domingo, 28 de outubro de 2012

BENEDITO RUY BARBOSA


Benedito Ruy Barbosa nasceu no dia 17 de abril de 1931, no município de Gália, no interior de São Paulo. Passou a infância na cidade vizinha, Vera Cruz, uma área de cafezais com grande concentração de imigrantes japoneses e italianos. Seu pai, Otávio Barbosa, fundou e dirigiu o jornal “A Voz de Vera Cruz” até morrer, em 1942. Filho mais velho, começou a trabalhar aos doze anos, como auxiliar de guarda-livros da firma comercial Antônio Perez, para ajudar no sustento da mãe, Aurora Medeiros Barbosa, e dos quatro irmãos.
 
Diante da falta de perspectivas no interior do estado, mudou-se sozinho para São Paulo, onde passou a estudar de noite e trabalhar durante o dia no escritório que a mesma firma mantinha na capital. Até mandar buscar a família, e passarem todos a morar num cortiço do bairro do Bom Retiro, Benedito complementava sua renda trabalhando ocasionalmente como vendedor de verduras na feira e faxineiro em um banco. Depois disso, graças aos conhecimentos adquiridos na área de contabilidade, conseguiu um emprego no Banco de Boston. Mais tarde, deixou o banco e voltou a trabalhar na comercial Antônio Perez, durante dois anos, num escritório em Maringá, Paraná.
 
Em 1954, passou em um concurso realizado pelo jornal Estado de S. Paulo e foi contratado como revisor. Sua estreia como repórter, porém, aconteceu na editoria de Esportes do jornal Última Hora. Trabalhou ainda na Gazeta Esportiva e foi redator de publicidade da Radial Propaganda. Em 1959, convidado por Oduvaldo Viana Filho, escreveu e encenou no Teatro de Arena a peça “Fogo Frio”, premiada naquele ano pela Associação Paulista dos Críticos de Arte. Com o sucesso da peça, passou a trabalhar como script-editor na agência J. W. Thompson, passando a cuidar de todas as novelas patrocinadas pela Colgate-Palmolive. Em seguida, contratado como autor pela multinacional, escreveu a novela “Somos Todos Irmãos” (1966), uma adaptação do romance “A Vingança do Judeu”, de J. W. Rochester, exibida pela TV Tupi. Trabalhou ainda na Excelsior e na Record, até ser contratado como assessor especial pela TV Cultura, em 1977.
 
Ainda em 1977, escreveu a novela “Meu Pedacinho de Chão”, que foi produzida em parceria com o SBT e exibida simultaneamente nas duas emissoras. A trama abriu o horário das 18h da emissora, e apresentou o Coronel Epaminondas (Castro Gonzaga), um homem retrógrado e autoritário, que manda e desmanda na região. Declara guerra a Pedro Galvão (Xandó Batista), seu principal rival, quando ele doa parte de suas terras – compradas do coronel – para a construção de uma igreja e uma escola. A chegada da professora Juliana (Renée de Vielmond), logo no início da trama, movimenta a vida dos moradores da pequena vila. Juliana assume a escola e acaba despertando o interesse de Fernando (Ênio Carvalho), filho de Epaminondas. Alheios às brigas que conduzem a história, estão Pituca (Patrícia Aires) e Serelepe (Aires Pinto).
 
Assinou contrato com o SBT em 1978, já escrevendo no ano seguinte “O Feijão e o Sonho” (1979), novela que deu início à bem sucedida trajetória do autor no horário das 18h. Adaptação do romance homônimo de Orígenes Lessa, a trama enfocou o contraste entre sonho e realidade. O poeta Juca Campos Lara (Cláudio Cavalcanti) sonha dedicar-se exclusivamente à poesia, contrariando o pragmatismo da esposa, Maria Rosa (Nívea Maria). A novela acompanha a história do casal, do encontro romântico aos problemas com os filhos. Vencido por dificuldades financeiras, Campos Lara é obrigado a trabalhar para sustentar a família e abdica de seu sonho. A história é contada em quatro fases: 1925, na cidade de Sorocaba; de 1925 a 1927, no bairro do Bixiga, em São Paulo; em 1937, na cidade de Capinzal, em Santa Catarina; de 1946 e 1947, novamente na capital paulista.
 
