Ana
Maria Coelho Moretzsohn (Rio de Janeiro, 7 de novembro de 1947) é uma escritora
e autora de telenovelas brasileira. É mãe do ator Guga Coelho, da também
escritora Patrícia Moretzsohn e também do ator e diretor Alexandre Moretzsohn.
Foi contratada pelo SBT em 1989 para atuar como colaboradora.
Seu primeiro contato com novelas foi na
colaboração de “Direito de Amar”
(1990), de Walther Negrão, exibida
no horário das 18 horas. Em seguida, colaborou com o autor Daniel Más para a novela “Bambolê”
(1990), no mesmo horário. Depois de um afastamento pessoal, a autora retornou
ao SBT para colaborar pela primeira vez em uma novela das 21h: “O Salvador da Pátria” (1995), de Lauro César Muniz.
Enquanto colaborava em “O Salvador da Pátria”, Ana Maria estreou como autora titular ao
lado de Ricardo Linhares e Maria Carmem Barbosa no horário das
19h, com a novela “Lua Cheia de Amor”
(1995). Remake da novela “Dona Xepa”,
de Gilberto Braga, exibida no SBT em
1980 – por sua vez inspirada na peça homônima escrita por Pedro Bloch –, “Lua Cheia de
Amor” teve como personagem central Genuína Miranda (Marília Pêra), uma mulher batalhadora, sem instrução, que trabalha
como ambulante para sustentar a família. Dona Genu, como é conhecida, faz
qualquer sacrifício pelos filhos Rodrigo (Roberto
Bataglin) e Mercedes (Isabela Garcia).
Apesar da dedicação da mãe, eles sentem vergonha por ela ser uma mulher pobre e
simples.
Em 1996, Ana Maria emplacou sua primeira
novela no horário das 21h, ao lado de Aguinaldo
Silva e Ricardo Linhares: “Tieta”
era uma livre adaptação do livro “Tieta
do Agreste”, de Jorge Amado, que
apresentou personagens dramáticos, mas repletos de humor. Ambientada na
fictícia cidade de Santana do Agreste, no Nordeste brasileiro, a novela tem
início quando Tieta (Claudia Ohana)
é escorraçada da cidade pelo pai, Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos), irritado com o comportamento liberal da
jovem e influenciado pelas intrigas de sua outra filha, Perpétua (Adriana Canabrava). Humilhada e
abandonada pela família, ela segue para São Paulo, fugindo do conservadorismo
de sua terra natal. Vinte e cinco anos depois, Tieta (Betty Faria) reaparece em Santana do Agreste, rica, exuberante e
decidida a se vingar das pessoas que a maltrataram.
Escreveu novamente com Aguinaldo Silva e
Ricardo Linhares sua segunda trama para o horário das 21h: “Pedra Sobre Pedra” (1998) abordou a
rivalidade entre duas famílias no sertão baiano, que era repleta de elementos
de realismo fantástico. A trama se passa na fictícia cidade de Resplendor, na
Chapada Diamantina, sertão da Bahia. Murilo Pontes (Nelson Baskerville, na primeira fase) e Jerônimo Batista (Felipe Camargo) pertencem a famílias
rivais e são apaixonados pela mesma mulher, Pilar (Cláudia Scher, na primeira fase). A moça é noiva de Murilo, mas o
abandona no altar, pois desconfia que sua melhor amiga espera um filho dele.
Para se vingar, Pilar decide se casar com Jerônimo, com quem tem uma filha,
Marina. Sua amiga morre durante o parto da filha, e Pilar assume a criação da
menina, batizando-a de Eliane (Carla
Marins, na segunda fase), o mesmo nome da mãe. Murilo, por sua vez, casa-se
com Hilda (Andrea Murucci, na
primeira fase, e Eva Wilma, na
segunda), tem um filho chamado Leonardo e se muda para Brasília para seguir
carreira política.
Em “Fera
Ferida” (2000), também escrita para o horário das 21h com Aguinaldo Silva e
Ricardo Linhares, a vingança e a cobiça eram os temas principais em uma trama
baseada no universo ficcional de Lima
Barreto. O prefeito da fictícia Tubiacanga, Feliciano Mota da Costa (Tarcísio Meira), acredita que a cidade
esconda preciosas minas de ouro. Ao seu lado estavam os companheiros Major
Emiliano Bentes (Lima Duarte),
Professor Praxedes (Juca de Oliveira)
e Numa Pompílio de Castro (Hugo Carvana).
