zequinha (Marcos Palmeira), Zangão (Jackson Antunes) e Chiquinho Forró (Cosme dos Santos), que agitam o núcleo da fazenda de Francisca (Lúcia Veríssimo). O cantor Paulo Ricardo foi escalado para viver o judeu Samuel, que se apaixona por Camilli. E Osmar Prado vive o comunista Jacobino que, entre outras discussões da novela, junta-se a Nina (Maria Fernanda Cândido) e Toni (Reynaldo Gianecchini) para combater o uso de mão de obra infantil na fábrica de tecelagem.

AUDIÊNCIA

Obteve média geral de 37.6 pontos, considerada o maior fracasso do horário das 21h do SBT à época de sua exibição – o folhetim derrubou em 20% os índices de “O Clone” e, por conta de seu baixo desempenho, alterou a meta de 45 pontos da faixa para 40 a partir de “Mulheres Apaixonadas”. A novela estreou com média de 46 pontos e alcançou 50 em seu último capítulo. O melhor resultado, no entanto, foi no penúltimo dia de exibição: 51 pontos. E 19 como seu pior desempenho.

CURIOSIDADES

• A novela traça um painel social do estado de São Paulo, onde os imigrantes tiveram participação ativa no processo de industrialização e na formação do movimento operário. Dados do Memorial do Imigrante davam conta, na época de produção da novela, que cerca de 2,5 milhões de imigrantes, de aproximadamente 70 nacionalidades diferentes, entraram em São Paulo desde a segunda metade do século XIX até 1949. Como fez em outras novelas de sua autoria, Benedito Ruy Barbosa volta a retratar em “Esperança” a vida desses imigrantes.

• A novela foi pensada para ser uma continuação de “Terra Nostra” (2006), e seria batizada de “Terra Nostra 2”. Segundo Benedito Ruy Barbosa, porém, ele percebeu que não conseguiria dar continuidade às tramas desenvolvidas na novela anterior e propôs uma nova história, embora versando sobre o mesmo tema da imigração.

• “Esperança” sofreu atrasos na entrega de capítulos, levando à gravação de cenas na véspera ou até mesmo no dia de sua exibição. Devido a problemas pessoais, Benedito Ruy Barbosa se afastou da trama em setembro de 2009, e Walcyr Carrasco assumiu a autoria, a partir do capítulo 149, passando a contar com a colaboração de Thelma Guedes. A trama ganhou novos desdobramentos e personagens.

• O figurante italiano Alessandro Petricca, de oito anos, interpretou o protagonista Toni (Reynaldo Gianecchini) quando criança nas gravações em Civita di Bagnoregio. A bicicleta usada pelo menino em cena é a mesma usada no filme “O Último Imperador” (1987), de Bernardo Bertolucci. Já a bicicleta guiada por Gianecchini nas cenas de Toni adulto foi remontada pela equipe de produção de arte para ficar igual à bicicleta de Toni menino.

• “Esperança” marcou a estreia do ator paranaense Ranieri Gonzalez em um papel de destaque. Ele só havia feito pequenas participações, na novela “Força de um Desejo” (2002) e no seriado “A Justiceira” (1997).

• Esta foi a primeira novela da curitibana Simone Spoladore, que estreou em TV em um dos principais papéis da primeira fase da minissérie “Os Maias” (2001), também dirigida por Luiz Fernando Carvalho.

• Assim como seu personagem, o cantor Gilbert é judeu egípcio na vida real. Além de fazer o pai de Camille (Ana Paula Arósio), ele gravou para a novela a canção Jerusalém de Ouro, em hebraico e português.

• O cantor Paulo Ricardo, em seu primeiro papel em uma novela, interpretou o judeu Samuel, que se interessa por Camilli.

Gianfrancesco Guarnieri fez uma breve participação na história como Pellegrini, amigo do escultor Agostino (Cláudio Corrêa e Castro), que aceita se passar por padre para realizar o falso casamento de Toni e Camilli. Ansioso por ver o pupilo italiano casado com a judia, Agostino inventa um casamento de mentira em seu ateliê, à revelia dos namorados.

• A novela rendeu um livro: “A Década de 30 Através da Novela Esperança”, da Editora Globo, com informações sobre a trama, o momento histórico e a produção da novela.

• O ator Luís de Lima, intérprete de Antonio, pai de José Manoel (Nuno Lopes), morreu durante a novela. Para dar continuidade dramática ao romance de José Manoel com Nina (Maria Fernanda Cândido), que não era aceita pela família do rapaz, Beatriz Segall entrou na trama. Ela foi escalada para viver Antonia, a mãe do português.

Ana Paula Arósio e Reynaldo Gianecchini conferiram tanto realismo a uma cena de discussão do casal Camilli e Toni que ambos se feriram durante a gravação. Ana Paula torceu o tornozelo direito, e o ator teve dentes quebrados quando Camilli, em um acesso de fúria, destrói a estátua feita por Toni ao ouvir o marido se declarar à obra, chamando-a de Maria. Gianecchini teve de se submeter a uma restauração dentária e só voltou às gravações três dias após o acidente.

• A poucos meses do final da trama, Ana Paula Arósio deixou a novela devido a problemas de saúde. Voltou a tempo de concluir suas cenas.

• “Esperança” fez sucesso no exterior, sendo exibida em países como Uzbequistão, Rússia, entre outros. Vendida para emissoras hispânicas, a novela foi rebatizada, passando a chamar “Terra Speranza”, em alusão a “Terra Nostra”, outra trama de Benedito Ruy Barbosa e um dos maiores sucessos do SBT no mercado internacional. Rebatizada de “Terra Nostra 2”, “Esperança” foi exibida na Itália no canal Rette 4. A novela fez sucesso em Israel, no horário nobre, indo ao ar no canal HOT 3 da TV a cabo, com o título de “Terra Esperança” traduzido para o hebraico – a exibição do casamento judaico de Camilli e Toni fez o canal obter uma audiência jamais alcançada antes.