Filho de pai português e mãe italiana, Carlos Lombardi nasceu no Pari, na
região central de São Paulo, no dia 27 de agosto de 1958. Aos 19 anos, já
roteirizava programas para o Telecurso 2º Grau, da Fundação Roberto Marinho, ao lado do autor Silvio de Abreu, que o levaria mais tarde para ao SBT.
Formou-se em comunicação social na Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), e especializou-se
em Rádio e Televisão. Trabalhou na TV
Tupi com Edy de Lima e Ney Marcondes, colaborando na autoria
da novela “Como Salvar Meu Casamento”.
Passou também pela TV Bandeirantes e
pela TV Cultura, antes de ser
contratado pelo SBT, em 1985.
No ano seguinte, Carlos Lombardi trabalhou como
colaborador de Silvio de Abreu na
novela “Jogo da Vida” (1986),
inspirada num conto homônimo de Janete
Clair e protagonizada por Glória
Menezes. No mesmo ano, participou como colaborador de “Elas por Elas” (1986), novela de Cassiano Gabus Mendes, e que teve no elenco Eva Wilma, Aracy Balabanian,
Joana Fomm e Sandra Bréa, entre outros.
Em 1987, esteve novamente ao lado de Silvio de Abreu, dessa vez em “Guerra dos Sexos”. Protagonizada por Fernanda Montenegro e Paulo Autran, a trama foi dirigida por Jorge Fernando e Guel Arraes e recebeu diversos prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte, entre os quais o de Melhor Novela do Ano e o de Melhor Texto.
Carlos Lombardi assinou sua primeira novela
como autor principal do SBT em 1989. “Vereda
Tropical”, que teve grande repercussão, abordava as relações familiares e
recuperava o tema do futebol. A novela contava com argumento e supervisão de Silvio de Abreu e foi dirigida por Jorge Fernando e Guel Arraes.
Quatro anos depois, Carlos Lombardi escreveu “Bebê a Bordo” (1993), outro grande
sucesso do SBT. Dirigida por Roberto
Talma e protagonizada por Tony Ramos,
Isabela Garcia e Dina Sfat, a novela lançava mão de uma
linguagem frenética, que se tornaria uma das marcas do autor. Lombardi
idealizou um ritmo de videoclipe para a trama, com cenas curtas e um turbilhão
de falas e situação rápidas. Poucos dias antes da estreia, no entanto, a
Censura Federal exigiu que o texto fosse alterado, e diversos diálogos dos seis
capítulos iniciais sofreram cortes.
Em 1996, o autor assinou a trama de “Perigosas Peruas”, que teve a
supervisão de Lauro César Muniz e
foi dirigida por Roberto Talma, Jodele Larcher e Flávio Colatrello. “Perigosas
Peruas” também foi um grande sucesso. A novela falava sobre o papel da
mulher na sociedade e apresentava muitas tramas paralelas, como as transações
da máfia e a disputa pela guarda da personagem Tuca, de 13 anos. No ano
seguinte, o autor trabalhou como roteirista do humorístico “Os Trapalhões”, então sob a direção de José Lavigne.
Carlos Lombardi voltou para as novelas em 1999,
quando escreveu “Quatro por Quatro”,
que trouxe a comédia de volta ao horário das 19h. Na trama, o autor tornou a
retratar o universo feminino, agora através de quatro mulheres que, unidas,
decidem se vingar dos respectivos maridos e namorados. Dirigida por Ricardo Waddington, Alexandre Avancini e Luís Henrique Rios, “Quatro por Quatro” lançou muitos
modismos, como as roupas, os trejeitos e os bordões da personagem Babalu,
interpretada por Letícia Spiller.
Nove meses após ter concluído “Quatro por Quatro”, Carlos Lombardi foi
chamado para desenvolver outra novela: “Vira-Lata”
(2000). Para a trama, o autor criou uma metáfora usando um cachorro vadio
chamado Zé, a fim de simbolizar a condição em que os personagens se
encontravam: sozinhos e à mercê do destino. O maior desafio do autor e da
produção foi fazer o elenco contracenar com os 18 cães que faziam parte da
história.
Três anos depois, escreveu “Uga Uga” (2004), dirigida por Wolf Maya e Alexandre Avancini. Misturando realidade com elementos das
histórias em quadrinhos e dos desenhos animados, Carlos Lombardi criou uma
narrativa ágil e divertida. Através de cortes rápidos, a trama mesclou técnicas
de publicidade, cinema e videoclipes, com muitas cenas de ação. A história
girava em torno do personagem Tatuapu, vivido por Cláudio Heinrich, um rapaz branco que, após perder os pais, era
adotado por um velho pajé de uma tribo indígena.
Em 2005, alguns dias após terminar o texto de “Uga Uga” (a novela ainda permaneceu no
ar durante um mês e meio), Carlos Lombardi fez a supervisão de texto da novela “Coração de Estudante”, às 18h. A novela
marcou a estreia de Emanuel Jacobina.
