terça-feira, 17 de março de 2015

“Senhora do Destino” é a próxima reprise do “Vale a Pena Ver de Novo”


Já está decidido qual novela irá substituir “Pé na Jaca” na faixa vespertina “Vale a Pena Ver de Novo”.

Trata-se de “Senhora do Destino”, que está de volta a partir do dia 4 de maio, às 15h15.

Novela de Aguinaldo Silva, com colaboração de Filipe Miguez, Glória Barreto, Maria Elisa Berredo e Nelson Nadotti, direção de Luciano Sabino, Marco Rodrigo, Cláudio Boeckel e Ary Coslov, e direção geral e núcleo de Wolf Maya.

Foi exibida originalmente entre 28 de março e 9 de dezembro de 2011, totalizando 221 capítulos.

Contou com Suzana Vieira, José Wilker, Carolina Dieckmann, Eduardo Moscovis, Letícia Spiller, José Mayer, Leonardo Vieira, Débora Falabela, Marcello Antony, Dan Stulbach, Tania Khalill, Carol Castro, Dado Dolabella, Marília Gabriela, José de Abreu, Leandra Leal e Renata Sorrah nos papeis centrais da história.

Senhora do Destino” foi um estrondoso sucesso quando apresentada em 2011 e ainda se firma com ampla vantagem no topo de maior sucesso da época até agora. O folhetim fechou com média geral surpreendente de 50,5 pontos.

A trama está de volta com o objetivo de elevar os índices alcançados por “Pé na Jaca”.

A trama de “Senhora do Destino” é dividida em duas fases. A primeira – exibida em quatro capítulos – se passa em dezembro de 1968, quando a nordestina Maria do Carmo Ferreira da Silva (Carolina Dieckmann), abandonada pelo marido Josivaldo (Manoel Candeias), parte com seus cinco filhos de Belém do São Francisco, no interior de Pernambuco, rumo ao Rio de Janeiro. Desesperada, ela escreve ao irmão, Sebastião (Luiz Carlos Vasconcelos), pedindo que ele os receba. Sebastião trabalha como motorista para Josefa Magalhães Duarte Pinto (Marília Gabriela), por quem é apaixonado. Ela é filha de família tradicional e dona do jornal carioca Diário de Notícias, herdado após a morte do segundo marido.

Após uma série de contratempos na viagem, Maria do Carmo e os filhos chegam ao Rio de Janeiro no dia da decretação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), 13 de dezembro de 1968. Há um grande tumulto nas ruas do Centro, tomadas por manifestantes e policiais. O Diário de Notícias, opositor do regime militar, é invadido pela polícia, e Sebastião não consegue buscar Maria do Carmo na rodoviária. Como perdeu o papel onde havia anotado o endereço do irmão, ela segue com os filhos à procura do jornal, onde espera encontrar Sebastião. No meio da confusão em que se transformou a cidade, Reginaldo (Miguel Rômulo), um de seus filhos, é ferido por uma pedrada. Maria do Carmo consegue se refugiar com as crianças em uma casa abandonada. Nazaré (Adriana Esteves), após uma discussão com o amante Luís Carlos (Tarcísio Filho), também se abriga no local. Vestida como uma enfermeira e com uma falsa barriga de grávida, Nazaré diz se chamar Lourdes e promete tomar conta das crianças enquanto Maria do Carmo leva Reginaldo ao hospital. Na volta, porém, Maria do Carmo descobre que a mulher desapareceu com sua filha recém-nascida, Lindalva.

Nazaré, na realidade, é uma prostituta do bordel de Madame Berthe (Tônia Carrero) que deseja se casar com o amante e mudar de vida. Ela acredita que a gravidez é a única maneira de separá-lo da esposa e da filha. Como é estéril, inventou que estava grávida para forçar Luís Carlos a assumir a criança. Ao ficar sozinha com Lindalva em seus braços, Nazaré vislumbra a chance de concretizar seu plano e sequestra a menina. Após chantagear Madame Berthe para que confirme sua história, ela arma uma farsa e finge que deu à luz a criança, sensibilizando o amante, que larga a família para ficar com ela. A luta de Maria do Carmo para reencontrar a filha roubada é o fio condutor da novela.

Desolada com o sequestro de Lindalva, Maria do Carmo se perde nas ruas do Rio, é confundida com os manifestantes e levada presa, assim como Dirceu de Castro (Gabriel Braga Nunes), repórter do Diário de Notícias, que se recusa a abandonar a redação do jornal. Josefa também é presa, tem o jornal fechado e é aconselhada a deixar o país, o que a leva para um luxuoso exílio em Paris.