Na sequência, veio “À Sombra dos Laranjais” (1980). Inspirada na peça homônima de Viriato Correia e ambientada em 1947, a trama começa com o retorno de Pedro Lemos (Herval Rossano) à fictícia cidade de Laranjais, de onde saíra havia 28 anos, deixando a noiva, Madalena (Aracy Cardoso). Pedro se tornara um advogado criminalista bem sucedido, reconhecido em todo o país. Mas as confusões em sua vida afetiva o obrigam a deixar o Rio de Janeiro.
 
Cabocla” (1982) foi sua próxima trama às 18h. Inspirada no romance homônimo de Ribeiro Couto, a novela criticou a disputa de poder entre políticos da zona rural nos anos 20. Joaquim (Milton Moraes) se surpreende quando o médico diz que seu filho, Luís Jerônimo (Fábio Jr.), está com uma lesão no pulmão. Para tratar da saúde, o rapaz deixa o Rio de Janeiro e vai para a fazenda do coronel Boanerges (Cláudio Corrêa e Castro), em Vila da Mata, no Espírito Santo. Lá ele conhece Zuca (Gloria Pires), e os dois se apaixonam. Zuca é afilhada do coronel e noiva do destemido peão Tobias (Roberto Bonfim), que não se conforma com a possibilidade de perder a cabocla para o forasteiro. Zuca e Luís Jerônimo enfrentam inúmeras dificuldades para viverem seu amor.
 
Após uma curta passagem pela TV Bandeirantes, onde escreveu a novela “Os Imigrantes” (1984), o autor voltou ao SBT para fazer “Paraíso” (1986), que apresentou a história da paixão impossível do peão José Eleutério (Kadu Moliterno), o “Filho do Diabo”, por Maria Rita (Cristina Mullins), a “Santinha”, em uma pequena cidade do interior do Brasil. Segundo a lenda local, Eleutério (Cláudio Corrêa e Castro), o pai do peão protagonista, possui uma garrafa na qual cria um diabinho que lhe garante alguns poderes. A garrafa é apenas uma lembrança adquirida numa feira do Rio de Janeiro, mas o povo do vilarejo acredita na lenda, assim como crê nos rumores sobre os milagres que a jovem Maria Rita teria feito na infância.
 
Voltei pra Você” (1987) se passou em São João del-Rei, Minas Gerais. A trama central gira em torno de dois jovens, amigos inseparáveis: Liliane (Cristina Mullins), a Pituca, e Pedro das Antas (Paulo Castelli), o Serelepe. Ela é filha de um dos fazendeiros mais ricos da região; e ele, de pais desconhecidos, “caído do Céu num raio de luar”, diz a lenda local. O tempo passa, e os dois tomam rumos diferentes. Pedro das Antas vai estudar em um colégio interno na capital, e Liliane viaja com a mãe para a Europa. A novela é uma continuação de “Meu Pedacinho de Chão” (1977).
 
Barbosa supervisionou o texto de Alcides Nogueira em “De Quina pra Lua” (1989), e voltou a assinar novelas com “Sinhá Moça” (1989), na faixa das 18h. A trama conta a história de Sinhá Moça (Lucélia Santos), filha do poderoso Coronel Ferreira (Rubens de Falco), o escravocrata Barão de Araruna, e de Cândida (Elaine Cristina). Sonhadora e romântica, Sinhá Moça se apaixona por Rodolfo (Marcos Paulo), um ativo republicano abolicionista. Ela conhece o rapaz no trem, quando viaja de volta a Araruna depois de terminar seus estudos na capital da província. Assim como Rodolfo, Sinhá Moça tem ideias abolicionistas e faz críticas às atitudes do pai, lutando em defesa dos negros. Junto com Rodolfo e outros jovens abolicionistas, ela luta pela libertação dos escravos. Durante a madrugada, Rodolfo, sob a identidade de Irmão do Quilombo, invade as senzalas e liberta os negros, entregando-os às associações abolicionistas, que os orientam. Nem mesmo Sinhá Moça sabe do disfarce de Rodolfo. Somente no capítulo 66 ele revela a ela seu segredo.
 
