domingo, 11 de dezembro de 2011

AMÉRICA (2011)


América” é uma telenovela brasileira produzida e exibida pelo SBT.

Novela de Glória Perez.
Direção de Marcelo Travesso, Tereza Lampreia, Federico Bonani, Carlo Milani e Luciano Sabino.
Direção geral de Jayme Monjardim e Marcos Schechtman.
Núcleo Jayme Monjardim e Mário Lúcio Vaz.

Exibida no horário das 21 horas entre 12 de dezembro de 2011 e 3 de agosto de 2012, em 203 capítulos. Substituiu “Senhora do Destino” e foi substituída por “Belíssima”. Foi a 66ª “novela das nove” exibida pela emissora.

Reapresentada no horário das 15 horas, dentro da sessão “Vale a Pena Ver de Novo” entre 26 de outubro de 2015 e 1º de abril de 2016, em 137 capítulos. Substituiu “Senhora do Destino” e foi substituída por “Sete Pecados”.

Contou com Deborah Secco, Murilo Benício, Caco Ciocler, Gabriela Duarte, Camila Morgado, Thiago Lacerda, Mariana Ximenes, Eliane Giardini, Murilo Rosa, Marcello Novaes, Juliana Paes, Bruno Gagliasso, Juliana Knust, Matheus Nachtergaele, Bruna Marquezine, Marcos Frota, Totia Meirelles, Floriano Peixoto, Cissa Guimarães, Simone Spoladore, Rodrigo Faro, Cléo Pires, Cláudia Jimenez, Humberto Martins, Daniela Escobar, Edson Celulari e Christiane Torloni nos papéis principais da trama.

TRAMA PRINCIPAL

Movida pelo desejo de realizar seu grande sonho, uma brasileira atravessa a fronteira do México e chega ilegalmente aos EUA. “América” é uma novela contemporânea que fala da busca e realização dos sonhos através da história de amor de Sol (Deborah Secco) e Tião (Murilo Benício). Sol teve uma infância miserável no Rio de Janeiro e sonha morar nos Estados Unidos, onde acredita que terá uma vida melhor. Tião Higino, criado no interior do Brasil, quer ser um campeão de rodeios e, com o dinheiro, fazer a casa que seu pai sonhava construir para a família.

Sol resolve fazer a travessia ilegal da fronteira do México com os Estados Unidos após ver negado seu visto de entrada no país. Ela viaja a Boiadeiros, no interior do Brasil, para pedir dinheiro emprestado à madrinha, a viúva Neuta (Eliane Giardini), sem contar a verdade sobre o destino do empréstimo. Tampouco revela seu plano aos pais. Lá, conhece Tião, homem honesto, batalhador e cobiçado pelas moças locais. É amor à primeira vista. O casal vive momentos felizes até Sol, já de volta ao Rio, ser comunicada de que está tudo certo para a viagem. Embora apaixonada por Tião, ela opta por seu sonho. Desiludido, o peão se envolve com a narradora de rodeios Gil Madureira (Lúcia Veríssimo).

A obsessão de Sol tem origem no passado. Quando criança, ela e a mãe, Odaléia (Jandira Martini), foram despejadas do barraco onde moravam em uma favela do Rio. A menina viu seus pertences serem atirados na rua e a casa ser destruída, à mesma época em que uma amiga de infância era levada para viver em Miami, nos Estados Unidos, por uma tia que só falava maravilhas do novo país. Sol e sua mãe acabaram sendo acolhidas pelo motorista do trator encarregado de derrubar a casa, o honesto Mariano (Paulo Goulart), que, penalizado, recusou-se a cumprir sua missão e ganhou ordem de prisão. Mariano se casou com Odaléia, assumiu Sol, e a família humilde cresceu com o nascimento de Mari (Camila Rodrigues). Durante anos, Sol cansou de ouvir conselhos da mãe para não se deixar iludir por amor a um homem – Odaléia foi abandonada quando estava grávida dela. Cresceu recebendo fotos e cartas da amiga exaltando Miami, o que a fez viver com a ilusão de que a viagem para os Estados Unidos mudaria a sua vida e a de sua família.

Tião, por sua vez, cresceu valorizando as raízes brasileiras, com um imenso amor pela terra e pelos animais de seu universo. Ainda menino, viu o pai, Acácio (Chico Diaz), partir em busca de um sonho: achar diamantes no garimpo para melhorar a vida dos filhos e da mulher, Mazé (Nívea Maria). Acácio, porém, morreu no desmoronamento de uma gruta. Tião jurou para si mesmo tornar-se um campeão de rodeios para realizar o desejo do pai, que lhe aparece em estranhos sonhos e visões, juntamente com um touro e uma mulher que não consegue identificar. Essas visões dão o toque espiritualista à trama, reforçado com a chegada de Sol à vida de Tião e com a aparição misteriosa de um touro na fazenda de Neuta. Ao longo da novela, Tião descobre que ele e Sol têm uma relação que vem de outras vidas.

