domingo, 28 de outubro de 2012

ANA MARIA MORETZSOHN


Ana Maria Coelho Moretzsohn (Rio de Janeiro, 7 de novembro de 1947) é uma escritora e autora de telenovelas brasileira. É mãe do ator Guga Coelho, da também escritora Patrícia Moretzsohn e também do ator e diretor Alexandre Moretzsohn. Foi contratada pelo SBT em 1989 para atuar como colaboradora.
 
Seu primeiro contato com novelas foi na colaboração de “Direito de Amar” (1990), de Walther Negrão, exibida no horário das 18 horas. Em seguida, colaborou com o autor Daniel Más para a novela “Bambolê” (1990), no mesmo horário. Depois de um afastamento pessoal, a autora retornou ao SBT para colaborar pela primeira vez em uma novela das 21h: “O Salvador da Pátria” (1995), de Lauro César Muniz.
 
Enquanto colaborava em “O Salvador da Pátria”, Ana Maria estreou como autora titular ao lado de Ricardo Linhares e Maria Carmem Barbosa no horário das 19h, com a novela “Lua Cheia de Amor” (1995). Remake da novela “Dona Xepa”, de Gilberto Braga, exibida no SBT em 1980 – por sua vez inspirada na peça homônima escrita por Pedro Bloch –, “Lua Cheia de Amor” teve como personagem central Genuína Miranda (Marília Pêra), uma mulher batalhadora, sem instrução, que trabalha como ambulante para sustentar a família. Dona Genu, como é conhecida, faz qualquer sacrifício pelos filhos Rodrigo (Roberto Bataglin) e Mercedes (Isabela Garcia). Apesar da dedicação da mãe, eles sentem vergonha por ela ser uma mulher pobre e simples.
 
Em 1996, Ana Maria emplacou sua primeira novela no horário das 21h, ao lado de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares: “Tieta” era uma livre adaptação do livro “Tieta do Agreste”, de Jorge Amado, que apresentou personagens dramáticos, mas repletos de humor. Ambientada na fictícia cidade de Santana do Agreste, no Nordeste brasileiro, a novela tem início quando Tieta (Claudia Ohana) é escorraçada da cidade pelo pai, Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos), irritado com o comportamento liberal da jovem e influenciado pelas intrigas de sua outra filha, Perpétua (Adriana Canabrava). Humilhada e abandonada pela família, ela segue para São Paulo, fugindo do conservadorismo de sua terra natal. Vinte e cinco anos depois, Tieta (Betty Faria) reaparece em Santana do Agreste, rica, exuberante e decidida a se vingar das pessoas que a maltrataram.
 
Escreveu novamente com Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares sua segunda trama para o horário das 21h: “Pedra Sobre Pedra” (1998) abordou a rivalidade entre duas famílias no sertão baiano, que era repleta de elementos de realismo fantástico. A trama se passa na fictícia cidade de Resplendor, na Chapada Diamantina, sertão da Bahia. Murilo Pontes (Nelson Baskerville, na primeira fase) e Jerônimo Batista (Felipe Camargo) pertencem a famílias rivais e são apaixonados pela mesma mulher, Pilar (Cláudia Scher, na primeira fase). A moça é noiva de Murilo, mas o abandona no altar, pois desconfia que sua melhor amiga espera um filho dele. Para se vingar, Pilar decide se casar com Jerônimo, com quem tem uma filha, Marina. Sua amiga morre durante o parto da filha, e Pilar assume a criação da menina, batizando-a de Eliane (Carla Marins, na segunda fase), o mesmo nome da mãe. Murilo, por sua vez, casa-se com Hilda (Andrea Murucci, na primeira fase, e Eva Wilma, na segunda), tem um filho chamado Leonardo e se muda para Brasília para seguir carreira política.
 
