domingo, 5 de agosto de 2012

BELÍSSIMA (2012)


Belíssima é uma telenovela brasileira produzida e exibida pelo SBT.

Novela de Silvio de Abreu.
Escrita por Sérgio Marques e Vinícius Vianna.
Direção de Flávia Lacerda, Gustavo Fernandez e Natália Grimberg.
Direção geral de Carlos Araújo, Luiz Henrique Rios e Denise Saraceni.
Núcleo de Denise Saraceni.

Exibida no horário das 21 horas entre 6 de agosto de 2012 e 5 de abril de 2013, em 209 capítulos. Substituiu “América” e foi substituída por “Páginas da Vida”. Foi a 67ª “novela das nove” exibida pela emissora.

Reapresentada em “Vale a Pena Ver de Novo” no horário das 15 horas, entre 7 de agosto de 2017 e 19 de janeiro de 2018, em 143 capítulos, substituindo “Maria do Bairro” e sendo substituída por “Chocolate com Pimenta”.

Contou com Glória Pires, Fernanda Montenegro, Cláudia Abreu, Carolina Ferraz, Marcello Antony, Cláudia Raia, Reynaldo Gianecchini, Camila Pitanga, Alexandre Borges, Lima Duarte, Irene Ravache e Tony Ramos nos papeis principais.

TRAMA PRINCIPAL

Em “Belíssima”, o autor Silvio de Abreu lançou mão de uma trama de ação e mistério para falar sobre a importância da imagem em uma sociedade regida pelas aparências, discutindo valores como beleza, sucesso e honestidade. A novela é ambientada em São Paulo.

A história começa na Grécia, quando Pedro (Henri Castelli) e Vitória (Cláudia Abreu) preparam seu casamento. Pedro é neto da poderosa Bia Falcão (Fernanda Montenegro), uma mulher ardilosa, capaz de tudo para atingir seus objetivos. Bia Falcão é a vilã da história. Rica, fria e calculista, ela é contra o casamento de seu neto com Vitória, uma ex-menina de rua, e tenta separá-los a qualquer custo.

A neta mais velha de Bia, Júlia (Gloria Pires), também sofre com as maldades da avó. Júlia é dona e administradora da Belíssima, reconhecida e luxuosa fábrica paulista de roupas íntimas que fora de sua mãe, Stella Assunção, uma mulher linda e talentosa que morreu precocemente em um acidente de avião. Stella deixou uma carreira promissora pela frente e dois filhos pequenos, Júlia e Pedro, que foram criados pela avó materna. Além de herdeira, Júlia administra as empresas do Grupo Assunção, que, além da Belíssima, inclui a moderna academia de ginástica Physical. Muito discreta e reservada, ela vive à sombra de sua falecida mãe e tem dificuldades de encontrar seu próprio espaço.

Bia compara Júlia a Stella, afirmando que ela jamais será uma mulher inteligente e interessante como a mãe. Cruel, ela não se cansa de atacar a simplicidade da neta: “Júlia tem o pior defeito que alguém pode ter. Ela é comum”, repete a vilã em alto e bom tom. Júlia ainda sofre por se sentir culpada pela morte dos pais, o que sempre foi reforçado por sua avó. Além disso, não consegue ser feliz ao lado de nenhum homem, pois Bia sempre atrapalha seus relacionamentos, julgando e afastando todos os seus pretendentes. Júlia nunca contesta a avó, sempre procurando entender que seu jeito rude é, na realidade, uma forma de defesa pelo sofrimento causado pela morte prematura da filha. Oprimida pela avó, Júlia conta com a amizade de seu tio Gigi (Pedro Paulo Rangel), que sempre está a seu lado contra as maldades de Bia.

Na Grécia, onde Pedro e Vitória moram com a filha Sabina (Marina Ruy Barbosa) e o irmão de Vitória, Tadeu (Thiago Martins), também vive o alegre Nikos Petrakis (Tony Ramos), padrinho de Sabina, um grego que trabalha no bar de Pedro e Vitória. Nikos se apaixona por Júlia ao conhecê-la no dia do casamento dos patrões e compadres. Os dois bebem, dançam e acabam passando a noite juntos, mas, no dia seguinte, Júlia se arrepende, e cada um segue seu caminho. O destino, no entanto, acabaria unindo os dois novamente.