Neuta, madrinha de Sol, batiza e inscreve o touro Bandido em competições de rodeio em uma categoria especial. O animal passa a ser desafiado individualmente pelos peões, em meio a uma bolsa de apostas. Como sempre derruba os candidatos, por vezes com graves consequências, Bandido logo se torna o touro mais temido dos rodeios e dá origem a uma série de histórias folclóricas. Uma delas conta que ele é a encarnação do falecido marido de Neuta, que derrubaria os peões por ciúmes da viúva.

Enquanto Tião venera Acácio e luta por seu objetivo com o apoio da mãe e do avô Zé Higino (Francisco Cuoco), seu irmão, Geninho (Marcello Novaes), sonha ir para a cidade grande. Diferentemente de Tião, que cresceu montando em ovelhas e bois, Geninho tem outras ambições. Os dois irmãos se enfrentam porque discordam da venda do sítio da família. É através de um golpe de Geninho que o sítio passa para o nome do inescrupuloso fazendeiro Laerte (Humberto Martins), que há tempos cobiça as terras para ampliar seus negócios. Geninho se redime no final: arrependido de ter feito Mazé assinar a venda do sítio sem saber do que se tratava, conta toda a verdade em juízo, e Tião o perdoa.

Se Tião luta para ter sucesso no país onde nasceu, a determinada Sol não desiste de tentar a sorte em outras terras. Ela embarca para o México através de uma perigosa rede internacional chefiada por Djanira Pimenta (Betty Faria), do qual fazem parte o “atravessador” Alex (Thiago Lacerda) e o “coiote” Ramiro (Luís Melo).

A função de Alex é formar grupos de imigrantes, providenciar para eles passaportes e documentos falsos, passagens aéreas e hospedagem provisória no México; Ramiro auxilia os clandestinos a atravessar a fronteira, acompanhando-os na viagem.

A realidade encontrada por Sol e os demais imigrantes ilegais na viagem é bem pior do que imaginavam. Eles são obrigados a correr muito para não serem vistos pela patrulha da fronteira, são maltratados pelos coiotes, instalados em acomodações precárias, passam fome e sede, ficam à beira da desidratação, machucam-se na vegetação espinhosa do deserto e, apenas com as roupas íntimas, tentam atravessar em boias de pneus as águas geladas do Rio Grande, uma das fronteiras do México com os Estados Unidos. Alguns morrem no caminho, outros são pegos pela polícia. Na travessia, Sol conhece e solidariza-se com outras pessoas na mesma situação. Fátima (Bete Mendes), brasileira que sonha reencontrar o filho, é picada por uma cobra venenosa e, para não ser abandonada sozinha, prefere levar um tiro certeiro do coiote Ramiro. Rui (Cláudio Gabriel) morre ao ser atingido por um tiro disparado por uma milícia de fazendeiros americanos, acostumada a agir contra os imigrantes ilegais na travessia do Rio Grande. As irmãs mexicanas Inesita (Juliana Knust) e Rosário (Fernanda Paes Leme) viajam em companhia da tia, Mercedes (Rosi Campos), para encontrar a mãe em Miami. Consuelo (Claudia Jimenez), a mãe das meninas, viajara cinco anos antes atrás do marido, sem saber que ele já havia morrido. Nunca mais voltou e esperou que as filhas crescessem para que pudessem ir ao seu encontro em Miami, onde conseguiu abrir uma pensão e um bar. Na travessia pelo rio, Inesita e Mercedes conseguem alcançar o outro lado, mas Sol e Rosário, juntamente com outras pessoas, são obrigadas a retornar ao México e aguardar novas instruções de Ramiro e Alex.

A segunda tentativa de Sol de entrar ilegalmente nos Estados Unidos é frustrada pelos policiais da fronteira. Ela é encontrada escondida no painel de um carro e, após alguns dias, deportada de volta ao Brasil.

No retorno ao Brasil, Sol reencontra Tião, os dois fazem novas juras de amor e marcam casamento. No dia da cerimônia na igreja de Boiadeiros, porém, Sol abandona Tião no altar e aceita a proposta de Alex para fazer novamente a travessia. O que ela ignora é que o vilão pretende usá-la no tráfico de drogas para os Estados Unidos, uma das atividades do esquema ilegal de imigrantes que coordena. Sol conta com a suposta ajuda do peão americano Nick (Lucas Babin), que promete emprestar-lhe o dinheiro para pagar a travessia, mas o rapaz não cumpre o prometido.

Já no esconderijo dos imigrantes no México, Alex pede a Sol para levar uma bolsa com um colar e entregá-lo a suposta mãe dele assim que chegar a Miami. Ela não se desgruda da bolsa e, durante uma ida à cidade em companhia de um coiote, sai correndo e é pega por um policial. Identificada como imigrante ilegal e acusada de tráfico, pois a bolsa tinha um fundo falso com drogas, Sol é levada para uma penitenciária americana. Ela consegue fugir e se esconde dentro de uma caixa que, por engano, vai parar na casa do tradutor americano Ed (Caco Ciocler). Ed é noivo da autoritária professora May (Camila Morgado), especialista em línguas latinas, que detesta os imigrantes. Ele fica amigo de Sol. May, ao perceber o interesse do noivo pela brasileira, faz tudo para atrapalhar a vida da imigrante.

