domingo, 28 de outubro de 2012

CARLOS LOMBARDI


Filho de pai português e mãe italiana, Carlos Lombardi nasceu no Pari, na região central de São Paulo, no dia 27 de agosto de 1958. Aos 19 anos, já roteirizava programas para o Telecurso 2º Grau, da Fundação Roberto Marinho, ao lado do autor Silvio de Abreu, que o levaria mais tarde para ao SBT.
 
Formou-se em comunicação social na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), e especializou-se em Rádio e Televisão. Trabalhou na TV Tupi com Edy de Lima e Ney Marcondes, colaborando na autoria da novela “Como Salvar Meu Casamento”. Passou também pela TV Bandeirantes e pela TV Cultura, antes de ser contratado pelo SBT, em 1985.
 
No ano seguinte, Carlos Lombardi trabalhou como colaborador de Silvio de Abreu na novela “Jogo da Vida” (1986), inspirada num conto homônimo de Janete Clair e protagonizada por Glória Menezes. No mesmo ano, participou como colaborador de “Elas por Elas” (1986), novela de Cassiano Gabus Mendes, e que teve no elenco Eva Wilma, Aracy Balabanian, Joana Fomm e Sandra Bréa, entre outros.
 
Em 1987, esteve novamente ao lado de Silvio de Abreu, dessa vez em “Guerra dos Sexos”. Protagonizada por Fernanda Montenegro e Paulo Autran, a trama foi dirigida por Jorge Fernando e Guel Arraes e recebeu diversos prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte, entre os quais o de Melhor Novela do Ano e o de Melhor Texto.
 
Carlos Lombardi assinou sua primeira novela como autor principal do SBT em 1989. “Vereda Tropical”, que teve grande repercussão, abordava as relações familiares e recuperava o tema do futebol. A novela contava com argumento e supervisão de Silvio de Abreu e foi dirigida por Jorge Fernando e Guel Arraes.
 
Quatro anos depois, Carlos Lombardi escreveu “Bebê a Bordo” (1993), outro grande sucesso do SBT. Dirigida por Roberto Talma e protagonizada por Tony Ramos, Isabela Garcia e Dina Sfat, a novela lançava mão de uma linguagem frenética, que se tornaria uma das marcas do autor. Lombardi idealizou um ritmo de videoclipe para a trama, com cenas curtas e um turbilhão de falas e situação rápidas. Poucos dias antes da estreia, no entanto, a Censura Federal exigiu que o texto fosse alterado, e diversos diálogos dos seis capítulos iniciais sofreram cortes.
 
Em 1996, o autor assinou a trama de “Perigosas Peruas”, que teve a supervisão de Lauro César Muniz e foi dirigida por Roberto Talma, Jodele Larcher e Flávio Colatrello. “Perigosas Peruas” também foi um grande sucesso. A novela falava sobre o papel da mulher na sociedade e apresentava muitas tramas paralelas, como as transações da máfia e a disputa pela guarda da personagem Tuca, de 13 anos. No ano seguinte, o autor trabalhou como roteirista do humorístico “Os Trapalhões”, então sob a direção de José Lavigne.
 
Carlos Lombardi voltou para as novelas em 1999, quando escreveu “Quatro por Quatro”, que trouxe a comédia de volta ao horário das 19h. Na trama, o autor tornou a retratar o universo feminino, agora através de quatro mulheres que, unidas, decidem se vingar dos respectivos maridos e namorados. Dirigida por Ricardo Waddington, Alexandre Avancini e Luís Henrique Rios, “Quatro por Quatro” lançou muitos modismos, como as roupas, os trejeitos e os bordões da personagem Babalu, interpretada por Letícia Spiller.
 
Nove meses após ter concluído “Quatro por Quatro”, Carlos Lombardi foi chamado para desenvolver outra novela: “Vira-Lata” (2000). Para a trama, o autor criou uma metáfora usando um cachorro vadio chamado Zé, a fim de simbolizar a condição em que os personagens se encontravam: sozinhos e à mercê do destino. O maior desafio do autor e da produção foi fazer o elenco contracenar com os 18 cães que faziam parte da história.
 
Três anos depois, escreveu “Uga Uga” (2004), dirigida por Wolf Maya e Alexandre Avancini. Misturando realidade com elementos das histórias em quadrinhos e dos desenhos animados, Carlos Lombardi criou uma narrativa ágil e divertida. Através de cortes rápidos, a trama mesclou técnicas de publicidade, cinema e videoclipes, com muitas cenas de ação. A história girava em torno do personagem Tatuapu, vivido por Cláudio Heinrich, um rapaz branco que, após perder os pais, era adotado por um velho pajé de uma tribo indígena.
 