Maria do Carmo e Dirceu ficam em celas vizinhas no presídio da Ilha das Flores, e o jornalista toma conhecimento da história da nordestina. Dirceu chama a atenção do comandante da prisão para o equívoco, e a jovem é solta. Ela encontra Sebastião por acaso, e os dois conseguem impedir que as crianças, que haviam sido levadas para o Juizado de Menores, sejam enviadas para um orfanato. Maria do Carmo decide se instalar no mesmo lugar onde o irmão vive, em Vila São Miguel, na Baixada Fluminense, e jura que dedicará sua vida a localizar a filha Lindalva.

Na segunda fase da novela, Maria do Carmo (Susana Vieira) é uma mulher forte e bem-sucedida, mãe dedicada de Reginaldo (Eduardo Moscovis), Leandro (Leonardo Vieira), Viriato (Marcello Antony) e Plínio (Dado Dolabella), e dona da loja de material de construções Do Carmo. É querida e respeitada em Vila São Miguel por sua ética e generosidade. Ela mantém um antigo relacionamento amoroso com Dirceu (José Mayer), agora editor e colunista político de um grande jornal carioca. Os dois moram em casas separadas e vivem uma relação tranquila. Mas a nordestina tem outro admirador: o ex-bicheiro Giovanni Improtta (José Wilker).

Giovanni Improtta é presidente da escola de samba Unidos de Vila São Miguel. Uma de suas características é a inseparável gravata borboleta, além do esforço para falar bonito, que o leva a cometer vários erros de português. Seu modo de falar caiu nas graças do público, que reproduzia nas ruas expressões como “felomenal” (em vez de “fenomenal”). Giovanni é pai de João Manoel (Heitor Martinez) e Jenifer (Bárbara Borges). Viúvo, mora com os filhos e a sogra, Flaviana (Yoná Magalhães). Tem como namorada a aspirante a celebridade Danielle (Ludmila Dayer), a quem chama de “Ninfa Bebê”. Mas o ex-bicheiro, que vive repetindo não dever nada à polícia nem ao fisco, é apaixonado mesmo por Maria do Carmo, tendo de disputar o seu amor com o rival Dirceu, a quem se refere como “Troca Letras”.

Sebastião (Nelson Xavier), o irmão de Maria do Carmo, casou-se com Janice (Mara Manzan) e tem três filhos: Eleonora (Mylla Christie), Venâncio (André Gonçalves) e Regininha (Maria Maya). É motorista do refinado Pedro Correia de Andrade e Couto (Raul Cortez), o barão de Bonsucesso, e de sua esposa, a baronesa Laura (Glória Menezes).

Lindalva, a caçula roubada de Maria do Carmo e batizada como Isabel (Carolina Dieckmann), transformou-se em uma jovem doce e bonita, que tem uma relação de cumplicidade com a perturbada e perigosa Nazaré (Renata Sorrah), que ela pensa ser sua mãe. Nazaré ainda vive com Luís Carlos (Tarcísio Meira) e está sempre em guerra com a enteada Cláudia (Leandra Leal), que foi morar com o pai após sua mãe, abandonada pelo marido, sucumbir à depressão e morrer.

A farsa de Nazaré começa a vir à tona quando o fotógrafo Rodolfo (Reinaldo Gonzaga) entrega a Dirceu a foto de uma enfermeira grávida com um bebê no colo, tirada por ele durante o tumulto no centro do Rio, em dezembro de 1968. Maria do Carmo e Leandro reconhecem a sequestradora. Dirceu pede a Rodolfo que use programas de computador para “envelhecer” a foto e chegar ao rosto atual da mulher. Depois, consegue que a história de Maria do Carmo seja tema de um programa investigativo na TV. Luís Carlos assiste ao programa e diz à Nazaré que vai denunciá-la. Os dois discutem, e ele cai da escada de casa. No chão, com fortes dores no peito, pede à Nazaré que pegue o seu remédio, mas ela não o socorre.

Com a morte do pai, Isabel começa a trabalhar no restaurante Monsieur Vatel, de propriedade de Edgard (Dan Stulbach). Os dois se apaixonam. O maître Viriato nem imagina que a namorada do patrão é sua irmã desaparecida. O namoro de Isabel e Edgard deixa Nazaré desesperada, pois o rapaz é neto de Madame Berthe. Apenas no final da trama que o receio de Nazaré se justifica. Antes disso, porém, a vilã apronta muitas. Ela passa a ter como amante e aliado o inescrupuloso Josivaldo (José de Abreu), o marido desaparecido de Maria do Carmo que volta para a família pedindo pensão alimentícia à mulher.