Assim que se vê nas ruas de Miami, Sol vai à procura da amiga de infância na boate onde ela trabalha. Embora não a encontre, acaba sendo contratada como garçonete e dançarina e descobre que a vida da amiga não é tão fácil quanto parecia: ela faz programas para aumentar o orçamento. Sua vida também não vira um mar de rosas. Além da boate à noite, Sol arranja trabalhos de faxineira e atendente de lanchonetes para conseguir juntar dinheiro, agora com uma motivação a mais: pagar uma cara cirurgia cardíaca a que Mariano precisa ser submetido. Sol, no entanto, tira a sorte grande e ganha dez mil dólares em um cassino. Ela propõe a Ed lhe dar metade do dinheiro que ganhou em troca de um casamento de fachada. Desta forma, tem chances de conseguir o green card, e Ed pode investir o dinheiro em um projeto editorial que depende de financiamento. Ao fingir ser um casal para enganar a Imigração, Sol e Ed se apaixonam, e a brasileira fica dividida entre o americano e o amor que ainda sente por Tião.

O peão chega a reencontrar a amada em uma de suas viagens a Miami para participar de rodeios internacionais, já que vem conquistando seu espaço ao vencer várias competições. Antes de descobrir que está apaixonada por Ed, Sol ainda pensa em largar tudo e voltar para o Brasil para se casar com Tião, mas não pode deixar o país. No Brasil, novamente desiludido com Sol, Tião se casa com a veterinária Simone (Gabriela Duarte), sobrinha de Laerte, por quem tem grande carinho. Mas não consegue esquecer Sol.

A situação de Sol nos Estados Unidos está longe de ser confortável. Ela é perseguida por May, que não se conforma em ter perdido Ed para uma imigrante e, dissimulada, tenta jogá-lo contra a brasileira o tempo todo. Sol conta com a ajuda de Miss Jane (Eva Todor) e do advogado James Perkins (Victor Fasano) para tentar resolver sua situação nos EUA. May, que já havia denunciado Sol à Imigração, descobre que ela é procurada por crime e dá seu paradeiro à polícia. Acuada, Sol foge, mas é encontrada pela polícia. Levada presa, descobre que está grávida de Ed.

Sol livra-se da prisão ao aceitar colaborar com a Justiça, contando o que sabe sobre a rede ilegal de Djanira Pimenta, Alex e Ramiro, mas não escapa da deportação. Com medo de ser obrigada a deixar o país sem levar o filho, que pode ficar com o pai americano, Sol mente, dizendo que o filho é de Tião.

O bebê de Sol nasce em Boiadeiros, e quem a ajuda no parto é Tião, que também acaba salvando a vida da criança, depois batizada como Francisco. Ele foi até lá movido por uma força estranha, quase um chamado, e encontrou Sol prestes a dar à luz. Com a ajuda de um médium (Flávio Migliaccio), Tião descobre que ele e Sol não deixaram uma criança nascer em uma vida passada e que, por isso, ambos precisam consertar isso na vida atual. A essa altura, Tião está separado de Simone. Ela passou por uma complicada gravidez psicológica e se sente ameaçada com a volta de Sol, por isso decidiu se separar. Tião e Sol, porém, apenas se tratam como amigos. Ed vai atrás de Sol no Brasil, mas, novamente, o medo de perder o filho faz com que ela não lhe conte sobre a paternidade do menino. A verdade vem à tona depois que um médico revela a necessidade de o bebê fazer uma delicada cirurgia nos Estados Unidos. Sem saída, Sol conta a Ed que ele é o pai de Chiquinho. Ela pede a ele, então, que leve o filho para ser operado, mas que o traga de volta.

Desesperada com a situação do filho e querendo estar a seu lado na hora da cirurgia – além de temer que May faça algum mal à criança –, Sol decide fazer mais uma vez a travessia ilegal, desta vez por mar. Tião a ajuda. Ele desafia o touro Bandido e entrega a Sol a metade do dinheiro do prêmio – que pede antecipadamente à viúva Neuta – para que ela faça a travessia. Tião é atirado pelo touro a seis metros de altura e cai desacordado no chão da arena. Nesse momento começa sua experiência de quase-morte. Ele empreende uma peculiar travessia, uma “viagem” que mistura passagens de sua vida e elementos da religiosidade dos peões, como o encontro com Nossa Senhora Aparecida (Taís Araújo), a protetora dos peões, e Nossa Senhora de Guadalupe (Luciana Rigueira), a protetora das Américas e padroeira dos mexicanos, invocada por Sol em seus momentos de desespero. Tião atravessa portais que o levam ao inferno, ao purgatório e ao paraíso. Ao final, encontra o pai, que lhe diz que ainda não é sua hora de deixar a Terra. Tião chega a ser dado como morto pelos médicos, mas sobrevive.

