Bom, não! Sensacional! Balanço dos autores de “Cheias de Charme” é só alegria

Qual o sucesso de “Cheias de Charme”? Para o pai da criança, Filipe Miguez, é uma receita de bolo: “Acho que foi a contemporaneidade da trama, aliada ao humor, à música, a uma realização impecável dos diretores, do elenco, e finalmente, aos bons valores que a novela prega, e que trouxeram para a frente da TV toda a família”. A mãe coruja, Izabel de Oliveira, também concorda: “Acho que os nossos protagonistas eram bastante carismáticos, positivos, isso conquistou o público. Fora isso, o fato de ser uma história muito atual”.

O fato é que a novela das 19h não deixou pedra sobre pedra. Até na internet ‘Cheias’ quebrou barreiras e construiu uma nova linguagem interativa. Convidamos os autores dessa bela história a fazer um balanço de tudo que rolou na trama, do que surpreendeu e emocionou. Veja a entrevista aqui!

Ao longo da novela vocês tiveram alguma surpresa? Qual ou quais?

Filipe Miguez: “A novela foi toda bastante planejada, as coisas saíram bem como a gente previu. Uma surpresa foi a torcida pelo romance de Otto (Leopoldo Pacheco) e Penha (Taís Araújo), o único casal que não era previsto na sinopse”.

Izabel de Oliveira: “Acho que o que mais me surpreendeu foi tudo dar tão certo, foi tudo muito planejado, mas eu estava preparada pra algum imprevisto e ele não veio. Ainda bem!”.

Qual foi a cena mais emocionante, a mais engraçada e a mais triste?

Filipe Miguez: “Respondendo sem pensar muito. Emocionante: Formatura de Elano; engraçada: Chayene e Socorro discutindo com voz de ferra-goela; triste: a prisão de Sandro na frente de Patrick”.

Izabel de Oliveira: “Emocionante: Penha e Lygia (Malu Galli) no hospital no início da novela, engraçada: também voto no ferra goela, triste, o fim das Empreguetes”.

A grande surpresa na reta final foi a vilania de Sarmento. Chayene perto dele virou fichinha. De onde veio a inspiração para criar um personagem tão frio?

Filipe Miguez: “Infelizmente, de tantos tubarões que a gente conhece dos noticiários. Aproveito para falar aqui da brilhante interpretação do Tato Gabus, que não desperdiçou nenhuma nuança do nosso personagem. Mesmo agindo friamente, Sarmento sempre foi movido por sentimentos que o Tato soube traduzir à perfeição”.

Izabel de Oliveira: “Sarmento sempre foi o nosso grande vilão, Chayene é emotiva, se atrapalha, age com o coração, Sarmento é frio, calculista. Inspiração pra picareta infelizmente é o que não falta”.

Depois de separadas, Penha, Rosário e Cida seguiram seus próprios caminhos, mas sempre se ressentindo da falta do trio, da amizade. Qual a mensagem que vocês quiseram passar com essa separação e depois com o reencontro das três?

Izabel de Oliveira: “Rosário (Leandra Leal) precisava entender que a amizade e o companheirismo são o que existe de mais importante. Qualquer luta, fica bem mais fácil quando se está cercado de pessoas em quem você pode confiar, pelo menos o caminho fica mais divertido”.

“Cheias de Charme” se revelou um verdadeiro conto de fadas, mas com um quê de vida real. Qual a moral dessa história? Que mensagem pretendiam passar?

Filipe Miguez: “A moral dessa história é: não existe ser humano inferior, todos têm direitos iguais. As mensagens que quisemos passar: o valor do trabalho doméstico, da amizade e do coleguismo, a perseverança na busca do sonho, a ética nas relações, a importância da cultura de periferia, etc”.

“Cheias de Charme” foi precursora na interação entre a trama e a internet. O número de acessos ao clipe Vida de Empreguete foi recorde em todos os aspectos. Como vocês avaliam essa interação bem-sucedida?

Izabel de Oliveira: “Acho que o mais bacana disso tudo foi fazer a ficção dialogar o tempo todo com a realidade, e acho que foi uma maneira de o público interagir com a história, deu muito certo, foi muito bacana”.

Vocês pretendem trabalhar juntos novamente?

Filipe Miguez: “Com certeza, nós temos uma excelente sintonia e demos o nosso melhor em ‘Cheias’, vamos repetir a parceria futuramente, já temos até algumas ideias novas e inovadoras”.

Izabel de Oliveira: “Já estamos pensando na próxima novela!”.

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