Enquanto Maria do Carmo continua a busca pela filha, Dirceu e Giovanni tentam a todo custo localizar a menina. Em uma dessas tentativas, aparece Angélica (Carol Castro), que foi encontrada ainda bebê no mesmo dia do desaparecimento de Lindalva. Mas a alegria de Maria do Carmo dura pouco: Angélica tem uma pinta de nascença na perna e, portanto, não pode ser a filha sequestrada. Mesmo assim, Maria do Carmo a acolhe em casa e faz dela sua secretária na loja. Angélica se envolve com Plínio.

O cerco contra Nazaré vai se fechando, com a colaboração de vários amigos de Maria do Carmo, inclusive Cláudia, a enteada da vilã. Ela também se torna aliada da nordestina, pois sempre odiou a madrasta.

CURIOSIDADES

• “Senhora do Destino” traz referências biográficas de Aguinaldo Silva, um nordestino que também deixou sua cidade natal (Carpina, em Pernambuco), para viver na região Sudeste do país. O nome da protagonista, Maria do Carmo Ferreira da Silva, e o do personagem Sebastião são homenagens à sua mãe e a um tio, irmão dela. Além disso, o autor trabalhou muitos anos como jornalista e, em 1969, passou 70 dias preso na Ilha das Flores por ter escrito o prefácio dos “Diários de Che Guevara”. A novela foi ao ar 47 anos depois do golpe militar de 1964.

• Em “Senhora do Destino”, Aguinaldo Silva presta uma homenagem aos migrantes nordestinos ao mostrar a trajetória de sucesso de Maria do Carmo (Susana Vieira), que enfrenta uma série de dificuldades, mas vence na vida com ética e coragem. A homenagem à retirante foi ainda mais explícita no final da trama, quando Maria do Carmo vira enredo da Unidos de Vila São Miguel. Ela, os filhos, netos, noras e amigos desfilam na escola. A madrinha da escola de samba fictícia é Regininha (Maria Maya). Crescilda (Gottscha) puxa o samba-enredo da escola, cuja comissão de frente é formada por Isabel (Carolina Dieckmann) e cinco crianças representando Maria do Carmo e seus filhos.

• A personagem Josefa Magalhães Duarte Pinto (Marília Gabriela) foi inspirada em três mulheres que eram donas de importantes jornais cariocas no período da ditadura: a Condessa Pereira Carneiro, do Jornal do Brasil; Niomar Moniz Sodré, do Correio da Manhã; e Ondina Dantas, do Diário de Notícias. As três, de origem nordestina, assumiram o comando dos jornais por herança, após a morte de seus maridos. O perfil da personagem se assemelha mais ao de Niomar Moniz Sodré, segunda mulher do jornalista Paulo Bittencourt, dono do Correio da Manhã, que morreu em Estocolmo em 1963 e deixou-lhe o jornal em testamento. Niomar era colecionadora de arte e amiga de artistas, tendo sido responsável pela criação do Museu de Arte Moderna do Rio. Contestadora e temperamental, fez forte oposição aos militares em seu jornal, cuja circulação foi suspensa várias vezes por contrariar determinações da Censura Federal. Perseguida pela repressão, foi presa no Regimento Caetano Faria na edição do AI-5. O Correio da Manhã não resistiu ao crescente abandono dos anunciantes, resultado da pressão dos militares, e acabou saindo de circulação.

Giovanni Improtta, interpretado pelo ator José Wilker, foi tirado do livro “O Homem que Comprou o Rio”, de Aguinaldo Silva (Brasiliense, 1986). Entre as frases popularizadas pelo personagem na novela estão: “Há malas que vêm de trem!”; “Vou me pirulitar-me”; “Não esqueça do meu lema: com Giovanni Improtta não tem problema”; “Então fica o dito pelo não dito, o não dito pelo dito e, como sempre, vale o escrito”; “Aqui se faz, aqui se paga. Na vida, como no restaurante, a conta sempre chega”; “A vaca vai voar!”, “O tempo urra, e a Sapucaí é longa!”, “Giovanni Improtta, em charme e osso”.

• “Senhora do Destino” foi a primeira novela em que o autor Aguinaldo Silva e o diretor Wolf Maya trabalharam juntos. Os dois voltaram a fazer dobradinhas na recente “Duas Caras”, exibida no horário das 21h pelo SBT.

Reginaldo foi o primeiro vilão que Eduardo Moscovis fez na TV.