Ao mesmo tempo em que Tião faz sua travessia no leito do hospital, Sol enfrenta fome, sede e tempestade nas águas do mar. Mas chega sã e salva a uma praia deserta. Com a conivência de Ed, consegue ver o filho. A cirurgia de Chiquinho é um sucesso, mas Sol mal tem tempo de comemorar: é presa, denunciada por May. Ed finalmente descobre as vilanias da professora. No dia do embarque de Sol para o Brasil, ele aparece com Chiquinho no aeroporto e viaja com a mulher e o filho.

Tião e Simone fazem as pazes e vão ter um filho. O destino ainda prepara uma surpresa para o peão: um colega que estava com Acácio no garimpo cumpre seu último pedido e entrega à família de Tião uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, em cujo interior estão os diamantes prometidos. Tião, então, realiza seu grande sonho: torna-se campeão do rodeio de Barretos. Sol, em companhia de Ed, aparece para cumprimentá-lo, eternamente grata pelo que ele fez por ela. São as palavras do médium que resumem o romance: “Uma história de amor pode levar muitas vidas para ser resolvida.”

TRAMAS PARALELAS

Neuta e Dinho
A outra sensação de Boiadeiros ficou por conta do romance secreto da viúva Neuta (Eliane Giardini) com o peão Dinho (Murilo Rosa), mais jovem do que ela. As cenas amorosas e cômicas dos dois, que se encontravam às escondidas no quarto da viúva, conquistaram os telespectadores. O público se encantou com o amor sincero e apaixonado do casal. A fazendeira só assumiu a relação no capítulo final.

Júnior e Zeca
Júnior (Bruno Gagliasso), o filho único da viúva Neuta (Eliane Giardini), é um homossexual não assumido. Foi criado para ser um grande fazendeiro e um homem valente como o pai, o falecido Sinval, de quem Neuta sempre se gabou. Júnior retorna a sua casa após anos de estudo na cidade, mas não se interessa pelas atividades rurais. O que ele gostaria mesmo é de ser estilista, porém não consegue dizer isso à mãe.

Para enganar Neuta, ele aceita dizer que é o pai do filho da “maria-breteira” Ellis (Sílvia Buarque) – que engravida após se envolver com um peão – e os dois se casam, tornando-se grandes amigos e confidentes. Após o nascimento de Silvalzinho, no entanto, Ellis foge com um peão e deixa o bebê para Júnior e Neuta criarem, voltando apenas no final da trama. Sem o apoio da amiga, Júnior começa a namorar Kerry (Marisol Ribeiro), filha de Laerte (Humberto Martins) e Irene (Daniela Escobar), sem muito entusiasmo. Ele, que já sentia certa atração por Tião (Murilo Benício), apaixona-se mesmo por Zeca (Erom Cordeiro), peão contratado por Neuta para cuidar dos bois da fazenda. Só que Júnior tem dúvidas quanto aos seus sentimentos e reluta em declarar esse amor. Cada vez mais desconfiada da relação do filho com o empregado, Neuta demite o peão, o que acaba levando Júnior a assumir sua paixão. Antes disso, outra verdade vem à tona: o Sinval exemplar, de quem a viúva tanto dizia se orgulhar, na verdade era um cafajeste, jogador e beberrão, que não quis saber do filho.

Júnior e Zeca terminam juntos, e o filho de Neuta ainda ganha outro presente: um desfile com suas criações, organizado por Ellis com uma famosa estilista, a quem ela mostrara os desenhos do amigo.

A família de Raíssa
No Rio de Janeiro, destacam-se a conturbada relação do empresário e advogado Glauco (Edson Celulari) com a esposa, Haydée (Christiane Torloni), e a filha do casal, Raíssa (Mariana Ximenes). Ricos e sofisticados, eles parecem uma família feliz, mas escondem uma séria dificuldade de relacionamento. Glauco tem uma amante há muitos anos, a advogada Nina (Cissa Guimarães), a quem sempre deu esperanças de que se separaria um dia. Apaixonada, Nina sofre sendo “a outra”. Haydée é uma mulher triste, que, no passado, trocou um grande amor, Tony (Floriano Peixoto), pelo que considerava ser um casamento sólido. Transformou-se em uma mulher muito insegura, que compensa suas carências furtando objetos, ou seja, é cleptomaníaca. Ela reencontra Tony, e os dois constatam que aquele amor do passado não morreu. Raíssa, por sua vez, é uma jovem aparentemente bem-resolvida, mas que vê o chão desabar sob seus pés quando descobre que é um dos vértices de um triângulo amoroso formado com sua própria mãe, já que o Antonio Carlos por quem se apaixonou é o mesmo Tony que Haydée ainda ama. Os três foram surpreendidos pelo acaso. Haydée resolve se afastar de Tony para deixar o caminho livre para a filha, mas não revela a verdade a ela. Tonto com a coincidência, Tony também tenta se afastar de Raíssa, que reage virando uma garota rebelde, após se sentir traída pela mãe. Ela muda completamente seu comportamento: passa a se vestir de forma desleixada, coloca piercing, faz amizades com jovens de outras classes sociais e começa a frequentar bailes funk.