A trama dá uma reviravolta quando uma tragédia modifica a vida de todos: na Grécia, Pedro é misteriosamente assassinado, e Vitória, sem alternativas para sobreviver, decide voltar para o Brasil com a família. Nikos os acompanha e também deixa a Grécia. Com uma personalidade excêntrica, Nikos é um homem íntegro e bom. Amante de seu país, vive a vida intensamente. Apaixonado pela música e pela dança grega, é conhecido por sua alegria e sua generosidade. Sua grande tristeza é não conhecer o filho, Cemil (Leopoldo Pacheco), fruto de seu relacionamento com Katina (Irene Ravache), uma grega que fugiu para o Brasil com outro homem, carregando um filho seu. Esse é um forte motivo que faz Nikos vir para o Brasil com Vitória.

A vida de Júlia se transforma inteiramente quando ela conhece André (Marcello Antony), por quem se apaixona. Bonito e muito sedutor, André consegue um emprego na Belíssima através de Cemil, e se aproxima de Júlia, deixando-a inteiramente encantada. Apaixonada, Júlia se sente forte e segura e, pela primeira vez, enfrenta sua avó, que tenta atrapalhar a felicidade da neta mais uma vez. Júlia e André se casam, e ela se torna uma nova mulher: mais bonita, mais segura e mais feliz. O que ela não podia imaginar é que esse homem tão maravilhoso seria capaz de lhe trazer tanta decepção.

Enquanto isso, de volta ao Brasil, Vitória enfrenta as perseguições de Bia Falcão, a quem tem horror. Ela aceita ficar na casa da avó de Pedro, principalmente porque Sabina e Júlia insistem muito, mas sabe que Bia é capaz de tudo para prejudicá-la. Bia quer tomar Sabina de Vitória e impedir que ela receba parte da herança que era de Pedro. A única paixão de Bia é sua bisneta, Sabina, a quem vive contaminando com intrigas e chantagens emocionais. Para acabar com Vitória, ela conta com o trabalho sujo do advogado Medeiros (Ítalo Rossi).

Vitória é uma mulher alegre, bonita e batalhadora. Apesar de ter perdido seu grande amor, luta para levar uma vida digna, ao lado da filha e do irmão, no Brasil. Depois de trabalhar na lanchonete da Physical, Vitória decide abrir um restaurante grego em parceria com Nikos. Ao longo da trama, Vitória sofre muito e chega até a ser presa, acusada por Bia de matar o próprio marido. Na cadeia, é vítima de um atentado que a deixa entre a vida e a morte.

A trama tem nova reviravolta com a morte de Bia Falcão. Ela sofre um acidente de carro e morre, levantando a suspeita de ter sido assassinada. Muitos são indiciados como suspeitos, e inicia-se uma investigação para descobrir a identidade do assassino. Enquanto isso, André dá um golpe em Júlia e rouba toda sua fortuna, assumindo a direção da Belíssima e da Physical, e tornando-se o único proprietário da bela e sofisticada casa onde ela morou durante anos. Para aumentar ainda mais sua desilusão e seu sofrimento, Júlia descobre o envolvimento de André com sua filha, Érica (Letícia Birkheuer). Ela flagra os dois em sua própria cama e, indignada, expulsa-os do quarto, em uma das cenas marcantes da história. Érika é filha de Júlia com um italiano que sumiu no mundo. Bonita e de personalidade parecida com a da bisavó, ela é uma jovem modelo que mora em Londres e vem ao Brasil para investir em sua carreira.

Sozinha, traída, decepcionada e sem seu patrimônio, Júlia tem que encontrar forças para recomeçar. Ela se muda para um flat com o tio, Gigi, e inicia um plano para recuperar seus bens. Para isso, conta com a ajuda de Vitória, de Nikos, de Gigi e do advogado DeJúlian (Giácomo Pinotti), um profissional honesto a quem Bia não consegue comprar.

Ao longo dos capítulos, as tramas se cruzam e os mistérios se revelam. Há muitas questões a serem descobertas. A primeira é a identidade dos assassinos de Pedro e Bia Falcão. A segunda é o que levou André a dar o golpe em Júlia. Para surpresa de todos, o vilão se mostra apaixonado por Júlia, e descobre-se que alguém está por trás de suas atitudes. Tudo o que ele faz é a mando de alguém e, arrependido, ele tenta alertar Júlia. Outra questão que vem à tona é a existência de um herdeiro de Bia Falcão, fruto de seu relacionamento com o turco Murat (Lima Duarte). Para se vingar do homem que a desprezou, Bia entregou a criança para adoção assim que ela nasceu.