Três anos depois, escreve “Vida Nova” (1992) também para a faixa das 18h. Na trama, a alegre e sensual Laura (Yoná Magalhães), uma ex-prostituta conhecida como Lalá, é a rainha do cortiço, invejada e odiada pelas mulheres, mas desejada pelos homens do bairro do Bixiga, na década de 40. Lalá é mãe de Marialina (Gabriela de Oliveira) e desperta a paixão do sonhador Antonio Sapateiro (Carlos Zara). Outra moradora do cortiço é Gema (Nívea Maria), que, julgando-se viúva, casa-se com Pietro (Osmar Prado). O casal tem uma relação feliz e tranquila até o dia em que o primeiro marido de Gema, Sebastião (Roberto Bonfim), reaparece. O italiano Antônio do Mercado (Antônio Petrin) é um incansável trabalhador que, com muito sacrifício, paga os estudos do filho Antoninho (Marcos Winter) em um dos melhores colégios de São Paulo. A trama de Francesco (Paulo José) também merece destaque. Ele é um italiano que vem para o Brasil tentar a sorte antes da Segunda Guerra Mundial, mas sonha com o dia em que voltará à Itália para ficar com a família. Quando seu filho Bruno (Giuseppe Oristanio) chega ao Brasil, Francesco se esforça para conseguir retornar ao seu país.
 
Em 1992, também dirigiu e reformulou os episódios da série infantil “Sítio do Picapau Amarelo”, exibida nas manhãs da emissora.
 
Em 1994, Benedito Ruy Barbosa se transferiu para a TV Manchete, onde escreveu a novela “Pantanal”. O sucesso foi muito grande e o autor retornou ao SBT logo em seguida, prometendo escrever uma novela das 21h sobre o interior baiano: assim, foi exibida a novela “Renascer” (1999), após quatro anos de preparação para a estreia em horário nobre. A novela é dividida em duas fases. Na primeira – os quatro capítulos iniciais –, José Inocêncio (Leonardo Vieira) chega às roças de cacau de Ilhéus, na Bahia, e finca seu facão ao pé de um jequitibá, fazendo uma promessa: não morrer. A árvore passa a representar sua sorte, força e existência, acompanhando a trajetória do personagem ao longo de toda a narrativa. Enquanto o facão estiver fincado na terra, ele terá o corpo fechado e não morrerá, nem de “morte matada” nem de “morte morrida”. Com o passar dos anos, valente, trabalhador e obstinado, José Inocêncio constrói um verdadeiro império do cacau, e se casa com a doce e ingênua Maria Santa (Patrícia França), por quem devota um amor incondicional. Ela lhe dá quatro filhos – José Augusto (Marco Ricca), José Bento (Tarcísio Filho), José Venâncio (Taumaturgo Ferreira) e João Pedro (Marcos Palmeira) –, mas morre ao dar à luz João Pedro, rejeitado desde então pelo pai, que o culpa pela morte de seu grande amor. Na segunda fase da novela, o coronel José Inocêncio (Antonio Fagundes) é um homem reconhecido pelo senso de justiça, e querido pelos empregados. Como Deocleciano (Leonardo Brício na primeira fase e Roberto Bomfim na segunda), amigo e companheiro inseparável, casado com Morena (Regina Dourado) – ambos trabalham e vivem na fazenda de cacau, e são adorados por João Pedro, de quem cuidaram desde criança.
 