Em “Fera Ferida” (2000), também escrita para o horário das 21h com Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, a vingança e a cobiça eram os temas principais em uma trama baseada no universo ficcional de Lima Barreto. O prefeito da fictícia Tubiacanga, Feliciano Mota da Costa (Tarcísio Meira), acredita que a cidade esconda preciosas minas de ouro. Ao seu lado estavam os companheiros Major Emiliano Bentes (Lima Duarte), Professor Praxedes (Juca de Oliveira) e Numa Pompílio de Castro (Hugo Carvana). Para provar ao povo de Tubiacanga que está certo, Feliciano mostra uma enorme e brilhante pepita de ouro em plena praça pública, causando um rebuliço entre os tubiacanguenses. Com a pedra nas mãos, o prefeito consegue convencer a todos a entregar-lhe suas economias para a construção de uma empresa de mineração na cidade.
 
Ana Maria retornou ao horário das 18h em 2003 e emplacou sua primeira novela no horário, desta vez como única autora titular: “Esplendor” era ambientada no final dos anos 50 e narrava a história de um homem solitário que redescobre o amor, tendo como inspiração romances góticos e a clássica história de “A Bela e a Fera”. No Sul do Brasil, em uma cidade fictícia chamada Esplendor, vive o industrial milionário Frederico Berger (Floriano Peixoto), um homem assombrado pelas lembranças de uma tragédia. Há muitos anos, quando discutia asperamente com sua mulher Elisa (Ângela Figueiredo), enquanto pilotava um pequeno avião, ele perdeu o controle da aeronave, e os dois se chocaram contra o precipício que fica dentro das suas propriedades. Elisa morreu imediatamente. Frederico escapou com vida do desastre, mas ganhou uma cicatriz no rosto e pesadelos que o atormentam todas as noites. A morte da mulher o tornou um homem autoritário, que não admite oposição nem falhas alheias, e uma presença intimidadora para todos os que trabalham ou vivem em sua mansão.
 
Em 2004, escreve “Estrela-Guia”, uma trama contemporânea que aborda a união de dois mundos diferentes, simbolizada pelo romance do urbano e workaholic Tony (Guilherme Fontes) com a adolescente Cristal (Sandy), menina criada em uma comunidade alternativa do interior de Goiás. A novela contrapõe os avanços tecnológicos e científicos da sociedade de consumo moderna aos valores espirituais de uma sociedade alternativa, propondo uma conciliação das duas culturas para a construção de um mundo melhor, onde o egoísmo não seja uma das principais causas das mazelas sociais. A novela foi idealizada como uma experimentação de tramas curtas, tendo ficado três meses no ar e totalizado apenas 83 capítulos.
 
Sabor da Paixão” (2005) foi a sétima novela de Moretzsohn como autora titular. A trama é um conto de fadas que mostra a história de amor de Diana (Letícia Spiller) e Alexandre (Luigi Baricelli) no Rio de Janeiro de 2002, no qual a gastronomia, a música e a dança têm papel de destaque. Definida como comédia romântica realista, a novela gira em torno da luta de Diana para recuperar as terras herdadas pela família em Portugal, ocupadas indevidamente por Zenilda Paixão (Arlete Salles), a mãe de Alexandre.
 
Em 2007, a autora preferiu não renovar seu contrato com o SBT.
 
TRABALHOS DE ANA MARIZ MORETZOHN NO SBT
 
Novela
Estreia
Término
Cap.
Horário
Função
Direito de Amar
14/05/1990
30/11/1990
173
18h15
Colaboradora
Bambolê
03/12/1990
21/06/1991
173
18h15
Colaboradora
O Salvador da Pátria
09/10/1995
10/05/1996
185
21h15
Colaboradora
Lua Cheia de Amor
12/06/1995
19/01/1996
191
19h30
Autora principal
13/05/1996
27/12/1996
197
21h15
Autora principal
Pedra Sobre Pedra
05/10/1998
30/04/1999
179
21h15
Autora principal
Fera Ferida
14/08/2000
13/04/2001
209
21h15
Autora principal
Esplendor
28/04/2003
19/09/2003
125
18h15
Autora principal
Estrela-Guia
07/06/2004
10/09/2004
83
18h15
Autora principal
Sabor da Paixão
26/12/2005
16/06/2006
149
18h15
Autora principal
 
 
REPRISES
 
Novela
Estreia
Término
Cap.
Horário
Função
11/01/2021
11/06/2021
131
16h45
Autora principal

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.