sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

JOIA RARA | Vilão à vista! Mais magro, Carmo Dalla Vecchia dá vida a Manfred


Manfred (Carmo Dalla Vecchia), tido como o grande vilão da história, é um homem que se sente rejeitado por não ser reconhecido como o filho do poderoso Ernest (José de Abreu) com a governanta Gertrude (Ana Lucia Torre). Invejoso, ele fará de tudo para conseguir o que seu meio-irmão Franz (Bruno Gagliasso) tem, desde o cargo de diretor na fundição da família até o amor de Amélia (Bianca Bin).

Apesar de toda maldade, Carmo Dalla Vecchia revela não se apegar ao fato de ser um vilão e acredita na importância da veracidade passada ao público. “Não acho que o artista pensa na hora se está fazendo vilão ou mocinho, senão cria-se um personagem esquemático. O que buscamos na interpretação é fazer as pessoas acreditarem na história que estamos contando. Se eu for em cena pensando que ele é vilão, não vou fazer tão bem”, explica.

Segundo o ator, todos têm maldade e bondade dentro de si, mas só revelamos aquilo que queremos através das nossas ações. O que ele busca fazer, portanto, é mostrar o personagem conectado à história contada. “Manfred tem o histórico de alguém que não teve muito afeto e nisso eu posso me conectar. O mais importante é o caminho que o levou a ser dessa forma”, diz.

Como todo bom vilão, o filho bastardo do joalheiro suíço não mostra sua verdadeira personalidade à família Hauser, aparecendo muitas vezes como um homem contido e apagado. Para Carmo, o comportamento de seu personagem depende muito de onde ele se encontra. “Manfred trata bem o rico e mal o pobre. Ele é mais apagado quando está com as pessoas que têm dinheiro, mas quando está no ambiente da fábrica é solar e domina aquelas pessoas. A forma como ele é escrito me possibilita ser várias pessoas e é isso que dá verdade a ele”, detalha.

Para interpretá-lo, o ator está visivelmente mais magro, o que ele explica como sendo um dos estados de vida de sua prática budista: “Ele tem uma necessidade de afeto tão grande, que vive em estado de fome. É uma pessoa que precisa sempre de algo dado por outra pessoa e não por ele próprio. Por isso essa tendência de um visual de uma pessoa mais magra”, conclui o ator.

Já familiarizado com os conceitos desta filosofia, inclusive abordados na nova novela das seis, Carmo revela ser praticamente do budismo há quase 20 anos, apesar de não seguir a vertente tibetana, mostrada na trama. “Às vezes as pessoas se equivocam um pouco na imagem do budismo e das religiões do oriente. Elas acham que Buda é aquele gordinho sentado na moeda, que não faz nada. A minha prática budista é extremamente ativa, muito diferente desta visão. Tudo que vi no Nepal, além de ter uma conexão filosófica muito interessante com a prática budista, tinha um lado que difere da minha prática religiosa. A origem é a mesma, mas a forma como você se relaciona com ela é diferente”, conta.

Manfred ainda vai aprontar muito! Não perca! “Joia Rara” é escrita por Duca Rachid e Thelma Guedes. A direção geral é de Amora Mautner e a direção de núcleo é de Ricardo Waddington. A trama estreia nesta segunda-feira, 12 de dezembro.

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