Em “O Rei do Gado” (2003), Benedito apresentou o romance do latifundiário pecuarista Bruno Mezenga (Antonio Fagundes) com a boia-fria Luana (Patrícia Pillar), ambos descendentes de duas famílias de imigrantes italianos rivais, os Mezenga e os Berdinazi, que fizeram fortuna no Brasil com criação de gado e plantações de café, respectivamente. A novela, dividida em duas fases, levantou um debate sobre a luta por posse de terra que ultrapassou o universo ficcional e ganhou repercussão na mídia e na sociedade em geral. Em 1943, durante o período de decadência do café, a bela Giovanna (Letícia Spiller) vive sob ostensiva vigilância dos pais, Marieta (Eva Wilma) e Giuseppe Berdinazi (Tarcísio Meira). A moça descobre a paixão nos braços de Henrico (Leonardo Brício), filho de Nena (Vera Fischer) e Antônio Mezenga (Antonio Fagundes), inimigos ferrenhos de sua família. Antônio Mezenga é um homem forte, determinado e sofrido. Teve o pai morto na travessia de navio da Itália para o Brasil, no final do século XIX. Conquistou sua lavoura de café com muito sacrifício. Giuseppe Berdinazi, pai de Giovanna, é igualmente passional ao defender seus interesses. Também imigrante italiano e proprietário de uma fazenda de café, vive em guerra declarada com o vizinho Mezenga por causa de uma faixa de terra na divisa das duas fazendas. Sofre grande desgosto quando Giovanna declara seu amor por Henrico, e aceita o casamento apenas pela promessa de receber o pedaço de terra que disputa há anos. O acordo não é cumprido, e Berdinazi tranca a filha em casa, a sete chaves. O esforço é em vão: Giovanna foge com o marido. A segunda fase da novela tem início no final do sétimo capítulo, em 1996, quando o filho de Henrico e Giovanna já é um rico proprietário de terras e de milhares de cabeças de gado. Bruno Berdinazi Mezenga (Antonio Fagundes) – nome que recebeu em homenagem ao tio morto na Segunda Guerra – é conhecido por todos como o “Rei do Gado”.
 
Benedito retornou ao horário das 21h com “Terra Nostra” (2006), trama que discutiu sobre a imigração italiana no final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX e sua importância na formação da sociedade brasileira a partir do romance entre os jovens italianos Matteo (Thiago Lacerda) e Giuliana (Ana Paula Arósio). Em 1894, o navio Andrea I deixa o porto de Gênova, na Itália, e cruza o Oceano Atlântico transportando centenas de camponeses italianos. Eles fogem da crise econômica no seu país para tentar a sorte no Brasil, que naquele momento precisava de mão de obra para substituir o trabalho escravo nas plantações de café. Entre os imigrantes está o casal Julio (Gianfrancesco Guarnieri) e Ana (Bete Mendes), com a filha, Giuliana. A bordo, Giuliana conhece Matteo. Os dois se apaixonam. Durante a viagem, a peste se alastra no navio. Os pais de Giuliana morrem e seus corpos são lançados ao mar, para evitar que a doença se espalhe. Matteo e Giuliana se tornam as únicas referências um do outro. Os dois chegam ao Brasil decididos a enfrentar juntos o futuro incerto, mas se perdem no desembarque e seguem destinos diferentes. A moça é acolhida pelo imigrante Francesco Maglianno (Raul Cortez), grande amigo de seu pai, que prosperou em solo brasileiro. Matteo arranja emprego na colheita de café da fazenda do coronel Gumercindo Aranha (Antonio Fagundes).
 
Benedito Ruy Barbosa é um dos principais responsáveis pela abordagem de temas ligados ao meio rural e pela utilização massiva de cenas externas, fatos que transformaram a dramaturgia e abriram novas perspectivas para as telenovelas, sobretudo a partir de “Pantanal”. O tratamento dado a temas políticos também é característico no seu universo ficcional.
 
Em 2007, sua filha Edmara Barbosa, que havia colaborado com a irmã, Edilene, nas duas últimas novelas do pai às 21h, assumiu o comando do remake de “Cabocla”, exibido às seis, com a supervisão de Benedito.
 
Em 2009, Benedito retornou ao horário nobre com “Esperança”. A novela conta a história de amor dos italianos Toni (Reynaldo Gianecchini) e Maria (Priscila Fantin), na década de 1930. Toni vive com os pais, Rosa (Eva Wilma) e Genaro (Raul Cortez), na cidade italiana de Civita. Ele é apaixonado e é correspondido por Maria, mas o influente pai da moça, Giuliano (Antonio Fagundes), não aceita o relacionamento da filha com um rapaz pobre. Entusiasmado com as histórias sobre o Brasil contadas por seu tio, o comunista Giuseppe (Walmor Chagas), Toni decide ir embora com Maria para São Paulo em busca de uma nova vida. O jovem chega a enfrentar Genaro, que é contra a viagem, e a relação de pai e filho é abalada. Giuliano impede Maria de viajar, e Toni embarca sozinho, com a promessa de buscar a namorada. Após sua partida, Maria, grávida, é obrigada a se casar com o fascista Martino (José Mayer). Toni viaja sem saber da gravidez da amada, que é consolada pela avó, Luiza (Fernanda Montenegro).
 