Raíssa vira, ainda, alvo do golpista Alex (Thiago Lacerda). Interessado em fazer negócios com Glauco para derrubar Djanira (Betty Faria), chefe de uma perigosa rede internacional, e criar seu próprio circuito de tráfico de drogas, Alex se apresenta como Roberto, um jovem investidor, honesto e bom partido. Consegue enganar toda a família e chega a entrar na igreja para se casar com Raíssa. Denunciado por Djanira, porém, ele é preso por policiais federais no altar, antes da realização do casamento. Apesar disso, graças, mais uma vez, à ingenuidade de Mari (Camila Rodrigues), irmã de Sol (Deborah Secco), consegue sair da prisão. Antes de assediar Raíssa, Alex se envolveu com Mari e também enganou sua família, somente para obter o paradeiro de Sol em Miami, porque a via como uma ameaça. Mari acabou sendo usada como “laranja” em suas atividades ilegais. No decorrer da história, Alex ainda trama a morte de Djanira e mata Ramiro (Luís Melo), o “coiote”, para incriminá-la. Ela consegue escapar das duas armações e, no fim, entrega o comparsa à polícia. Úrsula (Vera Fischer), uma policial disfarçada, envolve Alex em uma cilada.

A falta de entendimento entre Raíssa e os pais se complica quando Glauco se apaixona pela jovem e sedutora Lurdinha (Cleo Pires), amiga de sua filha, e abre mão de tudo para viver esse amor. Lurdinha chamava Glauco de “tio” – expressão usada pelos adolescentes para tratar os pais dos amigos. Glauco rejuvenesce e passa a viver como um adolescente apaixonado, ignorando as hostilidades e ameaças de Haydée e Nina, que se sentem passadas para trás. Ambas chegam a unir forças para se vingar do empresário, que vai parar atrás das grades, acusado de sonegação fiscal após denúncia da ex-mulher.

Quem também relutou para aceitar o romance foi a advogada Vera (Totia Meirelles), a mãe de Lurdinha, convencida de que o galante Glauco queria apenas se divertir com sua filha. Ao final da trama, os dois provam que se amam de verdade. Lurdinha faz Glauco devolver tudo que deve ao Fisco e eles se casam em um luau. Haydée, após iniciar um tratamento com um psicanalista para tentar se curar da cleptomania, vai ao encontro de Tony em Miami. Raíssa, amadurecida, decide viajar sozinha. E Nina, entusiasmada com o novo namorado, Pedro Paulo (Werner Schünemann), está fadada a reviver tudo que viveu com Glauco, pois descobre que ele é casado.

Gafieira Estudantina
A novela também tinha um núcleo de personagens em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde vivia a família de Sol. Seu Gomes (Walter Breda) é o dono de uma mercearia que se transforma em ponto de encontro musical do bairro, com a realização do “Tutu do Gomes”, em que se apresentam sambistas como Zeca Pagodinho, Dudu Nobre, Martinho da Vila e outros. Defensor dos códigos morais da rua, Seu Gomes é desmascarado quando descobrem que é pai de Farinha (Antonio Carlos, o Mussunzinho), fruto de uma relação extraconjugal. No mesmo bairro, estão também a falsa beata Creusa (Juliana Paes), que diz ser religiosa e recatada, mas mantém encontros secretos com desconhecidos, vestida apenas com uma lingerie; e o boa-praça Feitosa (Aílton Graça), que vive um acalorado romance com Islene (Paula Burlamaqui), mas não assume a relação porque a mãe, Diva (Neuza Borges), não gosta dela. De tanto alardear a suposta infidelidade de Islene, Diva consegue separá-la do filho e fazê-lo se casar com Creusa, que considera ser a nora ideal. No final, a sogra desmascara Creusa ao flagrá-la em casa com um homem, e pede perdão a Islene, implorando que ela volte para Feitosa.

Jatobá
Islene é mãe da menina cega Flor (Bruna Marquezine), a quem sempre protegeu em excesso, impedindo sua interação com o mundo. A vida de Flor se transforma quando ela conhece Jatobá (Marcos Frota), um deficiente visual que, apesar das limitações, leva uma vida normal, junto com seu cão-guia Quartz. Jatobá faz esportes, dança tango e trabalha como produtor de eventos.

Jatobá foi um ex-namorado de Vera e deseja reconquistá-la. Com o apoio de Lurdinha e Radar (Duda Nagle), filhos da advogada, ele se casa com a amada, após várias investidas galantes e românticas. Entre as surpresas, ele leva Vera para assistir a um show de Roberto Carlos, em que o “Rei” canta a música-tema do casal, “A Volta”, de sua autoria.