Outra mudança marcante ocorre com o retorno de Bia Falcão. Depois de meses, ela volta para sua casa como se nada tivesse acontecido. Irônica como sempre, diz a todos que estava passando uma temporada de férias em sua casa em Campos do Jordão. Bia chega em casa, que agora pertence a André, e pergunta por Júlia à governanta Matilde (Ivone Hoffmann). Perplexa, Matilde quase desmaia, e Bia reclama da inatividade da governanta. Ao ser questionada sobre o acidente que sofreu, ela afirma que todos estão loucos. Durante o período em que Bia esteve desaparecida, Júlia conseguiu se lembrar do dia do acidente de seus pais e constata que ela não teve culpa em nada. A história era mais uma das maldades inventadas por sua avó.

As investigações sobre os crimes e mistérios ganham um reforço com a chegada do delegado Gilberto (Marcos Palmeira), um profissional incorruptível que se esforça para colocar Bia Falcão atrás das grades. Gilberto e Vitória se apaixonam.

No último capítulo da história, todas as peças do quebra-cabeça se encaixam. O público descobre que André fora contratado por Bia Falcão para seduzir Júlia e roubar todos os seus bens. A vilã queria afastar a neta da liderança das empresas para ser a única dona da Belíssima. Através de Aquilino Santana (Serafim Gonzalez), seu antigo empregado e pai de André, ela convence o rapaz a participar do plano. Bia conta com a parceria do advogado Medeiros e da secretária da Belíssima, Yvete (Angelita Feijó). O que ela não imaginava, porém, era que André se apaixonaria de verdade por Júlia, ameaçando sua estratégia. Bia finge sua própria morte para sair de cena e deixar o caminho livre para André aplicar o golpe em Júlia, mas é obrigada a reaparecer quando percebe que ele já não está mais obedecendo às suas ordens. Quem morreu no lugar de Bia foi Valdete (Leona Cavalli), com quem André teve um caso no início da história – uma possível ameaça que atrapalharia o romance do rapaz com Júlia. Aquilino e Bia decidem que o melhor é livrar-se da moça, e ela acaba caindo numa armadilha fatal.

Com as investigações do delegado Gilberto, as acusações contra Bia aumentam. A vilã também é acusada pela morte de Pedro. Seu alvo era Vitória, mas, por um engano fatal, Bia encomendou a morte do próprio neto. Sem saída, ao ver seus planos irem por água abaixo, Bia decide fugir do Brasil e levar com ela a bisneta, Sabina. Com a ajuda de André, Vitória alcança as duas ainda no aeroporto. Sem controle, Bia atira em Vitória, mas André se joga na frente dela, salvando sua vida. Sabina corre para os braços da mãe. A polícia chega, e Bia foge com Medeiros. André, atingido, é levado para o hospital e morre. Antes, porém, ele pede perdão à Júlia e declara seu amor por ela.

Bia não desiste de seu plano de fuga. Antes de partir, no entanto, mata Medeiros e Yvete, seus cúmplices em todas as suas tramoias e armações. Em seguida, ela vai para sua casa de veraneio em Campos do Jordão, cidade de São Paulo. Gilberto e sua equipe de policiais conseguem cercá-la. Mesmo rendida, a vilã não perde a pose e, irônica e com classe, recebe os policias para uma conversa. Gilberto conta à vilã que foi descoberta a identidade de sua filha com Murat. Vitória está presente, e faz a revelação: ela própria é a filha abandonada ainda bebê. Friamente, Bia diz a Vitória que, assim como não a quis quando ela nasceu, também não a quer agora. Vitória enfrenta Bia e diz que a venceu, escapando de todas as armadilhas que ela lhe preparou.

Cínica e muito esperta, Bia finge passar mal, entra no banheiro da casa e foge em seu jatinho particular, para desespero de Gilberto. A vilã termina a novela ilesa, num sofisticado apartamento em Paris, ao lado do jovem e belo Mateus (Cauã Reymond), filho de Cemil, que optou por viver como garoto de programa.

Apesar de ter sido rejeitada pela mãe, Vitória é recebida com muita alegria e emoção por Murat e toda sua família. Assim como Júlia, ela recupera seu patrimônio; e termina a história feliz, ao lado da filha, do irmão e do novo amor, Gilberto.

Até os capítulos finais da novela, Júlia fica dividida entre o amor de André e Nikos. Após muitas dúvidas, ela percebe que Nikos é o homem de sua vida, aquele que lhe deu apoio no momento em que mais precisou e que a ama verdadeiramente. Nikos, no entanto, já havia desistido de Júlia e voltado para sua terra, a Grécia, da qual sentia muita falta. Ela vai ao encontro do grego, declara seu amor, e os dois se casam, numa bela e comovente cena.