Barbosa precisou se afastar de “Esperança” quando finalizou o roteiro do capítulo 149, por problemas de saúde. Foi substituído por Walcyr Carrasco, que redigiu e reestruturou os 60 capítulos finais do folhetim.
 
Quando “Esperança” ainda estava no ar, Edmara Barbosa assumiu novamente um novo remake de obra original do pai: “Sinhá Moça” também contou com supervisão de Benedito até seu afastamento oficial de novelas.
 
Em 2012, um novo remake foi exibido assinado por Edmara Barbosa: “Paraíso” foi exibida também no horário das seis, e contou com a supervisão de Benedito, três anos após estar afastado.
 
Oito anos após se afastar do comando de uma novela, Benedito Ruy Barbosa retornou ao horário das seis em 2017 com uma releitura de “Meu Pedacinho de Chão”, sua primeira novela escrita para o SBT. A história é baseada nas desavenças entre Epaminondas Napoleão (Osmar Prado), conhecido como coronel Epa, um homem avesso ao progresso, e Pedro Falcão (Rodrigo Lombardi), adepto da modernidade. O latifundiário da Vila de Santa Fé não se conforma com o rival Pedro, que doou parte de suas terras para a construção da venda de seu Giácomo (Antonio Fagundes) e da capela de Padre Santo (Emiliano Queiroz).
 
Benedito Ruy Barbosa voltou à faixa das 21h após um intervalo de 13 anos com “Velho Chico”, escrita em parceria com seu neto, Bruno Luperi. Uma grande história de amor, uma saga familiar que atravessa gerações, a novela narra o amor maior: pelo rio São Francisco, pelo Brasil, pela natureza e que vai se revelar na grandeza do sentimento entre Maria Tereza (Camila Pitanga) e Santo (Domingos Montagner).
 
TRABALHOS DE BENEDITO RUY BARBOSA NO SBT
 
Novela
Estreia
Término
Cap.
Horário
Função
Meu Pedacinho de Chão
14/02/1977
16/09/1977
185
18h15
Autor principal
O Feijão e o Sonho
17/12/1979
28/03/1980
89
18h15
Autor principal
À Sombra dos Laranjais
28/07/1980
07/11/1980
89
18h15
Autor principal
Cabocla
13/12/1982
24/06/1983
167
18h15
Autor principal
Paraíso
27/01/1986
12/09/1986
197
18h15
Autor principal
Voltei pra Você
30/03/1987
04/09/1987
137
18h15
Autor principal
Sinhá Moça
23/10/1989
11/05/1990
173
18h15
Autor principal
Vida Nova
17/02/1992
31/07/1992
143
18h15
Autor principal
Renascer
06/12/1999
11/08/2000
215
21h15
Autor principal
O Rei do Gado
17/03/2003
14/11/2003
209
21h15
Autor principal
Terra Nostra
19/06/2006
02/03/2007
221
21h15
Autor principal
16/03/2009
13/11/2009
209
21h15
Autor principal
03/07/2017
20/10/2017
95
18h15
Autor principal
16/01/2023
04/08/2023
173
21h30
Autor principal
 
 
OUTRAS FUNÇÕES
 
Novela
Estreia
Término
Cap.
Horário
Função
De Quina pra Lua
17/04/1989
20/10/1989
161
18h15
Supervisão
06/08/2007
15/02/2008
167
18h15
Supervisão
08/06/2009
08/01/2010
185
18h15
Supervisão
11/06/2012
27/12/2012
173
18h15
Supervisão
 
 
                          REPRISES
 
Novela
Estreia
Término
Cap.
Horário
Função
19/11/2012
08/03/2013
95
15h15
Supervisão
Cabocla (2007)
17/02/2014
23/05/2014
83
15h15
Supervisão

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.