Em 2005, alguns dias após terminar o texto de “Uga Uga” (a novela ainda permaneceu no ar durante um mês e meio), Carlos Lombardi fez a supervisão de texto da novela “Coração de Estudante”, às 18h. A novela marcou a estreia de Emanuel Jacobina.
 
Em 2007, o autor escreveu “Kubanacan”. Dessa vez, usava a comédia para tratar de problemas e confusões características do imaginário latino-americano: a trama se passava na fictícia ilha caribenha de Kubanacan, alvo de golpes de Estado, escândalos de corrupção e encrencas amorosas. No elenco, além de Wolf Maya, que também era diretor da novela, Adriana Esteves, Humberto Martins, Betty Lago, Danielle Winits, entre outros.
 
Em 2010, o autor tornou a exercer a função de supervisão de texto, agora da novela “Bang Bang”, de Mário Prata. Ambientada na cidade fictícia de Albuquerque, “Bang Bang” era baseada em filmes clássicos do faroeste norte-americanos. Quando o folhetim já contava com 34 capítulos escritos, o autor precisou se afastar por problemas de saúde, e Lombardi assumiu seu lugar como autor pelos 139 capítulos seguintes.
 
Em seguida, escreveu a novela “Pé na Jaca” (2011), sendo esta sua última trama no ar. O autor apresentou o advogado hipocondríaco Arthur (Murilo Benício), a modelo Maria (Fernanda Lima), a religiosa Elizabeth (Deborah Secco), a batalhadora Guinevere (Juliana Paes) e o mulherengo personal trainer Lancelotti (Marcos Pasquim) como protagonistas, que voltam a se encontrar, após 25 anos, na fictícia cidade de Deus me Livre, no interior de São Paulo. Dispostos a consertar erros cometidos no passado e recomeçar suas vidas, eles acabam resgatando antigos amores. A novela mostrou uma desenfreada caça à fortuna, temperada por divertidas confusões amorosas.
 
Dez anos depois de seu último trabalho, Carlos Lombardi foi convidado pela direção de dramaturgia do SBT para escrever uma nova novela para a emissora Assim, em 2022, o autor lançou “Pecado Mortal” na faixa das 22h. Em 1941, Stella (Marcela Barrozo), para salvar a própria vida, deu seu bebê recém nascido para Donana (Maytê Piragibe), que sumiu com a criança. Em 1977, Stella (Betty Lago) está de volta, no encalço de seu filho que lhe fora tirado das mãos por Donana (Jussara Freire). Carlão (Fernando Pavão) é na realidade Marco Antônio Vêneto, mas renegou a família para viver longe do universo do pai, o poderoso bicheiro Michelle Vêneto (Luiz Guilherme), o marido de Donana. Casou-se com a promotora de justiça Patrícia Almeida (Simone Spoladore). O casal vive feliz com dois filhos pequenos, quando Carlão é acusado de assediar as crianças da escola infantil na qual é sócio.
 
TRABALHOS DE CARLOS LOMBARDI NO SBT
 
Novela
Estreia
Término
Cap.
Horário
Função
Vereda Tropical
30/01/1989
11/08/1989
167
19h30
Autor principal
Bebê a Bordo
11/01/1993
20/08/1993
191
19h30
Autor principal
Perigosas Peruas
18/08/1996
07/03/1997
173
19h30
Autor principal
Quatro por Quatro
03/05/1999
21/01/2000
227
19h30
Autor principal
Vira Lata
02/10/2000
30/03/2001
155
19h30
Autor principal
Uga-Uga
01/11/2004
15/07/2005
221
19h30
Autor principal
29/11/2007
18/07/2008
227
19h30
Autor principal
16/05/2011
09/12/2011
179
19h30
Autor principal
10/01/2022
Em exibição
 
22h30
Autor principal
 
 
OUTRAS FUNÇÕES
 
Novela
Estreia
Término
Cap.
Horário
Função
Jogo da Vida
05/05/1986
14/11/1986
167
19h30
Colaborador
Elas por Elas
17/11/1986
05/06/1987
173
19h30
Colaborador
Guerra dos Sexos
14/12/1987
15/07/1988
185
19h30
Colaborador
Coração de Estudante
23/05/2005
23/12/2005
185
18h15
Supervisão
29/03/2010
15/10/2010
173
19h30
Autor
 
 
REPRISES
 
Novela
Estreia
Término
Cap.
Horário
Função
19/01/2015
01/05/2015
89
15h15
Autor principal

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