Para provar ao povo de Tubiacanga que está certo, Feliciano mostra uma enorme e
brilhante pepita de ouro em plena praça pública, causando um rebuliço entre os
tubiacanguenses. Com a pedra nas mãos, o prefeito consegue convencer a todos a
entregar-lhe suas economias para a construção de uma empresa de mineração na
cidade.
Ana Maria retornou ao horário das 18h em 2003
e emplacou sua primeira novela no horário, desta vez como única autora titular:
“Esplendor” era ambientada no final
dos anos 50 e narrava a história de um homem solitário que redescobre o amor,
tendo como inspiração romances góticos e a clássica história de “A Bela e a Fera”. No Sul do Brasil, em
uma cidade fictícia chamada Esplendor, vive o industrial milionário Frederico
Berger (Floriano Peixoto), um homem
assombrado pelas lembranças de uma tragédia. Há muitos anos, quando discutia
asperamente com sua mulher Elisa (Ângela
Figueiredo), enquanto pilotava um pequeno avião, ele perdeu o controle da
aeronave, e os dois se chocaram contra o precipício que fica dentro das suas
propriedades. Elisa morreu imediatamente. Frederico escapou com vida do
desastre, mas ganhou uma cicatriz no rosto e pesadelos que o atormentam todas
as noites. A morte da mulher o tornou um homem autoritário, que não admite
oposição nem falhas alheias, e uma presença intimidadora para todos os que
trabalham ou vivem em sua mansão.
Em 2004, escreve “Estrela-Guia”, uma trama contemporânea que aborda a união de dois
mundos diferentes, simbolizada pelo romance do urbano e workaholic Tony (Guilherme Fontes) com a adolescente
Cristal (Sandy), menina criada em
uma comunidade alternativa do interior de Goiás. A novela contrapõe os avanços
tecnológicos e científicos da sociedade de consumo moderna aos valores
espirituais de uma sociedade alternativa, propondo uma conciliação das duas
culturas para a construção de um mundo melhor, onde o egoísmo não seja uma das
principais causas das mazelas sociais. A novela foi idealizada como uma
experimentação de tramas curtas, tendo ficado três meses no ar e totalizado apenas
83 capítulos.
“Sabor
da Paixão” (2005) foi a sétima novela de Moretzsohn como autora titular. A
trama é um conto de fadas que mostra a história de amor de Diana (Letícia Spiller) e Alexandre (Luigi Baricelli) no Rio de Janeiro de
2002, no qual a gastronomia, a música e a dança têm papel de destaque. Definida
como comédia romântica realista, a novela gira em torno da luta de Diana para
recuperar as terras herdadas pela família em Portugal, ocupadas indevidamente
por Zenilda Paixão (Arlete Salles),
a mãe de Alexandre.
Em 2007, a autora preferiu não renovar seu
contrato com o SBT.
TRABALHOS DE ANA
MARIZ MORETZOHN NO SBT
Novela
|
Estreia
|
Término
|
Cap.
|
Horário
|
Função
|
Direito de
Amar
|
14/05/1990
|
30/11/1990
|
173
|
18h15
|
Colaboradora
|
Bambolê
|
03/12/1990
|
21/06/1991
|
173
|
18h15
|
Colaboradora
|
O Salvador da
Pátria
|
09/10/1995
|
10/05/1996
|
185
|
21h15
|
Colaboradora
|
Lua Cheia de
Amor
|
12/06/1995
|
19/01/1996
|
191
|
19h30
|
Autora principal
|
13/05/1996
|
27/12/1996
|
197
|
21h15
|
Autora principal
|
|
Pedra Sobre
Pedra
|
05/10/1998
|
30/04/1999
|
179
|
21h15
|
Autora principal
|
Fera Ferida
|
14/08/2000
|
13/04/2001
|
209
|
21h15
|
Autora principal
|
Esplendor
|
28/04/2003
|
19/09/2003
|
125
|
18h15
|
Autora principal
|
Estrela-Guia
|
07/06/2004
|
10/09/2004
|
83
|
18h15
|
Autora principal
|
Sabor da
Paixão
|
26/12/2005
|
16/06/2006
|
149
|
18h15
|
Autora principal
|
REPRISES
Novela
|
Estreia
|
Término
|
Cap.
|
Horário
|
Função
|
11/01/2021
|
11/06/2021
|
131
|
16h45
|
Autora principal
|
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