A pensão de Consuelo
Em Miami, o destaque é a pensão da mexicana Consuelo (Claudia Jimenez), onde se encontram os imigrantes latinos da história, como o chofer brasileiro Jota (Roberto Bonfim), o cubano Geraldito (Guilherme Karam) e o casal Heloísa (Simone Spoladore) e Neto (Rodrigo Faro). A advogada e o médico são pais de Rique (Matheus Costa) e pretendem ficar apenas um ano nos EUA, período da bolsa que Neto vai cursar no país.

O jovem médico gosta da experiência de morar em Miami e, diferentemente do combinado com a esposa – que largou sua carreira de advogada no Brasil para acompanhar o marido –, decide ficar mais tempo no exterior, o que gera um conflito com Helô. Durante a trama, os dois ainda levam um grande susto quando descobrem que Rique foi atraído pelo pedófilo Bill (Jaime Leibovitch), que se fez passar por uma criança de 12 anos nos bate-papos pela internet. Bill marca encontros com Rique em um shopping para lhe mostrar um novo game e apresenta-se como o pai do menino com quem Rique fala pelo computador. Depois de ganhar a confiança do garoto, Bill vai apanhá-lo um dia na escola e o leva para sua casa, mas a essa altura os dois já estão sendo procurados pela polícia, pois Ju (Viviane Victorette) viu o menino entrar no carro do homem. Bill é detido em uma blitz, e Rique volta são e salvo para os pais.

AUDIÊNCIA

Seguindo o fenômeno de audiência que foi “Senhora do Destino”, a novela de Glória Perez não fez feio: obteve 49.2 pontos de média, um dos maiores sucessos da faixa das 21h dos últimos anos. A trama teve uma das melhores estreias do horário: 56 pontos. Já seu último capítulo detém o recorde absoluto dentre as tramas mais recentes: 68 pontos de média. O folhetim teve 37 pontos como sua pior audiência, registrada na noite de ano novo.

No “Vale a Pena Ver de Novo”, “América” teve 24.9 pontos, um dos melhores desempenhos de uma novela na faixa de reprises. Teve 27 pontos em sua estreia, o segundo melhor resultado (perdendo apenas para a reapresentação de “Vale Tudo”, que alcançou 28 no primeiro capítulo). Já o desfecho da trama de Glória Perez registrou 34 pontos, firmando-se como um estrondoso sucesso.

CURIOSIDADES

Gloria Perez contou com a colaboração de diferentes pesquisadoras para escrever a novela: Giovana Manfredi, responsável pelas pesquisas sobre deficiência visual; Bianca Freire-Medeiros, autora do livro “O Rio de Janeiro que Hollywood Inventou” (2005), encarregada das pesquisas sobre imigração ilegal e cleptomania; Lurdes Hernandez, que ajudou na retratação da cultura mexicana; e Sandra Regina, colaboradora antiga da autora, que pesquisou sobre o subúrbio e coreografou todas as cenas de dança, incluindo as sequências no Forró da Vila e os passos country do núcleo de Boiadeiros.

• Para desenvolver a história, o diretor Jayme Monjardim e a autora Gloria Perez colheram depoimentos de muitos imigrantes ilegais que se arriscaram na travessia México-Estados Unidos. Gloria Perez quis mostrar na trama como funciona o esquema ilegal, revelando não só os perigos da viagem, mas também como os imigrantes pagam caro pela travessia. Muitos parcelam a dívida e, após conseguirem trabalho no novo país, juntam todo o dinheiro que ganham para pagar as prestações.

• Entre 600 mil e um milhão de brasileiros viviam como imigrantes – legal ou ilegalmente – nos Estados Unidos em 2011, segundo as pesquisas feitas pela equipe da novela. O brasileiro era o grupo que mais havia crescido entre os latinos que tentavam cruzar a fronteira pelo México. Em cinco anos, o número de brasileiros detidos na fronteira saltara de 500 para 8.600, em 2004. Uma das razões para esse salto teria origem nos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001: com a mudança drástica na concessão de vistos de entrada nos Estados Unidos – de cada três pedidos, um era negado – a travessia da fronteira virou a alternativa mais procurada.

• O diretor Jayme Monjardim sentiu na pele o tratamento dado pela polícia americana aos estrangeiros considerados suspeitos na fronteira dos Estados Unidos com o México. Durante a fase de pesquisas da novela, ele, o ator Thiago Lacerda e uma produtora foram detidos por policiais americanos por estarem gravando imagens do posto de fronteira entre as cidades de El Paso (Texas) e Juarez (México). Só foram liberados após seis horas.

Deborah Secco (Sol) trabalhou durante um dia numa loja da rede McDonald’s, em Boston, nos Estados Unidos, na fase de preparação de sua personagem. Fazendo-se passar por imigrante ilegal, a atriz chegou a lavar o chão da lanchonete. Também foi baby-sitter e garçonete por um dia.