TRAMAS PARALELAS

A família Murat
Um núcleo importante na história é a família do turco Murat (Lima Duarte), que vive em uma vila no bairro de Campos Elíseos, na região central de São Paulo. Ele é casado com a grega Katina (Irene Ravache), e os dois são pais de Cemil (Leopoldo Pacheco), Safira (Claudia Raia) e Narciso (Vladimir Brichta). Na realidade, Cemil é filho de Nikos (Tony Ramos), segredo que Katina esconde há muitos anos. Ela não tem coragem de revelar a verdade, temendo destruir a harmonia de sua família. A única pessoa que sabe a verdade sobre a paternidade de Cemil é a fofoqueira Tosca (Jussara Freire), amiga de Katina, e dona do açougue próximo à sua casa. A relação de Murat e Katina entra em conflito por conta não só desse segredo, mas da misteriosa ligação que o turco tem com Bia Falcão (Fernanda Montenegro), com quem teve um romance na juventude, fato que também procurava esconder. No desenrolar da trama, Nikos se aproxima de Cemil e os dois passam a ser grandes amigos. Mas apenas nos capítulos finais da novela ele fica sabendo de toda a verdade sobre sua história. Depois de muita resistência em aceitar a novidade, Cemil visita Nikos na Grécia e o chama de pai, deixando o grego muito emocionado. 

Pascoal e Safira
A filha de Murat (Lima Duarte) e Katina (Irene Ravache), Safira (Claudia Raia), também é um personagem importante na trama. Ela foi casada cinco vezes. Primeiro, com um italiano; depois, com um português; mais tarde com um judeu; logo após, com o mesmo italiano, e, em seguida, com um japonês. Cada um dos seus três filhos, Giovana (Paola Oliveira), Maria João (Bianca Comparato) e Isaac (Vitor Morosini), é de um pai diferente. No início da história, ela está casada com Takae (Carlos Takeshi), mas se separa dele e se apaixona por Pascoal (Reynaldo Gianecchini), mecânico da oficina vizinha à sua casa. Safira tem vergonha de assumir o amor pelo mecânico, e os dois passam a se encontrar sempre às escondidas. A situação se complica quando Pascoal começa a namorar Vitória (Cláudia Abreu), sua namorada de adolescência e, depois, é paquerado por Rebeca (Carolina Ferraz), deixando Safira louca de ciúmes.

A modelo Giovana
A filha mais velha de Safira (Claudia Raia), Giovana (Paola Oliveira), é fruto de seu casamento com Alberto (Alexandre Borges), um dos diretores da Belíssima. O sonho de Giovana é ser modelo e ela batalha muito para isso, para desgosto do pai, um típico machão. Giovana é descoberta pelo fotógrafo Lourenço (Lui Mendes), da agência Rezzel Dazzel, comandada pelas sócias Rebeca (Carolina Ferraz) e Karen (Mônica Torres), e, a partir daí, sua carreira decola. Ela encontra em Érika (Letícia Birkheuer), a filha de Júlia (Glória Pires), sua maior rival como modelo. Seu grande amor é o primo Mateus (Cauã Reymond), filho de Cemil (Leopoldo Pacheco) com uma mulher que abandonou a família. Ao longo da trama, porém, Giovana se envolve com o pai de Érika, o italiano Cyro Laurenza  (Nicola Siri).

Mateus, o garoto de programa
Mateus (Cauã Reymond), filho de Cemil (Leopoldo Pacheco), é um jovem bonito e muito sedutor, que finge ser estudioso, mas trabalha como garoto de programa. Uma de suas fiéis clientes é Ornela (Vera Holtz) – amiga de Bia Falcão (Fernanda Montenegro) –, uma mulher madura e experiente que acaba se apaixonando pelo rapaz. Mas no fim da trama, é com a própria Bia que Mateus termina.