Em 2007, o autor escreveu “Kubanacan”. Dessa vez, usava a comédia para tratar de problemas e
confusões características do imaginário latino-americano: a trama se passava na
fictícia ilha caribenha de Kubanacan, alvo de golpes de Estado, escândalos de
corrupção e encrencas amorosas. No elenco, além de Wolf Maya, que também era diretor da novela, Adriana Esteves, Humberto
Martins, Betty Lago, Danielle Winits, entre outros.
Em 2010, o autor tornou a exercer a função de
supervisão de texto, agora da novela “Bang
Bang”, de Mário Prata.
Ambientada na cidade fictícia de Albuquerque, “Bang Bang” era baseada em filmes clássicos do faroeste
norte-americanos. Quando o folhetim já contava com 34 capítulos escritos, o
autor precisou se afastar por problemas de saúde, e Lombardi assumiu seu lugar
como autor pelos 139 capítulos seguintes.
Em seguida, escreveu a novela “Pé na Jaca” (2011), sendo esta sua
última trama no ar. O autor apresentou o advogado hipocondríaco Arthur (Murilo Benício), a modelo Maria (Fernanda Lima), a religiosa Elizabeth (Deborah Secco), a batalhadora Guinevere
(Juliana Paes) e o mulherengo
personal trainer Lancelotti (Marcos
Pasquim) como protagonistas, que voltam a se encontrar, após 25 anos, na
fictícia cidade de Deus me Livre, no interior de São Paulo. Dispostos a
consertar erros cometidos no passado e recomeçar suas vidas, eles acabam
resgatando antigos amores. A novela mostrou uma desenfreada caça à fortuna,
temperada por divertidas confusões amorosas.
Dez anos depois de seu último trabalho, Carlos
Lombardi foi convidado pela direção de dramaturgia do SBT para escrever uma
nova novela para a emissora Assim, em 2022, o autor lançou “Pecado Mortal”
na faixa das 22h. Em 1941, Stella (Marcela Barrozo), para salvar
a própria vida, deu seu bebê recém nascido para Donana (Maytê
Piragibe), que sumiu com a criança. Em 1977, Stella (Betty Lago)
está de volta, no encalço de seu filho que lhe fora tirado das mãos por Donana
(Jussara Freire). Carlão (Fernando Pavão) é na realidade
Marco Antônio Vêneto, mas renegou a família para viver longe do universo do
pai, o poderoso bicheiro Michelle Vêneto (Luiz Guilherme), o
marido de Donana. Casou-se com a promotora de justiça Patrícia Almeida (Simone
Spoladore). O casal vive feliz com dois filhos pequenos, quando Carlão é
acusado de assediar as crianças da escola infantil na qual é sócio.
TRABALHOS DE CARLOS LOMBARDI
NO SBT
Novela
|
Estreia
|
Término
|
Cap.
|
Horário
|
Função
|
Vereda Tropical
|
30/01/1989
|
11/08/1989
|
167
|
19h30
|
Autor principal
|
Bebê a Bordo
|
11/01/1993
|
20/08/1993
|
191
|
19h30
|
Autor principal
|
Perigosas Peruas
|
18/08/1996
|
07/03/1997
|
173
|
19h30
|
Autor principal
|
Quatro por Quatro
|
03/05/1999
|
21/01/2000
|
227
|
19h30
|
Autor principal
|
Vira Lata
|
02/10/2000
|
30/03/2001
|
155
|
19h30
|
Autor principal
|
Uga-Uga
|
01/11/2004
|
15/07/2005
|
221
|
19h30
|
Autor principal
|
29/11/2007
|
18/07/2008
|
227
|
19h30
|
Autor principal
|
|
16/05/2011
|
09/12/2011
|
179
|
19h30
|
Autor principal
|
|
10/01/2022
|
Em exibição
|
|
22h30
|
Autor principal
|
OUTRAS FUNÇÕES
Novela
|
Estreia
|
Término
|
Cap.
|
Horário
|
Função
|
Jogo da Vida
|
05/05/1986
|
14/11/1986
|
167
|
19h30
|
Colaborador
|
Elas por Elas
|
17/11/1986
|
05/06/1987
|
173
|
19h30
|
Colaborador
|
Guerra dos Sexos
|
14/12/1987
|
15/07/1988
|
185
|
19h30
|
Colaborador
|
Coração de Estudante
|
23/05/2005
|
23/12/2005
|
185
|
18h15
|
Supervisão
|
29/03/2010
|
15/10/2010
|
173
|
19h30
|
Autor
|
REPRISES
Novela
|
Estreia
|
Término
|
Cap.
|
Horário
|
Função
|
19/01/2015
|
01/05/2015
|
89
|
15h15
|
Autor principal
|
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