quarta-feira, 27 de maio de 2015

“Nem sempre uma pessoa está 100% certa e outra 100% errada”, diz Lícia Manzo


Realização é o sentimento que define o estado de Lícia Manzo, autora de “A Vida da Gente”, que está em sua última semana. A novela, que mexeu com o coração de telespectadores, muitos deles por verem suas emoções refletidas nas histórias dos personagens, apresenta seus derradeiros capítulos contabilizando enorme sucesso de público.

Em entrevista exclusiva concedida ao site da novela, Lícia faz um balanço sobre sua primeira novela e dá dicas de como será os destinos dos protagonistas da trama. Confira abaixo:

Qual o saldo da sua primeira novela? O texto, a direção e as atuações foram elogiados do início ao fim. Qual é a sua avaliação?
“Fiquei muito feliz com a novela e acredito que a comunicação alcançada deve-se em grande parte à equipe maravilhosa que tivemos a sorte, a bênção, de conseguir reunir. De fato, texto, atores e direção; penso que as três bases deste tripé eram fortes, sólidas, e por isso, o resultado foi tão interessante.”

O destino de algum personagem foi diferente do que você imaginava? Alguma história teve impacto além do esperado?
“Sim, várias histórias vão se tecendo à medida em que a novela se desenha. Nesse sentido, é um pouco como a vida, que vai se desdobrando ao longo do tempo, sem que saibamos previamente todas as respostas. Laura (Vanessa Lóes) e Gabriel (Eriberto Leão), por exemplo, não eram inicialmente previstos, mas se tornaram necessários à medida em que a trama se desenrolava. Com relação ao impacto ou repercussão inesperada de algum núcleo ou personagem, diria que a divisão apaixonada do público entre Ana (Fernanda Vasconcellos) e Manu (Marjorie Estiano) foi de fato surpreendente para mim. E também muito inspirador, porque deflagrava a complexidade da questão, e evidenciava que na vida nem sempre uma pessoa está 100% certa, e outra 100% errada. Todo mundo erra e acerta, todo mundo alterna força e coragem, generosidade, egoísmo, grandeza, mesquinhez, decisões mais ou menos sábias, enfim, tudo faz parte de todos nós. E, ao exibir os erros de ambas, sem caracterizar uma ou outra como ‘má’ ou ‘errada’, penso que humanizamos as personagens, e as aproximamos de algo mais real ou reconhecível.”

Os telespectadores e internautas tiveram uma identificação muito grande com a trama de “A Vida da Gente”. Você acha que a realidade do texto e a contemporaneidade do tema foram os fatores principais. A que você atribui esse fenômeno?
“De fato, procurei buscar no cotidiano os temas que iria tratar. Não busquei grandes assuntos, ao contrário: queria buscar no bastidor diário e doméstico de cada um, pequenos dramas, sem importância aparente, mas que acabam compondo a vida de todos nós.”

Você poderia dar algumas dicas sobre os destinos de Ana, Lúcio, Rodrigo e Manu?
“Posso dizer que os quatro terão, juntos, a oportunidade de um amadurecimento e, a partir de então, irão encontrar um equilíbrio.”

Não perca as emoções finais de “A Vida da Gente”.

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