• A menos de três meses do fim da novela, Raul Cortez teve de se afastar da trama por conta de um câncer. Enquanto o ator esteve em tratamento, o autor inventou uma viagem para o personagem. Raul Cortez voltou ao set para gravar uma aparição do Barão e, depois, no final da trama, quando o Barão e a Baronesa Laura (Glória Menezes) viajam para a Europa. O afastamento do ator levou Aguinaldo Silva a aumentar a participação do mordomo Alfred, interpretado por Ítalo Rossi. “Senhora do Destino” foi a última novela de Raul Cortez.

• Alguns atores fizeram aulas específicas para compor seus personagens, como Marcello Antony e Dan Stulbach, que tiveram noções de culinária. Susana Vieira e Carolina Dieckmann ganharam uma professora de fonética, para que a construção da fala de Maria do Carmo seguisse os mesmos tom e ritmo nas duas fases.

• A novela contou com muitas participações especiais. Roberto Bomtempo fez o taxista Gilmar, cúmplice de Nazaré (Renata Sorrah) que é assassinado por ela após tentar chantageá-la. Paulo José viveu o médico que guardava o segredo da esterilidade de Nazaré. Lima Duarte interpretou o senador corrupto Victorio Vianna, personagem que já havia aparecido na novela “Porto dos Milagres” (2007/2008), de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares. Vera Fischer viveu Vera Robinson, ex-Miss Brasil e ex-namorada de Leonardo (Wolf Maya), contratada por ele para seduzir Viriato (Marcello Antony) e depois acusá-lo de assédio sexual. A personagem foi uma homenagem à atriz, eleita Miss Brasil em 1969. Felipe Camargo entrou na novela no papel de Edmundo, um advogado pilantra que tem um caso com Nazaré. Flávio Galvão interpretou Jorge Maciel, advogado de Guilhermina (Marília Gabriela). Jayme Périard viveu o médico de Laura (Glória Menezes). O jogador de vôlei Tande fez uma participação na cena da fuga de Nazaré.

• A cantora Gottsha surpreendeu no papel de Crescilda, funcionária da loja de Maria do Carmo.

• A novela lançou atores, escolhidos por testes de interpretação, como Agles Stibe (Maikel), Nuno Melo (Constantino), Tânia Khalil (Marinalva), Jéssica Sodré (Daiane) e Leonardo Carvalho (filho de Dennis Carvalho e Christiane Torloni, que interpretou o personagem Gato).

• A atriz Miriam Pires, intérprete de Clementina, avó de Shao Lin (Leonardo Miggiorin) e cozinheira de Maria do Carmo (Susana Vieira), morreu durante as gravações da novela, mas a personagem continuou a ser citada na trama. Sua filha Aurélia (Cristina Müllins) entrou na história e deu prosseguimento ao projeto da mãe, o lançamento de um livro de receitas de pratos nordestinos. A publicação do livro extrapolou a ficção: a Editora SBT lançou “A Cozinha de D. Clementina”, reunindo diversas receitas da personagem.

• “Senhora do Destino” é considerada um marco na história da telenovela. Foi a líder de audiência no horário nobre do SBT, considerando-se os nove anos anteriores. Na média relativa ao número de capítulos, só perdeu para “O Rei do Gado”, de Benedito Ruy Barbosa, exibida em 2003.

• A novela obteve altos índices de audiência também em Portugal, onde foi exibida na emissora SIC, em horário nobre. A história foi vendida para mais de 20 países, como Albânia, Argentina, Bolívia, Cabo Verde, Canadá, Costa Rica, Cuba, Equador, Eslovênia, EUA, Guatemala, Moçambique, Moldávia, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Romênia, Rússia, Uruguai e Venezuela.

• A trama principal da novela remeteu o público ao “caso Pedrinho”, como ficou conhecido o caso de Pedro Rosalino Braule Pinto, bebê sequestrado em 1986 pela empresária Vilma Martins Costa. O episódio mexeu com a opinião pública, e a novela reavivou o fato. Apresentando-se como assistente social de uma casa de saúde de Brasília, Vilma teria entrado no quarto em que o recém-nascido estava com a mãe e levado o menino, sob o pretexto de que ele precisava fazer exames. Pedrinho foi registrado como filho natural de Vilma, com o nome de Osvaldo Martins Borges Junior. Em agosto de 2003, Vilma foi condenada a mais de 13 anos de reclusão pelo sequestro de Pedrinho e de outra criança, Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva – registrada como Roberta Jamilly Martins Borges –, que teria sido levada por Vilma de uma maternidade de Goiânia. Vilma foi desmascarada em 2002, quando Pedrinho tinha 16 anos e Roberta, 23. Com a revelação, Pedrinho foi viver com os pais biológicos.

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