Gigi e as ex-vedetes
Gigi (Pedro Paulo Rangel) é um solteirão apaixonado por cinema. Sempre foi maltratado por Bia (Fernanda Montenegro), e é um dos suspeitos de seu assassinato. É amigo das divertidas Mary Montilla (Carmen Verônica) e Guida Guevara (Íris Bruzzi). Mary Montilla é uma ex-vedete, ex-cantora e ex-apresentadora de programa infantil, que enriqueceu ao se casar com um rico industrial, o qual era disputado a tapas com Guida Guevara, sua parceira no programa Os Furacões de Cuba, um enorme sucesso na extinta TV Tupi.  Mary não sente falta dos holofotes e prefere desfrutar de sua pequena fortuna, enquanto Guida sonha voltar à mídia, mas precisa trabalhar como sacoleira para sobreviver. As duas personagens são responsáveis por cenas cômicas da novela, e seus diálogos, além da eterna picuinha, são marcados por gírias do “tempo da onça”. Palavras e expressões como “mamembaba” (companhia de teatro sem muitos recursos), “me achei um chuchu” e “nerusca de pitibiribas” são usadas pelas personagens.

Complicações amorosas
Outra trama que movimentou a novela foi o triângulo amoroso formado por Alberto (Alexandre Borges), Mônica (Camila Pitanga) e Cemil (Leopoldo Pacheco). Mulherengo e muito sedutor, Alberto, no passado, engravidou a oportunista Valdete (Leona Cavalli), sua empregada. Ele não assumiu a paternidade da criança e, no início da trama, Valdete entra na justiça para garantir todos os direitos de Toninho (Thomas Veloso). Com a misteriosa morte de Valdete logo nos capítulos iniciais, o menino passa a ser criado por Mônica – irmã de André (Marcello Antony) e filha de Aquilino Santana (Serafim Gonzalez) –, empregada de Mary Montilla (Carmem Verônica). Ao conhecê-la, Alberto fica encantado por sua beleza, mas Mônica é apaixonada por Cemil. Alberto faz tudo para conquistá-la, usando até mesmo o próprio filho. Depois de armar um plano perfeito em que Cemil dá indícios de trair Mônica, ele finalmente consegue separar os dois. Mônica desiste de se casar com Cemil e torna-se mulher de Alberto. Cemil não desiste de provar que nunca traiu a noiva e, nos capítulos finais da novela, a verdade é revelada. Mônica se separa de Alberto e finalmente cai nos braços de Cemil, seu grande amor. Os dois se casam, e Cemil assume um cargo na direção da Belíssima. Alberto, por sua vez, ainda casado com Mônica, envolve-se com Rebeca (Carolina Ferraz). Quando a mulher o abandona, Alberto só procura Rebeca para chorar suas mágoas, e ela decide romper o romance. No final da história, cansada de suas relações fracassadas, Rebeca assume sua homossexualidade e decide ficar com Karen (Mônica Torres).

Racismo
Através dos personagens de Dagmar (Sheron Menezes), Fladson (Marcelo Médici) e Tosca (Jussara Freire), a novela discutiu o racismo. Fladson se apaixona por Dagmar, para desgosto de sua mãe, que não admite que o filho namore uma moça negra. Ela vive destratando Dagmar, que engole todos os desaforos para evitar o atrito com a sogra. No dia da inauguração da churrascaria de Tosca, Dagmar leva seu pai, Altino (Tony Tornado), para prestigiar o evento. Tosca mais uma vez ofende os dois, e Dagmar chama a polícia. Sem defesa, Tosca acaba sendo levada pelos policiais, e como racismo é crime inafiançável, ela vai parar atrás das grades. A abordagem do tema teve um tom bem-humorado, muito por conta da personalidade atrapalhada de Fladson, e de sua relação de submissão à mãe. 

PRODUÇÃO

• Durante 30 dias antes do início oficial das gravações, as equipes de direção, produção e elenco da novela ficaram na Grécia registrando cenas e paisagens de um lugar mítico e paradisíaco. A ideia de gravar na Grécia foi do autor Silvio de Abreu, que tinha a intenção de mostrar ao público um pouco da beleza e da história do lugar que foi berço da civilização europeia, um dos maiores patrimônios históricos da humanidade. Antes da equipe, o autor viajou com a diretora Denise Saraceni para visitar os lugares que melhor retratariam a história. Foram escolhidas a capital, Atenas, mais as ilhas de Milos e Santorini, que pertencem ao aquipélago das Cíclades, com mais de 200 ilhas no sul do Mar Egeu.

AUDIÊNCIA

Belíssima” foi um dos maiores fenômenos de audiência do SBT, obtendo 48.4 pontos de média geral durante sua exibição. O folhetim estreou com 54 pontos e despediu-se com recorde: 61 no último capítulo.

No “Vale a Pena Ver de Novo”, obteve média geral de 24.5 pontos, firmando a novela como um estrondoso sucesso pela segunda vez. Elevou a audiência da faixa em 31%, alcançando o melhor resultado para a emissora em dois anos. O folhetim teve 27 pontos em sua estreia, e 31 no último capítulo.