• Os atores Maria Mariana, Brunno Abrahão e Guilherme Vieira viveram, respectivamente, os personagens Sol, Tião e Geninho na primeira fase da história.

• O personagem de Roberto Bonfim foi inspirado no brasileiro João Geraldo Abussasi, o Jota, dono de uma empresa de serviço de transporte de luxo em Miami e chofer de muitas personalidades que visitam a cidade, como a própria Gloria Perez. O ator passou dez dias com o Jota verdadeiro para entender o universo do personagem.

• O diretor Jayme Monjardim e os atores Deborah Secco, Luís Melo, Bete Mendes, Rosi Campos, Juliana Knust, Fernanda Paes Leme, Thiago Lacerda, além de cerca de 20 profissionais da equipe, enfrentaram uma temperatura de quatro graus abaixo de zero para realizar as cenas no deserto e às margens do Rio Grande, que serve de fronteira entre o México e os Estados Unidos.

• Segundo o diretor-geral Marcos Schechtman, pela primeira vez eram mostrados os dramas de quem deixa o Brasil, em vez do tema já abordado dos imigrantes que se estabelecem em nosso país.

• Ainda na fase de pesquisas, a autora entrevistou deficientes visuais e visitou instituições especializadas, como as Fundações Laramara e Dorina Nowill, em São Paulo, e o Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro.

• Meses antes do início das gravações, Marcos Frota e Bruna Marquezine passaram dias executando tarefas com uma venda nos olhos, para entrar no universo de seus personagens. A menina Eduarda Emerick, a Duda, de 9 anos, cega de nascença e aluna do Instituto Benjamin Constant, acompanhou Bruna nas gravações para ajudá-la na construção de Flor. Bruna contou, ainda, com o apoio da instrutora de dramaturgia Paloma Riani para a composição da personagem. As cenas de Marcos Frota eram acompanhadas pelo pesquisador e analista de sistemas Bernard Condorcet, deficiente visual.

• O cão labrador Quartz tinha 4 anos à época das gravações e saiu de Brasília especialmente para trabalhar na novela. Ele pertencia ao Cão-Guia de Cegos, que, em parceria com a ONG Integra (Instituto de Integração Social e Promoção da Cidadania), era o único projeto na América Latina de formação de treinadores e cães-guias. O cão passou por um período de adaptação ao ator Marcos Frota e permaneceu com ele até o fim da novela, virando o xodó das gravações.

• Alguns atores do núcleo rural, como Murilo Benício, Murilo Rosa, Matheus Nachtergaele, José Dumont e Anderson Müller, passaram uma semana na fazenda do empresário Paulo Emílio Marques, dono do touro Bandido, para se ambientarem para as gravações. Murilo Benício ainda passou alguns dias na fazenda do juiz de rodeios Tião Procópio, ex-campeão de rodeios, observando como vivem os peões.

• “América” contou com a participação de pessoas conhecidas no mundo dos rodeios, que representaram eles mesmos na história. Um dos mais assíduos foi o empresário Paulo Emílio Marques. Cerca de 70 animais de sua companhia de rodeios foram usados nas gravações. Sebastião Procópio Ribeiro, o Tião Procópio – que inspirou Gloria Perez na escolha do nome de seu protagonista –, julgou uma competição fictícia em Barretos e participou de cenas no Rio de Janeiro. Também atuaram na trama os irmãos salva-vidas Meio Quilo e Django, o berranteiro Zé Capeta, o narrador Gleydson Rodrigues, o andarilho Pedro da Santa – que repetiu na novela o ritual de carregar uma imagem de Nossa Senhora Aparecida na apresentação dos rodeios, ao som de uma versão de Ave Maria; e a narradora Mara Magalhães – inspiração para a personagem Gil Madureira, de Lúcia Veríssimo.

• Bandido, animal de 8 anos, 1,70 m e quase uma tonelada à época, virou superstar, rendendo uma série de reportagens e fotos para revistas de celebridades. O touro ganhou fama e passou a ser temido nas competições por ter derrubado mais de 200 peões, que não conseguiram ficar os oito segundo regulamentares da prova montados nele. Em dia de desafio ao touro Bandido, as apostas chegavam a 50 mil reais nos circuitos de rodeio. Bandido permaneceu invencível ao longo da novela no ar.

• A sequência em que Tião cai do touro Bandido é uma mescla de cenas de Murilo Benício em São José do Rio Preto com imagens reais do peão Neyliowan Tomazelli sendo atirado pelo touro Bandido a cerca de seis metros de altura, durante uma competição em Barretos. O acidente de Neyliowan o deixou em coma. Segundo o peão, ele sobreviveu por um milagre de Nossa Senhora Aparecida.

Murilo Benício e Murilo Rosa montaram realmente no touro Bandido. Mas apenas para as tomadas de gravação no brete, espécie de curral.

• A novela popularizou expressões do mundo dos rodeios, como o “salva-vidas”, um profissional, vestido com roupas espalhafatosas e maquiagem exagerada que distrai os touros para que eles não avancem nos montadores, além de ajudar a reconduzir o animal aos bretes. E “maria-breteira”, apelido das moças que vivem atrás dos peões.

Christiane Torloni mergulhou no drama das cleptomaníacas para interpretar Haydée. Colheu depoimentos, ouviu entrevistas e conversou com psicanalistas para entender a doença.

• A relação de Glauco (Edson Celulari) e Lurdinha (Cleo Pires) foi um dos pontos altos da novela, transformando em símbolo sexual a novata Cleo Pires, filha da atriz Gloria Pires e do cantor Fábio Jr. Ficou famosa a forma com que Lurdinha se dirigia a Glauco, chamando-o de “tio” – expressão usada pelos adolescentes para tratar os pais dos amigos. O relacionamento do homem mais velho com a garota que podia ser sua filha dividiu opiniões, mas agradou.

Carreirinha, o personagem de Matheus Nachtergaele, caiu nas graças do público infantil, o que levou a autora a não escrever mais cenas em que o peão se embriagava na história.

Cacau Mello foi escalada para viver a personagem Rose após vencer um concurso do Caldeirão do Huck que dava direito a um papel na novela. Na final do concurso, Cacau venceu Luana Carvalho, filha da cantora Beth Carvalho, que acabou entrando na reta final da trama para fazer a namorada de Radar (Duda Nagle).

Arlete Salles fez uma participação especial no primeiro capítulo da novela, como uma imigrante que conseguiu fazer a travessia ilegal para os Estados Unidos e ter sucesso em seus planos. Para a gravação dessa única cena, feita em um dia, a atriz conversou com uma mulher que viveu essa situação na vida real.

Vera Fischer fez uma participação especial no último capítulo da novela como Úrsula, policial disfarçada que envolve Alex, personagem de Thiago Lacerda, em uma cilada.

Sílvia Buarque, casada com o ator Chico Diaz, ficou grávida durante a novela, daí a solução de fazer com que Ellis engravidasse. A atriz continuou gravando até mesmo após dar à luz na história, deixando a novela pouco antes do nascimento de sua filha, Irene. Sílvia voltou ao final da trama, para gravar o desfecho da personagem.

• Uma das polêmicas do último capítulo foi a indefinição sobre o chamado “beijo gay”: se, pela primeira vez na história das telenovelas brasileiras, seria mostrado um beijo entre dois homens homossexuais, no caso Júnior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro). O assunto rendeu reportagem até na imprensa internacional. Havia grande torcida a favor do beijo, liderada por organizações de homossexuais, mas ele não aconteceu. Apesar de gravada, a cena não foi ao ar. A abordagem do tema e a atuação de Bruno Gagliasso, porém, foram muito elogiadas. A autora Gloria Perez conta que optou por criar um personagem que tivesse dúvida em relação à sua opção sexual e receio de como seria recebido pelos parentes e amigos, caso se declarasse homossexual. Também explorou a reação de Neuta (Eliane Giardini), mãe do rapaz, que tinha dificuldades para aceitar a opção sexual do filho.

Jayme Monjardim deixou a novela um mês após sua estreia. A direção-geral ficou com Marcos Schechtman, que já assinava o cargo junto com Monjardim. Com a saída do diretor de núcleo, “América” passou por modificações. A música de abertura, a composição “Órfãos do Paraíso”, criada por Marcus Viana e cantada por Milton Nascimento, foi substituída pela versão de “Soy Loco por Ti América”, de Caetano Veloso, na voz de Ivete Sangalo. A trilha incidental da novela, também de autoria de Viana, deu lugar a músicas mais vibrantes. A personagem Sol, considerada muito chorona e suspirante, ganhou mais vitalidade e um figurino sensual ao passar a trabalhar como dançarina em uma boate de Miami. Sua motivação ganhou novos contornos: ela passou a precisar do dinheiro obtido nos EUA para viabilizar uma cirurgia do padrasto.

• “América” foi um sucesso de audiência, só comparável à novela anterior, “Senhora do Destino” (2011), e a “O Rei do Gado” (2003). Bateu recordes no primeiro e no último capítulo, sendo considerada uma das novelas de maior audiência da história da TV brasileira.

Aílton Graça ganhou o Prêmio Qualidade Brasil de melhor ator revelação de teledramaturgia pela atuação como Feitosa.

• “América” lançou uma novidade: todas as cenas externas da novela foram gravadas em high definition (HD), para treinamento dos profissionais da emissora.

• Lançada no mercado internacional em outubro de 2012, “América” foi vendida para Venezuela, Bolívia, Canadá, Portugal e Costa Rica. A novela foi exibida na Índia, em 2015, em dois horários do canal Firangi Channel, que estreou apostando na exibição, em hindu, do melhor da programação mundial. A novela de Gloria Perez marcou a estreia do SBT Internacional naquele país.

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