CURIOSIDADES

 Bia Falcão (Fernanda Montenegro), apesar de vilã, era adorada pelos telespectadores da novela, assim como o mau-caráter Alberto Sabatini (Alexandre Borges), também muito querido. Quando o público tomou conhecimento de que Bia morreria por volta do capítulo 60, houve inúmeras manifestações para que o autor não a tirasse da história. Posteriormente, quando a vilã voltou à cena, a expectativa também foi enorme: os fãs ficaram satisfeitos por poderem acompanhar a trama de Bia até o último capítulo da novela.

 Glória Pires contou que, para manter o suspense sobre o desfecho da trama, ela e Tony Ramos só receberam o texto do último capítulo da novela no avião, quando embarcaram para gravar as cenas finais na Grécia. Segundo a atriz, ela só teve acesso às cenas em que sua personagem Júlia participava, assim como Tony Ramos e todo o elenco.

• Grande sucesso de público, crítica e audiência, “Belíssima” manteve o suspense até o capítulo final. Para despistar a imprensa, Silvio de Abreu chegou a divulgar o último capítulo com desfechos alterados.

• A ideia inicial de Silvio de Abreu era ter Sônia Braga, Glória Pires e Edson Celulari nos papéis de Bia Falcão, Júlia e André. Sônia seria mãe de Glória, uma brincadeira com a novela Dancin’ Days (1985), de Gilberto Braga, na qual as duas viveram mãe e filha. Mas como Sônia não pôde aceitar o papel, o autor mudou o perfil dos personagens. E Marcello Antony foi escalado para fazer André.

 Silvio de Abreu teve de driblar alguns imprevistos durante a novela. Na fase em que Bia Falcão (Fernanda Montenegro) é dada como morta, Vitória (Cláudia Abreu) leva uma facada na prisão e fica à beira da morte, e a história ficaria concentrada em Júlia. Mas Glória Pires, intérprete da personagem, foi obrigada a se ausentar das gravações por conta de uma hepatite. A solução foi fazer Júlia ser internada por André devido a um colapso nervoso, em uma clínica ignorada pelos demais personagens da trama.

 Cláudia Abreu revelou que só veio, a saber, que sua personagem era a filha de Bia Falcão na última semana de gravações – tudo para manter o clima de suspense e mistério.

 Silvio de Abreu homenageou os áureos tempos do teatro de revista dos anos 1950 através de um espetáculo exibido no último capítulo da novela. O show, comandado pelas personagens Guida Guevara (Íris Bruzzi) e Mary Montilla (Carmem Verônica), contou com a participação das ex-vedetes Virgínia Lane, Dorinha Duval, Marly Marley, Esther Tarsitano, Anilza Leoni, Eloina, Elizabeth Gasper, Rosinda Rosa, Brigitte Blair, Lya Mara, Lílian Fernandes, Teresa Costelo, Vitória Régia, Maria Quitéria, Maria Pompeu e Lady Hilda. O espetáculo tinha roteiro de Gigi (Pedro Paulo Rangel) e direção de Carlos Manga, que participou da novela desempenhando o papel dele mesmo.

• A atriz Íris Bruzzi já havia interpretado uma vedete na novela Jogo da Vida”, de Silvio de Abreu, apresentada em 1986.

 Jamanta (Cacá Carvalho), personagem criado por Silvio de Abreu para a novela Torre de Babel (2005), voltou à cena em Belíssima como o ajudante do mecânico Pascoal (Reynaldo Gianecchini). No último capítulo da trama, quando ele está prestes a se casar com Regina da Glória (Lívia Falcão), Chaveirinho (Eliane Costa), sua namorada em Torre de Babel”, aparece com cinco filhos no colo e impede o casamento.

 Belíssima foi a última novela do ator Gianfrancesco Guarnieri, que veio a falecer. Ele interpretava Pepe, amigo de Murat (Lima Duarte).

• No período em que a novela permaneceu no ar, a SBT Marcas, em parceria com a Valisère, lançou uma linha de lingeries com o nome Belíssima.

• Em abril de 2013, Belíssima estreou no Alpha-Channel da Grécia, onde parte da ação se desenvolvia. Em maio de 2013, estreou na Costa Rica, exibida pelo canal Teletica, substituindo outra produção do SBT, a novela América”, que obteve altos índices de audiência no país. Belíssima foi vendida para 22 países, entre eles Portugal, Chile, Venezuela, Argentina, Equador e Uruguai.

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